Jair Rodrigues ganha documentários inéditos e shows pelos seus 80 anos de nascimento


Hoje, 6 de fevereiro, Jair Rodrigues faria 80 anos. A data dá início à série de homenagens dos herdeiros Jair Oliveira e Luciana Mello ao artista e abre contagem regressiva pelo seu centenário em 2039, por meio de uma série de lançamentos. Para este ano, as novidades incluem a produção de dois documentários biográficos inéditos e shows.

Luciana Mello explica que o objetivo do projeto é resgatar a obra de Jair Rodrigues, tornando sua música acessível a todos os públicos, desde contemporâneos até a nova geração, que talvez não conheça o legado de 55 anos do artista. Ela adianta que há dois documentários inéditos em produção que deverão chegar ao circuito comercial a partir do final deste ano.

Produzido por Confeitaria de Cinema com direção de Rubens Rewald, Deixa que Digam vai narrar as características marcantes de um dos mais importantes cantores da história da música brasileira. Do sorriso franco à alegria contagiante, do samba à MPB, do rap ao sertanejo, a obra mostrará a popularidade de um dos mais versáteis e anárquicos intérpretes brasileiros. O documentário encontra-se em fase de filmagens e inclui entrevistas de Jair Oliveira e Luciana Mello.

Jairzão – O Documentário pretende resgatar a trajetória do artista retratado, por meio do olhar dos filhos Luciana Mello e Jair Oliveira. O roteiro acompanhará as origens familiares desde Igarapava, no interior paulista onde nasceu, até a chegada à capital São Paulo, que culminou no sucesso pessoal e profissional. O documentário é uma coprodução da Santa Rita Filme e Cantarolar Produções, com produção executiva de Marcelo Braga e direção de Alexandre Sorriso. Encontra-se em captação de recursos com início de filmagens previstas para o primeiro semestre deste ano.


Hoje, 6, a cantora subirá pela segunda vez (primeiro show foi ontem, 5) ao palco do Theatro NET, em São Paulo, ao lado do irmão para show-tributo com releituras de clássicos e últimos sucessos que ganharam interpretação marcante do pai. As apresentações são acompanhadas por banda formada por violões, cavaco, bateria, percussão, baixo e teclado, com produção da S de Samba. Em São Paulo, os shows têm patrocínio exclusivo da HP. A marca promoverá o seu posicionamento institucional Reinvente Memórias imprimindo fotos do cantor com tecnologias tanque de tintas, látex e cartucho, que irão compor memórias de momentos icônicos da vida e carreira do homenageado. “O início como ‘crooner’ das noites, a sua consagração como intérprete da música brasileira e versatilidade que lhe permitia passear pela bossa nova, sertanejo, seresta e samba. Vamos celebrar todas essas fases marcantes do nosso pai nos shows”, comenta Jair Oliveira. “Dentro de nossa proposta de promover acessibilidade musical de Jair Rodrigues, pretendemos levar esse espetáculo a outras capitais brasileiras”, adianta Luciana Mello.

As letras das músicas, além da própria figura do Jair Rodrigues, são bastante visuais e de interesse popular. Por isso, estamos abertos a desmembrar o projeto em diversas linguagens, que vão desde musical para teatro, cinebiografia, exposição interativa e licenciamentos em geral”, explica Jair Oliveira.


Nascido em Igarapava, no interior paulista, Jair Rodrigues Oliveira teve diversas profissões antes de atingir a fama, como cantor, engraxate, mecânico e pedreiro. Iniciou a carreira musical como ‘crooner’ na década de 1950 em São Carlos, no interior paulista, chegando a participar de festivais de calouros em rádios e, posteriormente, no início da década de 1960, em televisões da capital paulista. Já famoso, em 1964 apresentou o programa O Fino da Bossa ao lado de Elis Regina, na TV Record e, em 1966, venceu o II Festival da Música Popular Brasileira com a canção "Disparada".

Gravou mais de 40 discos ao longo da carreira, sendo que seu primeiro LP O Samba como Ele É, de 1964, fez sucesso com o samba "O Morro Não Tem Vez’’, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. É considerado o primeiro rapper brasileiro pelos versos declamados de "Deixa Isso pra Lá", de 1960. 

Jair Rodrigues faleceu em 8 de maio de 2014, deixando para os fãs o seu último trabalho inédito na música produzido pelo filho, o CD duplo Samba Mesmo, lançado pela Som Livre.

Comentários