A estúpida e desnecessária arrogância roqueira

Você gosta de rock. Eu também. Que bom, né? Eu também curto outros gêneros, como blues, jazz, funk e pop. Imagino que você também. Afinal, quem ama de verdade a música tem sempre uma curiosidade constante em descobrir novos sons. Esse comportamento faz parte do nosso DNA.

O que não faz, ou não poderia fazer, é o preconceito. Como estamos em um site que fala sobre música, sobre som, vamos nos prender ao preconceito musical. Para gostar de um estilo você não precisa falar mal do outro. É desnecessário. Michel Teló faz sucesso? Que bom pra ele. Tem gente que adora o Michel Teló? Deixa elas. Não existe nada mais chato do que alguém querendo impor a sua verdade como se ela fosse a única que existisse.

É claro que temos músicas e artistas bons e ruins, as eles estão em qualquer gênero musical. Assim como não há nada de bom na obra de um cara como Latino, não há nada de bom em diversas bandas de rock que apenas repetem o que já foi feito há décadas. Cabe a você julgar. E é justamente fazendo uma volta ao primeiro parágrafo deste texto que você conseguirá reunir elementos para identificar, logo de cara, o joio do trigo.

Quanto mais se faz uma determinada coisa, melhor a gente fica nela. Com a música acontece o mesmo: quanto mais ouvimos, melhor fica o nosso ouvido. Quanto mais contato temos com diferentes tipos de música, maior fica a nossa capacidade de julgamento e o nosso conhecimento sobre os sons. Ouvir, por exemplo, um disco como Bitches Brew, de Miles Davis, é uma barreira quase que intransponível em um primeiro momento. Mas, ao insistir na luta, aos poucos vamos nos acostumando com o formato pouco usual das canções que estão no álbum, e elas vão sendo absorvidas pelo nosso sistema auditivo. E aí, sem mais nem menos, ao mergulhar em um trabalho como Bitches Brew e entender o som que ele propõe ao ouvinte, fica mais fácil e rápido digerir sonoridades que julgávamos anteriormente intrincadas, mas que agora se revelam em toda a sua plenitude.

A arrogância estúpida e desnecessária presente no título deste post se refere à postura que cada vez mais pessoas que curtem rock fazem questão de ostentar, de maneira clara, em suas redes sociais. Uma propagação de preconceito que é inaceitável em uma forma de arte como a música, que carrega consigo uma grande parcela de experiência pessoal para determinar o que é importante para cada indivíduo. Exemplos não faltam. O Linkin Park tocou recentemente no Brasil e diversas manifestações contrárias ao grupo pipocaram de todos os lados. Acusações de que os caras não eram “rock” foram as mais comuns. Estilisticamente, o grupo toca rock acrescentado de elementos de rap e pop. Como qualquer mistura, ou qualquer sonoridade, ou qualquer banda, agrada alguns e não agrada outros. Quem não gosta, simplesmente deveria seguir a vida e deixar quem curte em paz. E, só para constar, o som do Linkin Park não faz a minha cabeça, mas tenho mais o que fazer do que ficar xingando muito no Twitter ou seja mais onde for.

O mesmo vale para Lady Gaga. A passagem da cantora norte-americana pelo Brasil foi marcada por uma venda muito menor de ingressos do que se esperava. Fracasso não foi, já que Gaga colocou 30 mil pessoas, embaixo de chuva, em São Paulo. Porém, o buraco aqui é mais embaixo, pois aponta para uma espécie de saturação no mercado de shows internacionais no Brasil, regado a preços fora de órbita, em uma conjuntura que reflete diretamente em artistas e fãs de todos os gêneros musicais. Mas, é claro, a grande maioria dos sábios e evoluídos rockeiros não percebe isso, desejando que as apresentações sejam realmente um fracasso simplesmente por se tratar de uma artista pop e, logo e portanto, “descartável” em sua miopia.

Rockeiros esses que, em sua maioria, são dignos de riso. Pessoas que afirmam amar o Led Zeppelin mas só conhecem “Rock and Roll” e “Stairway to Heaven”, quando muito. Indivíduos que acreditam piamente que Slash é mais importante que Hendrix - e afirmam que esse último fazia apenas ruídos com sua guitarra. Mentes fechadas que não ouvem Machine Head ou qualquer outra banda que tenha cometido a heresia de um dia ter flertado com o new metal ou outra sonoridade estranha ao som pesado.

Ninguém é melhor ou pior do que outra pessoa devido aquilo que ouve. Acredito que cada indivíduo é o que consome. O que assistimos, o que lemos, o que ouvimos, reflete de forma direta na maneira que vemos o mundo. E. automaticamente, procuramos nos relacionar com outros que possuem os gostos afinados com os nossos. Porém, o fato de eu gostar de algo que uma pessoa não gosta não faz de mim um indivíduo melhor. Me preocupa essa propagação gratuita e desnecessária de ódio, de preconceito puro e simples.

