Top Collectors Room: 10 bandas que estão fazendo história no heavy metal neste exato momento

Estreando uma nova sessão no site. O Top Collectors Room trará listas com as melhores bandas e artistas dos mais variados temas. Nos inspiramos nas listas do That Metal Show  e resolvemos criar também as nossas.

Pra começar, elegemos as 10 bandas que estão fazendo história no heavy metal atual. Dá pra chamar de outra maneira: essas são as 10 melhores bandas, as 10 bandas mais fodas, que estão vivendo o seu auge criativo, do metal de hoje em dia. Estes grupos estão lançando discos nos últimos anos que estão muito acima do que se tem produzido no heavy metal, alcançando reconhecimento tanto de crítica quanto de público para o seu trabalho. Alguns nomes são mais veteranos, outros são mais recentes, mas todos estão fazendo história neste exato momento, com álbuns excelentes que, nos próximos anos, têm tudo para se transformarem em clássicos.

Dois comentários antes: Graveyard e Rival Sons só não estão neste top 10 porque a música destas duas bandas se enquadra no hard rock e não no heavy metal. E o Ghost poderia figurar aqui, mas como os suecos lançaram apenas um disco por enquanto vamos esperar para ver o que eles farão nos próximos anos para ver se confirmam todo o potencial que imaginamos que eles possuem.

Confira abaixo o Top Collectors Room com as 10 bandas que estão fazendo história no heavy metal neste exato momento:

 

Machine Head

O primeiro lugar não poderia ser de outra banda a não ser o Machine Head. Formada em 1991 em Oakland, na Califórnia, pelo vocalista e guitarrista Robb Flynn e pelo baixista Adam Duce, o Machine Head teve um início de carreira promissor com Burn My Eyes (1994) e The More Things Change ... (1997). No entanto, os caras se perderam em discos que flertaram de maneira equivocada com o new metal e os fizeram perder totalmente a identidade, sendo o ápice disso tudo o quase inaudível Supercharger, de 2001. Porém, após a entrada do guitarrista Phil Demmel em 2002, o Machine Head reencontrou as suas origens e vem vivendo o seu ápice criativo. Unindo com precisão as suas raízes thrash metal com elementos da New Wave of British Metal, o quarteto gravou dois discos espetaculares nos últimos anos e que desde os seus lançamentos foram aclamados como clássicos instantâneos pela crítica e adorados pelos fãs - a saber, The Blackening (2007) e Unto the Locust (2012). O Machine Head se estabilizou e decolou rumo ao infinito, e, atualmente, nada é impossível para a melhor banda de heavy metal do planeta.

 Mastodon

Criativamente, não há nada como o Mastodon no heavy metal atual. O quarteto de Atlanta, na ativa desde 1999, faz um som sem precedentes. Com cinco discos na bagagem, sendo os últimos dois verdadeiras obras-primas - Crack the Skye (2009) e The Hunter (2011) -, o Mastodon é um caso único. Trazendo características do progressivo e do rock psicodélico para a sua música, o grupo formado por Troy Sanders (vocal e baixo), Brent Hinds (vocal e guitarra), Bill Kelliher (guitarra) e Brann Dailor (bateria) não se repete, soando sempre diferentes a cada disco. E o que é fundamental: além de únicos, seus álbuns são sempre muito bons, colocando na roda novas possibilidades e caminhas para a música pesada. Sem medo de errar, o Mastodon caminha a passos largos para se tornar o que o próprio nome prenuncia: um peso pesado do heavy metal, que devora tudo ao seu redor e observa o campo dizimado do topo, avistando o horizonte em busca de sua nova jornada.
 
Opeth

O Opeth é uma banda sueca na ativa desde 1990. A banda inicialmente executava um death metal, mas com o passar dos anos ampliou consideravelmente o seu universo sonoro. O ápice deste processo foi, até agora, o último disco do grupo, Heritage, lançado em 2011. No trabalho, a banda liderada pelo vocalista e guitarrista Mikael Akerfeldt soa totalmente diferente do som que os fãs estavam acostumados a ouvir. Heritage é um álbum de rock progressivo com grande influência da estética setentista. Adicionando elementos do folk, do jazz, do blues e até mesmo da música clássica em seu som, o Opeth gravou um disco belíssimo, que demonstra toda a musicalidade da banda. Ninguém sabe para onde o Opeth irá para o futuro, e é isso que faz a música dos caras ser tão excitante.

