Em Tio Patinhas e A Última Aventura, acompanhamos o pato mais rico do mundo perdendo tudo após um golpe meticulosamente orquestrado por seus maiores inimigos: os Irmãos Metralha, Maga Patalójica, Patacôncio e Pão Duro Mac Mônei.
Embora o tema da ruína e reconstrução da fortuna seja recorrente nas histórias de Tio Patinhas, o roteirista Francesco Artibani consegue abordá-lo com frescor e competência. Dividida em quatro partes, a trama é contada com uma linguagem universal e ritmo ágil. Mesmo recorrendo a elementos previsíveis — como o clássico “a maior riqueza é ter quem amamos por perto” — a história funciona muito bem graças a diálogos bem escritos e à interação entre os personagens, especialmente aqueles que costumam ter papéis secundários, como Mac Mônei.
Há momentos de grande inspiração por parte de Artibani, em especial no desenvolvimento do arco da Maga Patalójica. A história também presta homenagens sutis a clássicos de Carl Barks e Don Rosa, os dois maiores arquitetos do universo dos patos da Disney.
A arte de Alessandro Perina se destaca por sua expressividade e por empregar soluções gráficas incomuns nas HQs da Disney, como planos abertos e aéreos, que ampliam a sensação de grandiosidade dos cenários e dos desafios enfrentados por Patinhas.
A edição da Panini é caprichada: capa dura, papel offset de alta gramatura e formato ampliado (18,5 x 24,5 cm). São 152 páginas, incluindo extras com entrevistas e comentários dos autores.
Tio Patinhas e A Última Aventura é um excelente lançamento para fãs das HQs Disney, reunindo todos os ingredientes que transformaram o universo dos patos em um verdadeiro caldeirão de personagens cativantes, universais e atemporais.
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