Mais um exemplo: para uma parcela do público rocker brasileiro, notadamente o fã de som pesado, mencionar a palavra “Nirvana” é um ato digno de apedrejamento. Parem, né? O Nirvana, e o grunge e toda a turma de Seattle, não acabaram com a cena hard rock do início da década de 1990. O que levou a isso foi a própria saturação daquela sonoridade, levada a extremos, tanto no aspecto musical como no comportamental, pelos próprios grupos. E, sinceramente, prefiro mil vezes ouvir Nevermind do que qualquer disco do chamado glam metal, ou hard farofa, de grupos como Def Leppard, Winger e afins. Porém, jamais foquei os meus esforços em escrever matérias denegrindo essas bandas. Entendo que seria uma perda de tempo falar sobre artistas que não gosto. Prefiro focar as minhas energias no que me dá prazer, escrevendo sobre bandas novas, por exemplo. E mais: apesar de não ser um fã de hair metal, não deixo de reconhecer o excelente trabalho de grupos que são muito influenciados por essa sonoridade, como é o caso do H.E.A.T. e do Dynasty.

Você não gosta de funk carioca? Ok, deixe o estilo para quem gosta. E falo isso totalmente, em todos os sentidos. Não perca o seu tempo, não gaste a sua energia, falando mal do que não lhe agrada. Em que esse tipo de atitude irá acrescentar algo na sua vida? A resposta é clara: em nada. Respeite a opinião alheia. Você não precisa concordar com o que os outros ouvem ou pensam, mas use argumentos para discutir sobre isso. Se for partir para xingamentos simplesmente, estará se comportando como um troglodita sem cérebro. E, acredito eu, você não é assim.

Mantenha a mente aberta para coisas novas. Estamos sempre aprendendo, todos os dias, sobre tudo. Seja curioso, procure, pesquise. A música é tão apaixonante que é perda de tempo ficar falando mal do que você não curte. Use essa energia para se aprofundar nas bandas que você gosta, na sonoridade que lhe agrada. Pesquise as influências de suas bandas preferidas, vá atrás do que está sendo feito agora, mergulhe fundo nas obscuridades que não chegaram ao topo. Em suma: não se contente com o que lhe é entregue, queira sempre mais. E deixe aqueles que não estão na mesma sintonia que você seguirem o seu caminho, sem ressentimentos.

Afinal, há muito mais o que fazer na vida do que perder tempo falando mal dos outros.

Comentários

  1. Falou e disse!

    Eu não consigo arrumar tempo pra ouvir, ler e conversar sobre todas as bandas que gosto e/ou gostaria de conhecer, vou perder tempo com quem eu não gosto?

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  2. Esse texto tem um alvo certo, mas é uma pena que o público que deveria se conscientizar de tais atos, não tenha a capacidade de ler. Eles gostam é de olhar figuras e escrever abreviado! Se não estiver exposto em foto ou escrito no facebook e não tiver um "meme" moderninho eles não se darão ao trabalho de ler. Essa juventude de hoje... Mas cá entre nós, muito bom o texto. Concordo em praticamente tudo e mais um pouco!

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  3. Isto não é exclusivo do rock/metal, no jazz e principalmente na música erudita é muitíssimo pior...

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  4. Achei um post bastante infeliz. Especialmente porque em muitos momentos ele faz exatamente aquilo que condena: para criticar os supostos fãs preconceituosos de rock, faz julgamentos claros quanto a gostos específicos.

    Todo mundo tem gostos particulares e esses gostos fazem parte fundamental daquilo que elas são. Expressar esse gosto é o natural direito que cada um tem de mostrar quem é. A discordância não só é natural como benéfica. Tirar o direito de crítica a determinado assunto invalida, inclusive o princípio que torna legítimo você ter um blog.

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  5. Muito bom o texto, parabéns. Concordo com quase tudo que está aí.
    O que discordo é o seguinte: Devemos sim "perder tempo" falando do que não gostamos, pois é nosso direito expressar nossa opinião, sendo ela negativa ou positiva. O que não devemos, nesse ponto concordo contigo, é perder a classe e desrespeitar as coisas. Mas há uma diferença gigantesca entre criticar e denegrir.
    Parabéns pelo texto, sua opinião realmente me fez pensar. :)

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  6. Primeiramente, mais uma ótima matéria aqui no Collector's Room.

    Isso é verdade. Eu comecei a ouvir rock por mim mesmo. Na cidadezinha onde moro, provavelmente sou a única pessoa que escuta rock'n roll com tanta frequência e gosto, em um lugar dominado pelo sertanejo universitário e funk carioca. Nem por isso deixo de frequentar rodas de amigos e festas, onde esse é o som que toca.

    Por ser um fã isolado, sempre tive a vontade de discutir rock com outras pessoas que compartilhassem meus gostos musicais. Com o uso cada vez mais frequente do Facebook, vi uma oportunidade de trocar ideias com outros fãs.

    Fiquei decepcionado ao encontrar em um número cada vez maior de fanpage,s que só cresce e cresce, arrogantes preconceituosos. Pessoas que gritam a plenos pulmões a soberania do rock'n roll sobre tudo e todos, destruindo completamente a imagem de quem escuta outros gêneros, como os já citados sertanejo universitário e funk carioca.

    O pior, talvez por não ser um ouvinte de muitos anos (há apenas cerca de cinco anos que escuto rock'n roll, e menos tempo ainda desde que abandonei o "lugar comum" para me aventurar nesse maravilhoso mundo), acabei me deixando levando por isso.

