Os melhores discos lançados em fevereiro segundo o About Heavy Metal



Mesmo com um número menor de lançamentos em relação aos meses anteriores, não tivemos falta de qualidade em fevereiro. Aqui estão as nossas escolhas para os melhores discos que chegaram às lojas este mês.


Anthrax - For All Kings

Com “Evil Twin” e a faixa que encerra o disco, “Zero Tolerance”, o Anthrax revisitou a velocidade e a agressividade de seu início de carreira, seguindo a caminhada para o topo do thrash metal. Com For All Kings, a banda capturou a mesma magia presente em Worship Music, uma seleção variada de canções que capta a essência de todo o seu catálogo. Joey Belladonna soa mais confortável tendo em mãos um material escrito para a sua voz, ao contrário do álbum anterior. Junto com o disco mais recente do Megadeth, o Anthrax mostra que continua escrevendo material de qualidade em sua extraordinária carreira.


Oranssi Pazuzu - Värähtelijä

Um poderoso retorno dos finlandeses do Oranssi Pazuzu com um álbum absolutamente mostruoso. Värähtelijä é uma viagem angustiante para os recantos mais profundos e sombrios de sua psique. Começando com uma base black metal em tom áspero e blastbeats ocasionais, essa abordagem acaba se revelando apenas a ponta do iceberg, pois abraça completamente a estranheza embalando-a em vocais assustadores e inúmeras reviravoltas. São camadas e camadas de ritmos, riffs estranhos, instrumentos não tradicionais e sons que só foram insinuados nos discos anteriores, e que em Värähtelijä surgem em toda a sua plenitude. O Oranssi Pazuzu evoluiu o seu verdadeiro eu neste disco, talvez como nenhuma outra banda tenha feito antes. 


Omnium Gatherum - Grey Heavens

Os abundantes arranjos instrumentais e as orquestrações com melodias pesadas e densas constróem contrapontos esplêndidos, perfurados por riffs agressivos e teclados verdejantes. Grey Heavens não é uma mina de ouro à prova de balas, está mais para uma tempestade habilmente coreografada e de imensidão exuberante. O disco é uma gangorra de extremos. Há elementos da fórmula utilizada por bandas como Year of No Light, Insomnium e Septicflesh. Nem toda faixa é um soco no estômago - pegue a descaradamente derivativa “Only for the Weak”, por exemplo - mas inegavelmente trata-se de um grande álbum.


Deströyer 666 - Wildfire

Os australianos do Deströyer 666 abraçam o metal em todos os sentidos. A abordagem da banda é cativante, abrangendo elementos de thrash, death e black metal. As performances são um espetáculo à parte e cheias de energia, com cada integrante totalmente vestido de couro, spikes e cintos de balas dos pés à cabeça. Wildfire mostra o Deströyer 666 retornando às raízes do metal com uma celebração à NWOBHM e ao speed metal inicial, uma celebração entregue com um som moderno e uma crueldade onipresente. Faixas como “Hounds At Ya Back” resumem perfeitamente a proposta, com riffs saídos diretamente do Judas Priest e uma levada de dois bumbos que vem do início do thrash. Os resultados são altamente infecciosos, em uma homenagem perfeita à tudo que envolve o heavy metal.


Monster Truck - Sittin’ Heavy

Eles já dominaram as paradas canadenses colocando dois singles na primeira posição, tem ido bem nos charts alemães e suecos e agora estão prontos para conquistar a América com o seu segundo disco, Sittin’ Heavy. As canções do Monster Truck tem grossas camadas de guitarras, riffs de blues e coros para cantar a plenos pulmões. Um som acessível o suficiente para as rádios rock, mas também com muito peso. Jon Harvey é um cantor dinâmico que consegue soar diferente a cada faixa. A música de abertura pergunta “Why Are You Not Rocking?”, e até o final do disco você irá definitivamente ser um rocker de carteirinha.

Matéria original aqui.
Tradução de Ricardo Seelig

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