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Não há nada de pachequismo nisso. Ninguém quer dar uma de patriota, esse tipo de bobagem. Tampouco há síndrome de Pollyanna, em querer achar que está tudo bem e às mil maravilhas na América do Sul. Ressalto a indicação apenas porque vai ao encontro do que prezamos aqui na Collector's: música além do óbvio. Em qualquer lugar do mundo. E é bom ver que, por lá, também estão fazendo o mesmo.
Obscure Verses for the Multiverse é estupendo e mereceu o topo. Completam a lista os novos lançamentos de Skeletonwitch, Monolithe, Kill Devil Hill e Ihsahn.
E para você, quais os melhores discos do mês? Quais ficaram faltando?
Para ver as listas ao longo de 2013: setembro, agosto, julho, junho e maio (já na Collector's, com os comentários traduzidos); abril, março, fevereiro e janeiro (só no original do site).
1. Inquisition - Obscure Verses for the Multiverse
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Dagon, do Inquisition, é, talvez em nível mundial, o melhor compositor de riffs desde James Hetfield e Jeff Hanneman. Seu estilo é distinto e tem a marca não apenas de um bom criador de canções, mas a de um músico único. Há fluxo e refluxo em seus riffs, um estilo que parece deslizar pelas cordas e se mostra, ao mesmo tempo, melódico, cativante e pontuado.
Com Obscure Verses for the Multiverse, o Inquisition mais uma vez criou de forma magistral um álbum que não apenas é um digno sucessor de Ominous Doctrines of the Perpetual Mystical Macrocosm (2011), mas um forte candidato a disco do ano.
2. Skeletonwitch - Serpents Unleashed
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Serpents Unleashed é o trabalho mais forte do Skeletonwitch até agora. Os irmãos Garnette e cia percorreram um longo caminho desde suas raízes thrash/black e as ampliaram com a evolução no processo de composição mostrada desde Forever Abomination (2011).
Adicionando um pouco mais de melodia ao seu arsenal, ao mesmo tempo em que mantém a ferocidade do ataque, o Skeletonwitch alcançou o que muitas bandas buscam a cada novo lançamento, mas falham: superar as expectativas dos fãs. Serpents Unleashed é potente e tem o valor de replay que exige ser tocado no volume máximo ao longo dos próximos meses e anos, não apenas em 2013.
3. Monolithe - Monolithe IV
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Os franceses do Monolithe exploram um terreno baldio musical bastante ambicioso. Eles focam na origem da humanidade. Monolithe I começou em 2003 esse ciclo conceitual, que continuou através de Monolithe II (2005) e Monolithe III (2012). Um ano depois do último trabalho, chega Monolithe IV. Cada um dos quatro álbuns consiste em uma única música com média de 52 minutos de duração. Toda a Nona Sinfonia de Beethoven dura 72 minutos. Beethoven não é ruim. Monolithe é transcendente.
Nenhuma banda na história jamais fez uma obra-prima tão ativa, contemporânea, natural e verdadeira sobre a morte. Monolithe IV é uma experiência envolvente, uma meditação de metal contada por meio da genialidade de Sylvain Bégot e seus companheiros. Interlúdios interrompem o monólogo de guitarras, cordas, vocais e bateria, mas são apenas engates nesta magnífica marcha fúnebre rumo à eternidade.
4. Kill Devil Hill - Revolution Rise
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O que define o Kill Devil Hill para além de muitas bandas menores é que eles sabem como escrever canções que não apenas agitam como um animal, mas também têm a ressonância emocional necessária. Eles mantêm a música com um refino elegante e clássico por sabiamente evitarem uma abordagem de composição universal ao rock.
Ironicamente, as estrelas do show não são Vinnie Appice e Rex Brown, mas o vocalista Jason Bragg (ex-Pissing Razors) e o guitarrista Mark Zavon (ex-W.A.S.P.). Habilmente tocado, produzido de forma imaculada, pegajoso (mas não brega) e com ricas texturas, Revolution Rise é um monstro de álbum.
5. Ihsahn - Das Seelenbrechen
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Quinto álbum solo de Ihsahn, Das Seelenbrechen é uma espécie de despedida de seus trabalhos anteriores. E uma despedida consciente. O frontman do Emperor chama isso de "um passo lateral deliberado" e "uma necessidade de redefinir os parâmetros criativos de modo a não cair em uma simples fórmula". Só que certamente há inúmeros elementos de seus outros discos, e o que ele faz é apenas empurrar ainda mais seus próprios limites.
Algumas partes do álbum são improvisadas, o que cria uma sensação de desconhecimento e de não saber exatamente o que está por vir. Sempre há tensão, mesmo nas partes mais suaves das canções. Das Seelenbrechen não é um disco confortável. Ele é desafiador, às vezes confuso e intrigante, mas definitivamente gratificante.
Por Guilherme Gonçalves
Por Guilherme Gonçalves
Porra, sério que escreveram isso "Dagon, do Inquisition, é, talvez em nível mundial, o melhor compositor de riffs desde James Hetfield e Jeff Hanneman." ?
ResponderExcluirEsses pessoal do About.com é muito tr00 haha