Review: Tygers of Pan Tang – Ritual (2019)



A New Wave of British Heavy Metal mudou o rumo da música pesada no final dos anos 1970 e durante a década de 1980 ao acentuar os ensinamentos do Judas Priest e afastar ainda mais o metal de suas raízes no blues, acrescentando baldes de melodia e harmonias de guitarra na receita. Seus principais nomes são idolatrados até hoje, sejam eles bandas de alcance global como o Iron Maiden, referências absolutas dentro do universo do metal como o Saxon, nomes cult que retornaram com ótimos discos como o Satan e por aí vai. O Tygers of Pan Tang se enquadra nesse último grupo.

Ritual é o décimo-segundo disco da banda inglesa, formada em 1978. O álbum saiu no Brasil pela Hellion Records e traz os veteranos metalheads britânicos mostrando que ainda têm muito o que dizer. Com 11 músicas e 52 minutos, Ritual é um deleite tanto para quem adora a sonoridade da NWOBHM quanto para quem curte aquele heavy metal clássico que também sabe soar contemporâneo.

Liderado pelo guitarrista Robb Weir, remanescente da formação original e único músico presente em todos os discos da banda, o quinteto formado pelo vocalista Jacopo “Jack” Meille (na banda desde 2004), pelo guitarrista Michael “Micky” Cristal (com o grupo desde 2013), pelo baixista Gavin Gray (que integrou a banda em 1999, saiu e está no line-up desde 2011) e o baterista Craig Ellis (dono das baquetas desde 2000) mostra inspiração de sobra. As ideias soam redondas e todas no lugar, presenteando o ouvinte com faixas excelentes como “Destiny” (com um pezinho no AOR, assim como “White Lines”) e a pesadíssima “Rescue Me”, além de visitas ao passado em “Raise Some Hell” e “Worlds Apart”, que abre o trabalho.  O fechamento com a longa e poderosa “Sail On” é a cereja no bolo de um disco surpreendente e que mostra que o Tygers of Pan Tang vive uma de suas melhores fases.

Se você curte metal, dê um presente aos seus ouvidos e coloque Ritual na sua coleção.

Comentários

  1. Esse disco é realmente ótimo. Dentro do Metal, um dos melhores lançamentos do ano passado.

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  2. Me surpreendeu positivamente! Um grande álbum de uma grande banda pouco reconhecida.

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