 

Trivium

O Trivium surgiu na onda do metalcore que tomou conta do heavy metal na primeira metade da década de 2000. Um dos principais nomes do gênero, a banda liderada pelo vocalista e guitarrista Matt Heafy evoluiu de maneira assombrosa e levou a sua música para um ponto muito além de outros grupos que nasceram na mesma época. Unindo elementos do thrash, da NWOBHM e até mesmo do death metal, o Trivium desenvolveu uma sonoridade agressiva e com grandes melodias. O trabalho mais recente do quarteto, In Waves (2011), mantém as características marcantes do seu som ao mesmo tempo em que aponta para o futuro, deixando claro o quanto a banda ainda pode crescer. Eis aqui um nome para ficar sempre de olho!
 
Baroness

O Baroness não tem uma década de vida. A banda foi formada na cidade de Savannah, no estado norte-americano da Georgia, em 2003. Com apenas três discos no currículo - Red Album (2007), Blue Record (2009) e Yellow & Green (2012) -, o grupo se destaca por executar um heavy metal que flerta abertamente com o prog e o rock alternativo, resultando em um som atual e refrescante. A obra-prima do conjunto é justamente o seu trabalho mais recente, um disco dono de grande beleza, melodias arrebatadoras e canções fortes com uma melancolia onipresente. O quarteto liderado pelo vocalista e guitarrista John Baizley sofreu um sério acidente de ônibus em 2012 durante o braço europeu da turnê de Yellow & Green, e ficará em repouso pelos próximos meses.
 
Rotting Christ

O Rotting Christ é a banda mais veterana desta lista. Os gregos estão na ativa há 25 anos, desde 1987. Porém, foi nos anos mais recentes que o grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Sakis Tolis iniciou uma espiral de criatividade acendente ao inserir elementos da música tradicional grega em sua música, criando uma sonoridade única e que torna ainda mais assustadoras as letras de suas músicas. Com dez discos no currículo, o Rotting Christ executa um black metal que derrama baldes de melodia sobre o ouvinte, em um resultado final que é extremamente cativante. Aealo (2009), último disco do grupo, é de cair o queixo!
 
The Devil's Blood

Com apenas cinco anos de carreira e dois discos, o The Devil’s Blood chamou a atenção por executar um som que une melodias inspiradas e elementos psicodélicos à letras que exploram temas ocultos. Formada e liderada pelos irmãos holandeses Farida (vocal) e Selim Lemouchi (guitarra), o Devil’s Blood voou alto em seus dois discos, ambos bastante distintos mas igualmente muito bons. A estreia The Time of No Time Evermore (2009) traz um hard heavy que, em alguns momentos, chega a lembrar o Thin Lizzy, enquanto o segundo pisou fundo na psicodelia sessentista, o que tornou as letras, todas abertamente satanistas, ainda mais perturbadoras.
 
The Sword

O The Sword surgiu em 2003 na cidade texana de Austin. Mas, ao contrário da tradição da região, pródiga em bandas que agregam elementos do blues e do country à sua música, o quarteto executa um stoner metal influenciado enormemente por nomes como Black Sabbath, Led Zeppelin e Blue Cheer. Nos primeiros discos era possível perceber uma clara sonoridade doom, mas essa característica foi deixada de lado com o passar dos anos, com a banda investindo mais em um som que mergulhou de maneira profunda no universo criado por Tony Iommi. O resultado dessa mudança de direção é uma música rica em riffs e peso, com uma pegada clássica que agrada de imediato.
 
Lamb of God

Esta banda norte-americana também está na ativa há bastante tempo, mas foi nos últimos anos que os caras apresentaram um crescimento, tanto de popularidade quanto criativamente, que os destacou das demais. Executando um som extremamente pesado que tem como destaque imediato a bateria onipresente de Chris Adler, que preenche todo e qualquer espaço, o Lamb of God desenvolveu uma sonoridade sem paralelo no heavy metal. A música do quinteto tem elementos de thrash, death, hardcore, punk e metalcore, tudo grudado com um groove matador, muita técnica e uma pegada violentíssima. Com sete discos nas costas, é difícil mensurar ainda a influência do grupo no universo metálico, porém é possível afirmar, com certeza, que novos caminhos se revelam a cada lançamento dos caras.
 
Gojira

Vem da França uma das bandas mais originais surgidas no heavy metal nos últimos anos. Formada em 1996 na cidade de Bayonne, o Gojira produz uma música que explora três diferentes universos: o lado mais técnico do death metal, a agressividade do thrash e os arranjos intrincados do prog. Com composições que apresentam estruturas incomuns, o grupo cativa pela criatividade sempre surpreendente. São apenas cinco discos gravados, mas que merecem uma audição profunda. Ouça o mais recente, L’Enfant Sauvage, lançado em junho de 2012, e comprove como os caras estão voando alto.

Comentários

  1. Que post fudido de bom.
    Parabéns pra equipe.

    Ow, gostaria que o Five Finger Death Punch tivesse mais apelo. Gosto muito deles.