    Apesar de conhecer pouco do som de bandas como Korn e Slipknot, comecei a taxar os caras. É de se admitir que há em número grandioso os chamados posers alegando ser fãs do Slipknot. É fácil vê-los por aí, os mesmos que também curtem outra banda odiada pelos caras das antigas (também não sou fã dessa, e vivo fazendo piadinhas por aí), Avenged Sevenfold, e que formam a maior parcela das pessoas que curtem as fanpages supracitadas.

    Só há pouco tempo que abrir meus olhos e comecei a admirar o som do Korn, e ainda mais recente é minha afeição pelo Slipknot. Penso que há pouco tempo também estarei admitindo a qualidade presente nas músicas da tão odiada/amada Avenged Sevenfold.

    É triste ver que uma parcela gigantesca de rockers se achem os reis do mundo da música, com atitudes que se mostram contrários a tudo pregado até hoje pelo rock.

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  7. Eu parei de ler o mural do Whiplash e de outros sites sobre música justamente por isso. Molecada de hoje em dia tem tudo à disposição na internet e não tem a capacidade de ouvir nada além de Enter Sandman antes de se dizerem fãs de Metallica, só pra dar um exemplo. É uma mistura de arrogância e preguiça que chega a dar nojo.

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  8. Leo Pinho, o senhor está invertendo alguns valores aqui. Liberdade de expressão tem limite, pra começar. E ainda que fosse absoluta, há as que acrescentam e as que não acrescentam.

    Discussões, argumentações, discordâncias, críticas... tudo pra lá de SAUDÁVEL! Mas tem que ter conteúdo.

    Mas o que mais se vê por aí é "tal banda/estilo é uma b***", "uma m***", e daí pra baixo. O que isso acrescenta, enriquece? Isso é uma opinião? Baseada em quê? É isso que "merece respeito"?

    Vou citar um cara perspicaz, com experiência, mas cuja arrogância muitas vezes o torna imaturo, que é o Régis Tadeu. Mas vou citá-lo num contexto em que ele foi até "vítima"... lembram daquele vídeo dos "fãs de Manowar" o encurralando e dizendo "você não conhece Manowar. Manowar é tudo!". Quer mais VERGONHA ALHEIA que aquilo? Não era funk carioca nem pagode, eram os evoluídos "fãs de metal".

    Eu sou um fã de heavy metal. Jamais quero parecer com aquilo. Tampouco com a maioria dos comentaristas do whiplash e de outros sites/blogs frequentados (ou até escritos) por gente até pior.

    Isso é "preconceito"? Intolerância com a intolerância, talvez.

    Por fim, o autor do site já incorreu em muitos dos erros que aponta, mas é notável a evolução do blog e do blogueiro, mais respeitoso e até voltando atrás quando deve. Sendo menos incisivo e radical, sem com isso deixar de expor uma opinião ou crítica. É amadurecimento, gera textos melhores, opiniões mais embasadas, maior credibilidade. Coisas que o mero "fã", o defensor/torcedor de um (só) estilo (e NÃO apreciador), com opiniões imediatistas e rasas como um pires, nunca terá!

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  9. Texto muito fraco que tenta combater preconceitos arrotando preconceitos vários. Com a internet travamos contato mais frequentemente com um tipo de indíviduo que antes estava restrito aos bares da vida, o "libertário autoritário".

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  10. Acho que está havendo uma inversão de valores, me parece que esse post é um tipo de resposta por que o autor teve seu pé pisado quando os roqueiros comemoraram o pequeno público no show da Lady Gaga. Essa de público embaixo de chuva é brincadeira, até parece que um fã fica esperando a previsão do tempo para comprar ingresso. Procure ai nas suas anotações o público ultimo do AC/DC no mesmo Morumbi também embaixo de chuva. Dizer que música Pop não é descartável também é descabido, veremos se metade das pessoas que estava no show lembrarão o nome do primeiro disco dela daqui a 10 anos. Eu duvido.

    Você diz que as pessoas tem direito de gostar de Latino, ok, concordo, também acho que as pessoas tem o direito de gostar de Lady Gaga e pasme tem o direito de gostar de rock também.

    A questão é a seguinte, como você bem disse a pratica leva a perfeição, e os roqueiros mais velhos, como eu, que me aproximo dos 40 não tem tantos preconceitos como o post quer fazer pensar, nos anos 90 esculhambei mesmo o Nirvana, e também aquela fase Nu Metal do Machine Head. E se você assim como eu era um jovem roqueiro naquela época, é possível que tenha feito o mesmo e é possível também que não tenha dado, na época, o devido valor ao Hendrix e a outros monstros dos seus respectivos instrumentos como um Keith Moon por exemplo. Mas o tempo passa, nossa cabeça muda, aprendemos, absorvemos influências, e hoje eu tenho o maior respeito pelo Nirvana, e não sei que graça teria hoje o rock se eles não tivessem aparecido, e acho o Machine Head uma das melhores bandas da atualidade.

