Os cinco melhores discos de heavy metal lançados em maio segundo o About.com

A cada trinta dias, a editoria de heavy metal do portal About.com divulga os cinco melhores álbuns do gênero lançados no período. A lista se baseia na opinião do jornalista e editor Chad Bowar e de sua equipe. A partir deste mês, traremos aqui na Collector's Room a lista e os comentários traduzidos a respeito das escolhas apontadas pelo site americano.

Confira, então, os cinco melhores discos de metal lançados em maio na opinião do About.com.

1. The Dillinger Escape Plan - One Of Us Is The Killer


One Of Us Is The Killer, quinto álbum de estúdio do Dillinger Escape Plan, soa exatamente como Dillinger Escape Plan e nada mais. Isso é ótimo. A abertura com "Prancer" já deixa clara a missão da banda: haverá sangue e você será entretido.

A altíssima e dissonante guitarra de Ben Weinman esfaqueia o tímpano. Greg Puciato ruge como um urso kodiak que acaba de ser acordado de um período de hibernação de seis meses. Billy Rimer e Liam Wilson mantêm a loucura sob relativo controle tanto na bateria como no baixo, respectivamente.

Em One Of Us Is The Killer, o Dillinger faz um excelente trabalho, que abrange o passado e o futuro da banda, além de dar um grande passo à frente em termos de evolução. Mal posso esperar para ver o que esses maníacos nos trarão da próxima vez.

2. Immolation - Kingdom Of Conspiracy


O Immolation só melhora com o passar do tempo. Kingdom Of Conspiracy tem tudo que você espera de uma banda veterana e segue os passos do antecessor Magesty and Decay (2010). Músicas grandes, com um estilo barroco e riffs atípicos dos guitarristas Robert Vigna e Bill Taylor, além de uma cozinha pesada e precisa com o baterista Steve Shalaty.


Algumas faixas de Kingdom Of Conspiracy, dentre elas a faixa título, “Keep The Silence” e "God Complex", se equiparam ao que o Immolation já fez de melhor em sua carreira.

3. Kylesa - Ultraviolet


A dupla Laura Pleasants e Phil Cope é formidável na parceria vocal e também nas linhas de guitarra. Eles vão de uma pegada lenta e lamacenta, como na abertura com "Exhale", até a criação de uma bela viagem sonora como em "Low Tide" e em perquenas porções de "Unspoken". "Quicksand", dona de uma baixo poderoso, lembra os primeiros trabalhos do Baroness e mostra a ótima voz de Laura Pleasants.


O álbum se encerra rápido, em menos de 39 minutos, e novas audições o revelam por completo. Com Ultraviolet, o Kylesa lança seu melhor disco até o momento e mostra que pode evoluir ainda mais.

4. Uncle Acid and The Deadbeats - Mind Control


Mind Control tem um amplo conceito que envolve cultos de morte, gangues de motociclistas e tarefas de esclarecimento. O álbum começa com a lenta “Mt. Abraxas", que introduz o protagonista (antagonista?) enquanto ele foge de uma montanha de mesmo nome após matar seus companheiros de culto.

A história segue literalmente em declive, mas é transmitida com tantas belas harmonias e riffs pesados que parece a mais maravilhosa história já contada. Os vocais dobrados de Uncle Acid soam como se Alice Cooper, John Lennon e Ozzy estivessem todos lutando por sua alma.

5. In The Silence - A Fair Dream Gone Mad


A Fair Dream Gone Mad é um tipo especial de estreia. O metal progressivo do In The Silence é uma mistura entre o som mais recente do Anathema e a sonoridade do Porcupine Tree em meados da última década. Com um ritmo forte quando tem que ter, há também uma camada mais melódica e retrospectiva. A banda não hesita em colocar traços acústicos e um quê de luxuria na excelente "Serenity" ou um instrumental sombrio em " Close to Me".

Musicalidade impecável e vocais quase perfeitos fazem o álbum se sobressair. A Fair Dream Gone Mad serve como início promissor para o In The Silence e é um disco que todo fã de progressivo precisa ouvir.

