Iron Maiden em dúvida: Bruce quer gravar novo álbum, mas Steve Harris não está tão animado com a ideia
A questão voltou à tona após declarações recentes de Bruce Dickinson e Steve Harris. Durante entrevista à Metal Hammer, o vocalista contou ter sugerido um novo trabalho para a banda após se impressionar com a performance de Simon Dawson, que assumiu a bateria no lugar de Nicko McBrain nas turnês mais recentes. “Eu disse: ‘O baterista está se saindo muito bem, não está? Talvez devêssemos fazer um álbum novo’. Mas Steve resmungou e disse: ‘Não tenho tempo’”, revelou Bruce.
O líder e principal compositor da Donzela confirmou a
história, mas não mostrou entusiasmo: “Não sei, essa é a resposta para isso.
Compor é estressante. Eu me tranco e me torturo por algumas semanas. Não diria
que é traumático, mas dá um trabalho danado.”
Essa não é a primeira vez que Harris expressa cansaço em relação ao processo criativo. Ainda em 2023, em entrevista a Eddie Trunk, o baixista afirmou que tem ideias constantemente, mas não há planos concretos para um novo álbum: “Não sabemos. Ainda temos bastante turnê pela frente. Eu fico tendo ideias o tempo todo, mas talvez nem conseguisse colocá-las todas em prática na vida inteira.”
Enquanto isso, o Iron Maiden segue celebrando seus 50 anos com a turnê Run For Your Lives, que já tem datas marcadas até 2026 e inclui uma apresentação histórica no Knebworth Park, em Londres – com expectativa de ser o maior público da banda em solo britânico.
Do outro lado da moeda, Bruce Dickinson mostra otimismo com a fase atual, especialmente pela entrada de Simon Dawson. O vocalista destacou que o novo baterista traz “estabilidade” e uma pegada própria: “A bateria do Simon é afinada mais grave, com um timbre encorpado. Ele segue à risca o andamento das músicas, é absolutamente rigoroso em acertar o tempo certo. Os guitarristas ficam todos sorrindo de orelha a orelha e Steve também.”
Se Senjutsu for realmente o último registro da Donzela, ele fecha a discografia de forma ambiciosa. O 17º álbum do grupo tem mais de 80 minutos de duração, três faixas com mais de 10 minutos e um conceito que reflete a obsessão de Harris por grandes temas e longas narrativas musicais. Produzido novamente por Kevin Shirley, com arte de Mark Wilkinson, o disco traz o Iron Maiden fiel à sua grandiosidade e também ao excesso, marca registrada desde os anos 2000.
A incerteza permanece: Bruce quer gravar, Harris não parece disposto. O futuro da Donzela de Ferro segue aberto — e, ao que tudo indica, será definido não no estúdio, mas nos palcos.
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