Review: Spiders - Killer Machine (2018)


O Spiders é uma banda sueca nascida em 2010 e que lançou o seu terceiro disco, Killer Machine, no final de março. O lance do quarteto formado por Ann-Sofie Hoyles (vocal), John Hoyles (guitarra), Olle Griphammar (baixo) e Ricard Harryson (bateria) é rock - puro, direto e simples. 

Dá pra definir o som do grupo como, sei lá, uma união entre Kiss e Hellacopters, com canções enxutas e sem excessos e que trazem refrãos fortes e boas melodias. Killer Machine - que sucede Shake Electric (2014) e Flash Point (2012) - tem onze faixas em 41 minutos, e todas elas soam redondas e devem agradar na medida quem curte um rock sem compromisso e sem firulas desnecessárias.

A figura central do Spiders é a bela Ann-Sofie, uma excelente vocalista que canta de maneira agressiva enquanto a banda senta o pé nos instrumentos. Em certas canções ela chega a lembrar Iggy Pop na atitude que entrega em cada interpretação, trazendo os sentimentos para a ponta de língua.

Talvez eu esteja cansado de bandas pretensiosas e que parecem querer reinventar o mundo a cada novo disco. Talvez o que eu precise a essa altura da vida, quando os cabelos restantes ficam cada vez mais brancos e a barriga parece crescer a cada gole de cerveja, seja apenas uma boa banda de rock como companhia. E o Spiders me entrega exatamente o que a minha vida está pedindo: canções fortes, riffs cheios de energia, melodias perfeitamente assobiáveis e uma agradável sensação de amor à música.

Com certeza, era uma banda como o Spiders e um disco como Killer Machine que eu estava procurando há um bom tempo, ainda que não soubesse disso até encontrá-los pelo caminho.

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