Por Guilherme Gonçalves

Comentários

  1. Acho este tipo de matéria excelente!

    Eu nem sabia que esse site (about.com)existia. São 4 nomes que eu não conheço e vai ser interessante conhecer coisas diferentes.

    Ricardo, não se esqueça de sempre nos apresentar a sons novos de qualquer estilo. Tipo, outra parte de bandas/artistas de funk dos anos 70 e coisas assim.

    No meu ver, esse é o diferencial do Collector's. Que siga firme nesse rumo.

    Abraços.

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  2. Legal essa ideia de publicar mensalmente uma lista.
    O disco do Dillinger Escape Plan eu ouvi umas 3 vezes e concordo plenamente com quem publicou a nota.

    Immolation eu não conheço, mas reparei que há abordagens positivas em diversos sites bacanas a respeito desse disco.

    Esse novo disco do Kylesa é fodido! Eu não me interessava pela banda até escutá-lo. Sem dúvidas, estará na minha lista de preferidos de 2013.

    Desse Uncle Acid eu escutei a primeira faixa e desisti, assim como já tinha desistido do lançamento anterior deles.

    In the Silence eu não conheço, e, com as descrições da notinha, não fiquei muito curioso para ouvir.

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  3. Cascalhanda hein...olha a capa desse immolation e kylesa deu ate preguiça de ouvir o conteudo RSRSRS....WTF!!

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  4. Galera fala do Immolation como se fosse uma banda que começou ontem. Vou ouvir esse In the Silence e esse Uncle..... Mas com um pé bem atrás, essa mídia modernosa de rock está promovendo à metal bandas que não tem nada a ver com o estilo, por exemplo os últimos álbuns do Opeth e do Ghost que de metal tem muito pouco. Até o Rival Sons que é uma banda que eu gosto já andou aparecendo em lista de metal, Graveyard idem. Engraçado também que ouço muito falar que os festivais de metal brasileiros são antiquados e não sei mais o que, mas andei vendo os casts dos festivais de metal do verão europeu, e não vi nada de muito novo, vi lá o Sword que faz um som bem retrô, mas também não vi modernidades tipo Mastodon e afins. Que fique registrado que é só uma constatação gosto de todas as bandas que citei, mas Metal deve ser Metal em todo lugar do mundo.

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  5. Vishi...esse negócio de metal deve ser metal é complicadíssimo... Led Zeppelin e Grand Funk já foram considerados heavy metal (e tem gente que ainda considera)....

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  6. Heavy metal não é só peso, passa também pela temática sombria, pela escuridão dos temas abordados. Dizer que Ghost não é metal para mim soa com desconhecimento.

    Aqui uma definição:

    Heavy Metal is a style of music that began to emerge around 1970 in England and the United States, and is the first of many Metal sub-genres. Black Sabbath is considered by many to be the single most influential group in the formation of this style.

    Heavy Metal differs from other Metal styles in a few key ways, the most obvious of which are its strong similarity to Hard Rock and its more traditional Rock sound compared to some of the more extreme Metal sub-genres. There is often somewhat of an overlap between this style and Hard Rock, however in most cases Heavy Metal is seen as having significantly more “loudness” in its instrumentation as well as lacking much of the Blues influence that Hard Rock has. Heavy Metal usually features much darker lyrics (often dealing with themes such as death and the occult) and often utilizes tense-sounding tritone relationships in its chord progressions, whereas this is not true for Hard Rock. Also worth noting is Heavy Metal’s stronger emphasis on distortion (and sometimes down-tuned guitars) as well as its more emphatic beats. This style has had a significant impact on the development of many other Metal sub-genres that followed.

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  7. No fim são apenas rótulos... até servem como guia...mas acho que as vezes as pessoas se prendem demais aos mesmos... acho que o que realmente vale é se o som é bem feito...
    muitas regras engessam as artes...e, no fim, as pessoas ...

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