    O que eu quero dizer com isso é que você não pode sair generalizando os roqueiros como se todos fossem adolescentes que se manifestam pelas redes sociais, e não pode critica-los porque se você foi mesmo um roqueiro como diz que foi, você também já foi um desses adolescentes, a diferença é que na época não tinhamos as rede sociais. Por fim são esses roqueiros radicais que vão agora e no futuro manter a chama do rock viva, a menos que debandem para o Pop e passem a vida demonstrando seu ressentimento pelo fato dos outros não seguirem seu caminho.

    Quando citei inversão de valores, quero chegar na sua frase: "não se contente com o que lhe é entregue ". Não sei se você percebe, mas quem se contenta com que é entregue é quem gosta de Pop, esse é o estilo que nos é empurrado gartanta abaixo.

    A verdade básica é que a falta de argumentos para quem admira um estilo de música tão amparado na midia, nos modismos, mais preocupado com a cor do cabelo do que com a música que é tocada, é tão explicita que a única forma que ele encontra de se posicionar é usar o velho discurso de que roqueiro é preconceituo, é atrasado, é radical, e talvez radical realmente sejamos, o radicalismo nos protege de sermos engolidos pela massificação desse monte de lixo musical que existe por ai, e o radicalismo faz com que mantenhamos a história da música viva, coisa que nenhum outro estilo musical faz. Radicais e Orgulhosos, isso que somos.

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  11. Scobar, desculpe, mas não estou invertendo coisas não. Só não estou tratando a regra a partir do extremo. Via de regra, qualquer comportamento extremista é prejudicial, mas o que está sendo discutido aqui neste post é a posição de externar ou não uma opinião.

    "Michel Teló faz sucesso? Que bom pra ele. Tem gente que adora o Michel Teló? Deixa elas."

    Sim, deixa elas, mas por que eu não posso dizer que não gosto do que o cara faz? Por que as pessoas deveriam simplesmente ignorar? Muita gente que gosta de Michel Teló acha "rock pauleira" (expressão que, por si só já é uma ofensa) uma bosta. É errado da parte delas? Eu acho que não.

    É como disse Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las." E isso serve pros dois lados.

    O que o post trata, ao menos em seus exemplos ou na simplicidade em que coloca os argumentos, é do comportamento médio, não do extremo. E nesse ponto que eu acho que ele peca.

    Se vc não gosta de alguma coisa, decida por si só se deve ou não externar. É uma escolha de cada um. Afinal, dizer que não gosta quando uma pessoa reclama de um gênero musical faz parte do mesmo princípio que dá a um fã de determinado gênero o direito de desgostar de outro. E mais: a pessoa não precisa embasar, argumentar ou qualquer coisa do gênero. Ela pode simplesmente não gostar e pronto. Qualquer justificativa a partir daí é querer racionalizar o emocional.

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  12. Rockeiro contra todos é normal. Eu já acho que o problema maior é a intolerância do rockeiro extremo com os outros rockeiros. Tem muitos manés por ae querendo ditar qual é o rock "que pode" e o "que não pode". E esse comportamento inviabiliza festivais e a cena como um todo. Esses manés não suportam ir num festival que mistura um thrash, um power, um doom, um death e começam a vaiar. Isso é merecedor de críticas. Isso impede realizar festivais. E olha no que dá!! Cena metal totalmente afundada no BR. Será que enquanto toca a banda de outra vertente não dá pra esses "Death" irem tomar uma breja e parar de encher o saco??

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  13. Leo Pinho, não entendi por esse lado. Ué, se me perguntarem se gosto ou não de Michel Telo, direi que não, com certeza. Não acho que foi isso que o Ricardo criticou.

    Ele falou em gastar energia com isso. Em ir ATRÁS do estilo que não se gosta, escrachá-lo SEM MAIS NEM MENOS qdo tem a oportunidade, ou mesmo sem oportunidade.

    Não precisamos ser tão caricatos, "funk carioca x metal". O Ricardo deu um bom exemplo: ele não gosta de Hard Rock oitentista, ou de boa parte do movimento.

    Se ele simplificar, fizer um post dizendo que o estilo uma m***, com um monte de "bichas" que não acrescentaram musicalmente a p*** nenhuma, ou daí pra baixo, não terá o respeito de ninguém, isso não é "opnião". Não acrescenta, não enriquece, o blog seria inútil.

    Agora, pode-se discutir a fundo a importância ou não do estilo, os valores revelados ou não, os clássicos, as "erradas de mão", na opinião de cada um, com respeito e bom senso. A argumentação e posterior discussão traz algo de útil... podemos até fazer o Ricardo gostar do estilo, ou ele nos convencer de que algumas coisas são fracas mesmo e gostamos por pura paixão, ambas as partes podem conhecer uma faceta que não conheciam, enfim, mil possibilidades em torno do tema.

    Concordo com as palavras de Voltaire, mas duvido que sua intenção foi um monte de malucos gritando "MANOWAR É TUDO", "morte ao Michel Teló", ou generalizações toscas como "não há nada de novo que preste", e daí pra frente.

    As pessoas precisam entender que não existe um "direito em ser mal-educado", tampouco um "direito de oprimir"... e combater a arrogância alheia não pode ser considerado arrogância tb, sob pena de uma gigantesca inversão da coisa toda...

