Por Ricardo Seelig Colecionador Collector´s Room Não se engane pelo título; esse não é um álbum de heavy metal, passa longe disso. 666 é o terceiro disco do Aphrodite´s Child, grupo progressivo grego do início da década de setenta, que tinha como principais fontes criativas Demis Roussos e Vangelis. Ambos, após o fim da banda, em 1972, lançaram-se em carreira solo e foram reconhecidos mundialmente em estilos que muito pouco, ou nada, tem a ver com o que cometeram em 666 . Duplo, o álbum foi apresentado aos executivos da Vertigo e devidamente recusado em razão do título provocativo, das canções com climas soturnos e demoníacos e por faixas polêmicas como "Infinity", que em seus mais de cinco minutos traz uma simulação (seria mesmo?) de um orgasmo feminino, cortesia da cantora grega Irene Papas. Mas o trabalho é muito mais do que isso. Suas vinte e quatro faixas formam um dos painéis mais consistentes, complexos e arrojados do rock progressivo. O brilho de Demis Roussos e, pri...