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  2. É tudo uma questão de opinião.....eu por exemplo tiraria Devil Blood, que não considero metal e sim psicodelico e colocaria Downspirit que ja é mais um Hard Heavy, e tiraria o The Sword que tbm é um som mais leve e colocaria Sabaton que ta mandando muito bem desde o primeiro disco, mas como eu disse, questão de opinião.....

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. boa a lista no geral...eu nem colocaria mesmo o ghost pois achei a banda legal e só

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  5. Muito boas as escolhas, principalmente no que diz respeito as três primerias posições, mais que justas.

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  6. Posso discordar de alguns nomes, ou alteraria alguns deles... mas concordo com a lista.

    Melhor - e é a tecla em que este blog bate, com toda a justiça - concordo com IDEIA da lista. A cena está aí, produtiva, inovadora, fazendo história. Isso eu acredito ser inquestionável.

    E não é mostrado! Ainda que não concorde com 100% dos nomes, ou que adicionasse 10, 20, 30 outros... mas, me restringindo a esta que foi feita, será que CADA UM desses nomes citados não mereceria uma capa de revista? Acredito que com certeza.

    E é bom notar a variedade. Bandas de 90 e de 00 pra cá. Algumas de 90, mas que lançaram suas obras primas particulares só na década passada. Algumas já faziam um trabalho primoroso, e justamente por essa cena ser tão FECHADA, demoraram a conquistar reconhecimento. E, neste momento, 2012, quantas bandas não estão surgindo, seja as que vão evoluir, seja as que já estão no ápice, e o público se recusa a perceber?!

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  7. Acho o Mastodon o melhor da lista, o último disco do Baroness é legal também. O que não consigo engolir no metal são essas letras que cultuam o mal, satanistas. Mas, enfim, há quem goste...

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  8. Gostei dessa lista embora uma boa parte das bandas que estão ai, eu não conheça.

    O Machine Head já tem quase 20 de estrada e os dois primeiros álbuns são espetaculares, mas o ápice veio com Unto the Locust e pelo visto se continuar mantendo o alto nível daqui a pouco é um dos gigantes.

    Bandas como o Mastodon que desde o começo até recentemente só lançou discos muito acima da média, ou seja, álbuns que de referência em minha opinião e ainda tem muito mais a mostrar. Outra banda que consta nesta lista, o Baroness este ano mandou super bem, quando lançou o álbum Yellow & Green e tanto que gostei que tenho as duas versões lp e cd.

    As bandas Rival Sons e Graveyard que ficaram de fora por motivos óbvios, também estão fazendo um trabalho irreparável e neste ano também arrebentaram.

    O Opeth é outra banda que faz um trabalho redondinho e excepcional, e a prova foi o álbum Heritage lançado no ano passado, e ainda por cima o vocalista arrebentou no Storm Corrosion que é uma das possibilidades que apresentam atualmente novos rumos.

    As outras como: o Gojira, O Sword e os demais que eu não comentei porque não os conheço ainda e por isso a minha opinião fica para outra ocasião. No caso do Rotting Christ que eu conheço, já tive os discos, mas hoje eu não ouço mais porque o Black Metal não entra mais na minha cabeça e o Death Metal a mesma coisa a exceção de algumas bandas que eu ouço esporadicamente como: O Vader, o Benediction, Carcass e o Death.

    Enfim sobre as bandas que eu citei: elas estão ai para comprovar que a música boa está viva e tem os seus representantes que estão fazendo muito bem o seu papel no cenário atual. Eu gostaria também de ressaltar o Fleet Foxes, que pouco se fala aqui e também vem fazendo um trabalho excelente e que se mantiver o alto nível, também estará entre os gigantes do rock logo, logo.

    O pessoal tem para 2012 e não olhar só para o passado, eu acho que está na hora de ir adiante e deixar a mesmice um pouco de lado.


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  9. Adicionaria ainda Alcest e Woods Of Ypres. Tá certo que ambas as bandas são completamente desconhecidas no Brasil.
    No geral a lista é muito boa. A ordem em si não importa muito, pois é meramente subjetiva. É válido, no entanto, colocar essas ótimas bandas em destaque, principalmente num país em que bandas mais novas são vistas com desdém.

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  10. Excelente post. Trocaria Rotting Christ e Trivium, que não são exatamente bandas inovadoras pelo Periphery e Meshuggah respectivamente, pois são bandas que estão trazendo seguidores.

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  11. Excelente lista, mas eu acho que faltou uma banda: Between the Buried and Me. O som dos caras é algo muito inovador também, e de altíssima qualidade. Mas é aquela coisa, cada um colocaria uma banda e tiraria outra!

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