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  14. Todo mundo pode criticar o que bem entender. O texto é direcionado, entre outros alvos, principalmente para páginas e sites que são especializados em rock, mas ficam perdendo tempo falando mal de artistas que não tem nada a ver com o gênero. Porque isso?

    Eu não gosto de Manowar e nem de hair metal. Matérias sobre esses assuntos raramente são lidos aqui, porém não perco tempo produzindo textos denegrindo esses assuntos. Entenderam?

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  15. Concordo com o texto. A minha opinião sobre Lady Gaga em um post anterior eu mantenho e o show dela teve metade dos ingressos vendidos por causa do preço, pois ela poderia vir dez vezes se o preço estivesse 1/3 o povo lotava e reafirmo que a música dela é coisa de americano e que o pop é descartável.

    Falo isso sem preconceito nenhum e muito menos me acho superior por causa disso. A minha preferencia pelo rock e suas inúmeras vertentes se justifica pela relevância e o impacto que o mesmo teve e ainda tema na sociedade só não concordo com algumas generalizações e outros preconceitos retratados aqui.

    Eu nem dou atenção para aquilo que eu não gosto, eu simplesmente ignoro é como se nem existisse, pois acho melhor assim e cada um tem seu gosto e não tem mal nenhum gostar desse ou daquele cantor ou cantora em seus respectivos gêneros sejam eles quais forem.

    A minha preferência é a década de 1960/70 e 80, mas nem por isso acho que os dias autuais não tem bandas boas nesses últimos anos eu conheci Fleet Foxes, o Decemberists, o Black Keys, o Muse e comprei todos os álbuns desses caras e o mais importante sempre os ouço. No hard e heavy tem o Graveyard, Rival Sons e o Mastodon que arrebentam e os dois primeiros lançaram discos excelentes esse ano. E seria covardia não falar de Unto the Locust (2011), do Machine Head um álbum clássico por desde sua gênese.

    As décadas passadas que eu citei tem um monte de bandas obscuras que lançaram poucos discos e para mim é um prazer descobri-las e me aprofundar nelas sem esquecer do presente.

    E tem a Adele também que é uma ótima cantora e para mim ela é muito melhor que Madonna e Lady Gaga juntas, mas no fundo eu nem torço contra e nem a favor porque para mim elas nem existem. Eu até gostaria de estar enganado em relação as críticas em relação a relevância dela daqui alguns 20 ou 30 anos, mas para mim ela é brega e é coisa de americano mesmo e o podem até me apedrejar o Funk carioca tem mais relevância do que ela.

    Não me entendam mal, mas a minha opinião é essa, mas só acho que no post anterior (sobre a Lady Gaga) exagerei na maneira como expus a minha opinião eu reli e soou agressivo demais.

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  16. Uma outra coisa o Scobar tem razão as pessoas tem uma visão turva sobre o direito de falar tudo o que pensam e achar que está certo desrespeitar, ter preconceitos e etc.

    Eu não gosto de Michel Teló, nem de Funk Carioca e muito menos da Lady Gaga e da Madonna e desse tipo de música que elas fazem eu realmente acho descartável e sem relevância e se você me pedir a minha opinião, ou se existir algum tópico abordando assunto e permitir eu expor a minha opinião eu a colocarei, mas claro com respeito sem palavrões e etc.

    Então pessoal você não obrigados a ficarem calados e não só podem como devem se posicionar e manifestar as vossas opiniões, mas devem fazê-lo com respeito e isso não dá direito a ofensas entre outras baixarias que as pessoas consideram ser debate de alto nível em alguns casos. E quando eu falo que a Lady Gaga é brega, irrelevante e descartável não falo com preconceito falo isso comprando ela com bandas de pop como Talking Heads, Depeche Mode, The Cure e mais um sem números delas que foram artistas que estiveram na linha de frente e hoje são lembrados e procurados pela relevância que tiveram e fizeram muita gente dançar.

    O que eu queria mesmo dizer sobre a cidadã é que eu não gosto do tipo de música que ela faz esse tipo de pop, dance não considero que isso seja tão importante na minha opinião pessoal só isso.

    E se me perguntarem sobre o rock também tem um monte de bandas que são irrelevantes e não fizeram nada mais do que copiar as outras bandas, mas não vou ficar aqui chamando os caras disso ou daquilo eu simplesmente ignoro e vou atrás do que gosto é mais legal assim.

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  17. Concordo com o texto, mas não podemos esquecer do outro lado da moeda, que são os fãs de música "ruim".
    Todos os amantes de pop, pagode, axé, funk e afins também tem preconceito com o rock e acredito que históricamente o preconceito veio contra o rock e não o contrário.
    O problema é que os roqueiros e "metaleiros" que ouvem "rock pauleira" tem mais argumentos e conseguem ser convincentes em suas afirmções de ódio a outros generos musiais. Nada disso vai mudar, infelizmente, pois eu gosto de Metallica, Abba, Lady Gaga, Led Zeppelin, Pink Floyd, Lynyrd Skynyrd, Zeca Pagodinho, Paralamas, AC/DC, Legião Urbana, KISS, U2, Ira!, Beatles, Plebe Rude, Miles Davis, Stones...
    Em meus 38 anos de vida aprendi que música não se discute, porque nunca diferentes vertentes chegarão a uma conclusão pacífica.
    Jamais um pagodeiro, por achar que é somente barulho, vai conseguir enchegrar a musicalidade e complexidade melódica do Metallica por exemplo. Já o fã de Metallica consegue ver alguma coisa em outros estilos.

