Review: Amon Amarth – The Pursuit of Vikings (2018)



Grandes álbuns ao vivo transformam bandas em lendas. Made in Japan fez isso com o Deep Purple em 1972. Alive! mostrou a incrível força do Kiss em 1975. Live After Death eternizou o auge do Iron Maiden em 1985. Exemplos não faltam.

Essa lista acaba de ganhar um novo integrante com The Pursuit of Vikings: 25 Years in the Eye of the Storm, que comemora o aniversário da banda sueca Amon Amarth, maior nome do viking metal mundial já há alguns anos. O título acaba de sair no Brasil em um luxuoso box triplo com 2 DVDs e 1 CD. O primeiro disco traz um documentário sobre o grupo, enquanto o segundo vem com o show realizado pela banda no festival alemão Summer Breeze em 2017 e o terceiro vem com o áudio dessa apresentação. O foco deste review é apenas o CD, não o vídeo.

Gravado durante a turnê de divulgação do excelente Jomsviking (2016), o material traz cinco canções do disco entre as suas dezesseis faixas: “First Kill”, “The Way of Vikings”, “At Dawn’s First Light”, “Raise Your Horns” e “A Dream That Cannot Be”, essa última com a participação de Doro Pesch. O tracklist equilibra composições de toda a carreira da banda e passa a limpo uma trajetória que já entrou para a história do heavy metal.

The Pursuit of Vikings comprova o impacto do som do Amon Amarth junto ao público. São fartos os momentos de participação da audiência, seja cantando os refrãos ou entoando as melodias, ou apenas respondendo às interações do vocalista Johan Hegg.

A banda, entrosada ao extremo, domina o repertório e o palco. A interação entre as guitarras de Olavi Mikkonen e Johan Söderberg é intensa, enquanto o baixo de Ted Lundström recheia tudo com ainda mais peso. Como toda banda de death melódico que se preze – e essa é a essência da sonoridade dos suecos -, o trabalho de bateria é extremamente técnico e preciso, cortesia de Jocke Wallgren.

Um dos grandes álbuns ao vivo da história recente do metal, The Pursuit of Vikings é também o documento da força do Amon Amarth, uma banda repleta de ótimas canções e com um público que cresce a cada ano.

Que venham mais 25 anos, brothers!

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