Pular para o conteúdo principal

5 álbuns para celebrar o legado do Black Sabbath: uma jornada por todas as fases da banda que inventou o heavy metal


Poucas bandas deixaram uma marca tão profunda na história da música quanto o Black Sabbath. Criadores do heavy metal, os britânicos transformaram o rock pesado em algo mais sombrio, denso e intenso, inspirando gerações de músicos e fãs ao longo das décadas. Com uma trajetória marcada por mudanças de formação, altos e baixos e momentos de reinvenção, o Black Sabbath construiu um legado multifacetado.

Confira abaixo cinco álbuns essenciais e muito importantes na história do grupo, cada um representando uma fase distinta da banda — um verdadeiro panorama da evolução do Black Sabbath ao longo dos anos.


Paranoid
(1970)

Lançado apenas sete meses após o disco de estreia, Paranoid é a pedra angular do heavy metal. Com clássicos como “War Pigs”, “Iron Man” e a faixa-título, o álbum consolidou o som sombrio e arrastado que viria a definir o gênero. Tony Iommi esculpiu riffs imortais, enquanto Geezer Butler e Bill Ward sustentavam uma base rítmica poderosa e fluida. Ozzy Osbourne, por sua vez, eternizou sua voz espectral e inconfundível. Paranoid não apenas definiu o Sabbath: ele moldou todo um estilo musical.


Heaven and Hell
(1980)

Com a saída de Ozzy, muitos consideraram o futuro do Black Sabbath incerto. Mas a entrada de Ronnie James Dio nos vocais deu novo fôlego à banda. Heaven and Hell marca o renascimento do grupo com uma sonoridade mais épica e melódica. Faixas como “Neon Knights”, “Children of the Sea” e a majestosa “Heaven and Hell” provaram que o Sabbath podia soar renovado sem perder o peso. Dio trouxe uma presença vocal imponente e uma abordagem lírica mitológica que ampliou o alcance criativo da banda.


Born Again
(1983)

Talvez o álbum mais subestimado da carreira do Black Sabbath, Born Again foi o único registro com Ian Gillan, o lendário cantor do Deep Purple, nos vocais. O disco é marcado por uma produção crua e um clima quase caótico, mas possui momentos de brilho absoluto como “Trashed”, “Disturbing the Priest”, “Zero the Hero” e a atmosférica faixa-título. Gillan trouxe uma dose de histeria e teatralidade, enquanto Tony Iommi seguia em sua missão de criar riffs aterrorizantes. Apesar da recepção controversa, o álbum se tornou um clássico cult.


Headless Cross
(1989)

A fase com Tony Martin nos vocais é frequentemente ignorada pelos fãs mais tradicionais, mas Headless Cross mostra que o Black Sabbath ainda era relevante no final dos anos 1980. Com produção mais polida, temas ocultistas e uma pegada quase neoclássica, o disco apresenta faixas impactantes como “Devil and Daughter”, “When Death Calls” (com solo de Brian May, do Queen) e a faixa-título. Martin brilha com vocais poderosos e melódicos, enquanto o ex-Rainbow Cozy Powell — lenda da bateria — acrescenta peso e elegância às composições.


13
(2013)

Mais de três décadas depois, o Black Sabbath original voltou às origens com 13, um retorno inesperado e digno. Com produção de Rick Rubin, o disco recria a atmosfera sombria dos anos 1970 com faixas como “God Is Dead?”, “End of the Beginning” e “Age of Reason”. Embora Bill Ward não tenha participado, substituído pelo competente Brad Wilk (Rage Against the Machine e Audioslave), o álbum foi um sucesso comercial e crítico, encerrando a carreira da banda com dignidade e peso.


Cada um desses álbuns representa uma face diferente do Black Sabbath — do nascimento do heavy metal ao renascimento nos anos 1980, passando por fases experimentais e momentos de renascimento. Juntos, formam um retrato completo da genialidade de Tony Iommi e da resiliência de uma banda que sempre encontrou uma nova voz para continuar fazendo história.

Celebrar o Black Sabbath é celebrar a própria essência do metal.

 


Comentários