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  18. Só não concordo com duas coisas nesse texto:

    a) a palavra "arrogância" no título do texto. Para mim, arrogância é quando a pessoa fica tentando se projetar sobre as outras, tentando mostrar que é superior ou mais importante. Se eu gosto de rock e critico axé, não quer dizer que estou tetando mostrar que sou melhor, porque eu, sim, é que sei apreciar música, blá blá blá. Quando você faz uma crítica, você está apenas demonstrando sua opinião. Ponto.

    b) a afirmação de que "cada indivíduo é o que consome".

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  19. Ricardo, já notou que volta e meia você mexe nesse assunto, da dificuldade de parte dos fãs de rock/metal em saírem de sua zona de conforto? Não é a primeira matéria que leio sobre isso, todas interessantes, mas vejo que isso já deu kra... você, na minha humilde opinião, está desperdiçando seu talento em algo que não irá mudar (bem como a tendência do Maiden em fazer as músicas longas que vem fazendo). É sempre a mesma coisa... matéria, uns concordam, outros discordam, mas o fato é que os fãs não irão mudar kra... eu bato na tecla... o fã pode conferir novos sons, dar chance a novas bandas, mas deve consumir apenas o que achar legal, e parte dos fãs não é aberta a mudanças. Não adianta tentar pontuar tal fato. É assim e pronto. Bola prá frente kra...

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  20. (Parte 1)

    Acho engraçado que os únicos sites que tem a ver com música e motivam posts e abordagens pedagógicas sobre respeitar os outros ou "não viajar" são os dos roqueiros. O amor do roqueiro pelo gênero musical é muito bonito ... sua dedicação e tal. Mas, por outro lado, é muito piegas o quanto eles fazem uso da música como uma religião, cultura, identidade juvenil, certificado de erudição e arma para alvejar outras pessoas. Acho que, por isso, muitas vezes, é preciso conversar sobre normas, regras de etiqueta, moralidade e "amor ao próximo" em relação ao relacionamento com consumidores (ou amantes pra os mais beatos, devotos) de outros tipos de música.

    Cadu, aqui, faz o papel do pai, professor, treinador, padre e pastor a ensinar um monte de menino apaixonado pelo rock que é necessário se tolerante, respeitoso e relacional com os outros. O que eu acho necessário e é o único lugar na net que é possível. Pq no Whiplash é que não rola, né? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Eu fico me perguntando o que faz dos roqueiros tão infantis? E, em particular, dos metaleiros.
    Sério, eu acho eles tão problemáticos quanto os lirou (lil monsters) da Lady Gaga.

    Só discordo do lance do Latino, mas não me contraponho ao que o Cadu disse porque eu o apoio. Só queria expandir uma coisa: o Latino tem coisas muito boas como entretenimento e é um cara que tá aí há quase 20 anos tem mandado no Pop e ocupa um posto de Rei do Pop brazuca que já foi de gente como o Lulu Santos. Se alguém não gosta, problema. Mas que o cara é inventivo, criador e talentoso no que faz, isso é fato. Não é à toa que ele também agencia "n" outros artistas que tão sob sua tutela no pop brasileiro (como a Perlla e outros tantos). Latino não é só um cantor, nem uma empresa ... é uma agência produtora de artistas do funk, eletrônica, pop, sertanejo, rock e até gospel. O cara é um gênio da música como o Luiz Caldas, por mais que os dois sejam bizarros (confesso!). Mas até o bizarro e o que eu NÃO GOSTO tem o seu valor.

    E concordo com "não há nada de bom em diversas bandas de rock que apenas repetem o que já foi feito há décadas", tipo: ACDC, que não faz nada relevante desde 1980, mas as pessoas insistem em inventar desculpas pra mantê-los no topo do patrimônio simbólico do rock. Muito mais resenhas apaixonadas, elogios e prêmio de consolação pelo conjunto da obra do que serviço efetivo, pois o serviço de verdade deles tá lá em 1974-1980. E só! Mas há pessoas que surpreendem, como o Rush que só prestava em 1974-1981 e, agora, voltou com tudo em 2012.

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  21. (Parte 2)

    Eu acho que a coisa de falar mal na rede social e tomar para si um discurso fanboy tem muito a ver com a questão de busca de identidade, no contexto que vivemos atualmente. Se as pessoas, na década de 90, queriam ser diferentes por terem "estilo" e "atitude", ironicamente se escondendo atrás de estereótipos rígidos de TRIBOS URBANAS, as pessoas agora querem ser multimídia, multifuncionais, multifacetas, contextualizadas e pertencer a todas as tribos, mas utilizando a plataforma das REDES SOCIAIS. Veja: é o mesmo mecanismo de se esconder atrás de um estereótipo, proselitizá-lo, se sentir protegido e aceito socialmente, além de criar conflito com outras identidades emergentes o que estejam em espaços sociais periféricos.

    A palavra é convergência, ecumenismo, hibridismo, ecletismo viraram moda com net. As pessoas, apesar de estarem mais abertas a novas idéias e grupos, elas não conseguem assumir uma opinião sozinhas. Acham que tem que concordar com tudo e que a não-concordância é sinônimo de rejeição social. E elas não suportam isso. Ser rejeitado e excluído é a pior coisa que pode acontecer. Já não gera mais status, como antigamente eram os "revoltados" (que também era uma forma de inclusão social, mas às avessas, pois vc se escondia atrás do estereótipo dos rebeldes sem causa). A revolta e rebeldia agora é algo cafona. A concordância e o diálogo é que são legais, além do proselitismo ("sou fan nº1 do Kiss", "dormi na fila pra ver o Metallica", "vou ao show da Lady Gaga de cosplay", "compro disco original do meu artista amado e por isso sou mais fan que vc").

    Pode ver, nas redes sociais o que canta alto são os gritos dos indivíduos clamando por atenção na busca de algo que o torne especial e identitário. A confirmação de que vc é relevante socialmente é que vc inspira outras pessoas a te seguir (twitter), a fazer testemunhos apaixonados por vc (orkut) e achar tudo o que vc acha legal com um curtir ou compartilhar (facebook). A popularidade e diversidade são ferramentas nesses ambientes e indicam poder social e do indivíduo em si (1000 amigos de 1000 tribos nas redes sociais).

    Viramos uma era de 8 ou 80 no qual você acha que a pessoa é aquilo que tá descrito no perfil. Enquanto o extrativismo juvenil nos anos 90 as TRIBOS URBANAS (patricinha, mauricinho, pagodeiros, true-zete, true-zões, clubber, metaleiro, axezeiro) é que davam a pauta dos estereótipos, agora, são as REDES SOCIAIS e os discursos que transitam por ali. Imagine vc não compartilhar um cartaz de defesa dos animais, ser gay friendly, anti-machista, dentre outras militâncias atuais ... a galera quer posar de nobre, politizada, pró-moralismo dos direitos humanos (politicamente correto), anti-moralismo religioso (tradição), posar de bon vivants, de felizes e de elite num grupo social ... sempre. Hoje, tu vê nitidamente: a falta de identidade não mais por não pertencer a um grupo (como na década de 90), mas por pertencer a vários e não ser importante pra nenhum, o que fica muito claro na quantidade de comunidades e foruns que uma pessoa participa.

    Isso é tão patente que, sobre gosto musical, entra na moda falar que se é "eclético", não assumindo a rejeição a nenhum tipo de gênero, mas também sem se posicionar sobre o que gosta. Uma típica atitude de neutralidade e passividade do nosso tempo, reflexo da falta de identidade também (em parte). No sentido contrário, não faltam blogs e comunidades proselitistas ou de expressão da sua individualidade, como: "eu odeio isso", "eu odeio aquilo". As pessoas não conseguem dizer nada sozinhas, elas sempre se escondem atrás de um discurso, de uma comunidade, de um estereotipo. E quando dentro deles, não podem discordar, se não, são excluídos socialmente. Vai eu dizer que ACDC fez seu último serviço digno em 1980 num Whiplash da vida. Forca ... Cadeira Elétrica ... Tortura ... Bullying.

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  22. (Parte 3)

    Vivemos numa época em que temos liberdade de expressão e se pode dizer "tudo", desde que esse "tudo" não vá contra a maioria e nem contra a minoria. Logo, não podemos dizer NADA. Tô mentindo?

    Não podemos falar contra os estereótipos, pois precisamos deles pra sobreviver e e nos relacionar. E não podemos ser somente os estereótipos porque é um modelo e se importa com o seu ajuste ao conceito, mas não com vc e sua individualidade, especificamente. É vc que se ajusta ao estereótipo e não o estereótipo a vc. Nisso, o indivíduo é objeto e não sujeito da própria vida. E quando ele resolve ser sujeito, ele enfrenta um mar de pessoas que vão tentar paralisá-lo vendo-o como um excluído ou como uma ameaça.

    Gostei das expressões: "sábios e evoluídos rockeiros", "libertário autoritário", "rockeiro contra todos é normal", "o problema maior é a intolerância do rockeiro extremo com os outros rockeiros". Pior raça que existe é de gente que ainda acha que ser roqueiro é ser "não-alienado", "inteligente" e "emancipado". Fala sério! Bando de repetidores de chavões de bar. Pq se for pra música emancipar alguém, pagodeiros, sertanejos, popzeiros e axezeiros podem rir muito da cara dos roqueiros com o simples fato de que eles comem muito mais bucetas. Tô mentindo? Ou tem pegação forte em show de rock? Todo mundo sabe que mulher não gosta e nem precisa de ladainha do tipo: "eu sou contra o sistema", "eu sou não-alienado", "sou ateu e mais inteligente que vc", "sou erudito do metal e vc escuta Nirvana e bandas de Pop" e todos esse clichês do rock.

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  23. (Parte 4)

    O mural do Whiplash é vergonhoso perto de um mural de qualquer perfil de sertana, axé, pagode, eletrônica, pop e o que for. Tô mentindo?
    Chega a ser constrangedor e nível de infantilidade e voracidade com o que o pessoal alveja os ouvintes de outros estilos de música.
    O pessoal confunde consumo e ouvinte com outras coisas. O roqueiro acostumou-se a ver o rock não só como música, entretenimento ou consumo, mas como religião ("sou ateu e mais inteligente que vc"), estilo de vida ("minhas bandas são eternas e me acompanham até a velhice .. e os seus artistas da boite e FM?"), cultura ("a música que eu escuto é perene e inteligente, a sua é descartável"), identidade ("eu sou erudito, não-alienado, inteligente e elite dos gêneros musicais") e bandeira proselitista ("o rock é melhor que todos os estilos ...se vc não é roqueiro, vc não é nada"). Acho que um pouco da arrogância vem aí, porque tem um uso indevido do rock pra outras coisas. E isso é um prato cheio dentro das redes sociais, onde tudo é entendido como uma guerra entre vários extratos e facções sociais, além de ser um barril de pólvora por colocar no mesmo ambiente coisas e pessoas muito diferentes.

    Ricardo, meus parabéns por perder seu tempo (ou investi-lo) tentando escolarizar, educar, amar e acalmar os ânimos dos roqueiros donos da verdade, da erudição, da distinção social e distinção musical. Não pense que seu trabalho é em vão, pois isso realmente mexe com a zona de conforto de muitos. E tem coisas que é da idade. O rock sempre esteve vivo por causa dos adolescentes. E sempre será um reduto de extremismos e infantilidades. Não tem jeito. Mas podemos, sim, ter adolescentes mais tolerantes. Fato!

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  24. Disse tudo.
    Eu não tenho esse preconceito.
    "No que eu não gosto, não me ligo não!"

    Ótimo post.

    Ultimamente estou ouvindo muito isso aqui Bezerra da Silva, Pantera, Machine Head, Racionais MC's, Gabriel o Pensador e O Rappa. haha

    Abraço, parabéns pelo blog.

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  25. Cheguei nesse texto uns meses depois de deletar um "tiozinho" de um canal de rock do meu Facebook. Sou bailarina desde criança, a gente dança e respeita todo tipo de música em Conservatório e fui fazer a besteira de seguir o canal do cara, porque um amigo meu participava e eu quis aprender algo e incentivar o canal começando. Foi mais por causa do meu amigo, que, de vez em quando, ajudava lá. Aí fui ver as entrevistas do cara dono do canal, nesses sites aí que o fulano paga para ser entrevistado (meio até que o site era dele) e as postagens no feed do Face: desisti total, metido demais, acha que o que ele pensa só é válido, se acha a última bolacha do pacote, fica falando mal de outros gêneros musicais e dizendo que todo o resto é porcaria. Na verdade, meio que dizia "respeitar" quem curte outros gêneros, mas fazia questão de dat a entender que são "coitadinhos, menos inteligentes". O canal não tem mta gente , saí meio à francesa, quando já tinha juntado uns mil seguidores lá. Sério, não curti, gosto de todo tipo de música, mas achei a abordagem do fulaninho realmente muito chata e arrogante. Ele tinha uma namorada rockeira meio tia assim, tbem no Facebook que era muito clichê e chata também, com aquelas selfies de Halloween mostrando a língua, não agregava nada no conteúdo. Para piorar era rockeiro com discurso "zen"... Meu, nada a ver... Achei q ia ser legal e acabei me decepcionando, não curto quase nada.

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  26. Cheguei nesse texto uns meses depois de deletar um "tiozinho" de um canal de rock do meu Facebook. Sou bailarina desde criança, a gente dança e respeita todo tipo de música em Conservatório e fui fazer a besteira de seguir o canal do cara, porque uma pessoa que eu conhecia participava e eu quis aprender algo e incentivar o canal começando. Foi mais por causa do conhecido, que, de vez em quando, ajudava lá. Aí dei azar de ver no trabalho, uma entrevista do cara, dono do canal, nesses sites aí que o fulano paga para ser entrevistado (meio até que o site era dele, ele entrevistando ele mesmo) e as postagens no feed do Face: desisti total, metido demais pra mim, acha que o que ele pensa só é válido, se acha a última bolacha do pacote, fica falando mal de outros gêneros musicais e dizendo que todo o resto é "inferior". Na verdade, meio que dizia "respeitar" quem curte outros gêneros, mas fazia questão de dar a entender que são "coitadinhos, menos inteligentes e não abriram os olhos". O canal não tem mta gente, saí meio à francesa, quando já tinha juntado um povo lá. Sério, não curti, gosto de todo tipo de música, mas achei a abordagem do fulaninho realmente muito chata e arrogante. Ele tinha uma namorada rockeira no Facebook que era muito clichê e chata também, com aquelas selfies de dedinho, língua e Halloween, não tocavam nada, não agregavam nada no conteúdo para quem estava atrás de música. Para piorar, era rockeiro com discurso "zen" anti revolução musical... Meu, nada a ver com a essência do rock... Achei q ia ser legal e acabei me decepcionando, não curti quase nada.

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  27. Aqui estou eu quase 10 anos depois pra parabenizar o autor desse artigo. E pra avisar que em 2021 não melhorou nada.

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  28. não entendi pq colocaram a foto do Reinaldo Gianiccine cabeludo

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