Essa sessão da Collector´s Room irá contar histórias fascinantes de fãs viajando o mundo atrás de seus ídolos. Pra começar, vamos acompanhar a saga de Rodrigo Simas, crítico musical, webmaster do site oficial da Dave Matthews Band no Brasil e provavelmente o maior fã da DMB no nosso país, em sua viagem anual para acompanhar alguns shows do grupo nos Estados Unidos. Sim, viagem anual, porque o Simas vai todo o ano para a América bater um papo e tomar um cafezinho com Dave e sua banda.
Então, apertem os cintos e vamos nessa!
É estranho tentar passar com um simples texto o que acontece em uma semana como essa. Para quem é fã da banda como eu, mesmo tendo que muitas vezes respirar fundo e se mostrar profissional, são tantas emoções (como já diria o mestre Roberto) que é difícil conseguir traduzir isso em palavras. Nossa viagem esse ano foi bem diferente do que estávamos acostumados. Por problemas de férias e por querer conhecer lugares novos, resolvemos mudar nossos planos e não ir para a Florida. Foram 5 shows em 10 dias (praticamente viajando todos os dias sem shows): Woodlands (15/08), Dallas (16/08), Los Angeles (19 e 20/08) e Chula Vista (22/08). Uma viagem bastante cansativa, mas extremamente prazerosa.
Chegamos em Houston dia 14 e fomos direto para Woodlands (menos de 1 hora de carro) para descansar, dar uma volta na cidade e se preparar para o dia seguinte. O Cynthia Woods Pavillion é lindo! Toda a área que cerca o anfiteatro é com certeza o lugar mais bonito que vimos na cidade. Chegamos, entramos na fila do Will Call e retiramos (sempre uma hora de tensão) nossos ingressos, passes e tickets de comida. Logo fomos recebidos por Daryl, o segurança da banda e grande amigo, que quebrou vários galhos durante nossa estadia por lá. Alguém do management já me esperava e fomos discutir algumas questões dos shows brasileiros e a venda antecipada de ingressos – que, aliás, foi um sucesso.
Quando a família não está viajando, encontrar Dave Matthews andando de bobeira pelos corredores é uma das tarefas mais fáceis do mundo. Na verdade, como nesse ano, geralmente ele encontra você – e não o contrário. Em menos de meia-hora nos esbarramos umas 4 ou 5 vezes e em todas ele se mostra muito atencioso, fica sempre feliz por nos ver e agradece nossa presença. Cheguei a brincar, dizendo que estava nos seguindo. Além dele, Tim Reynolds, Jeff Coffin, Rashawn Ross e Stefan Lessard geralmente andam por todo o backstage sem parecer ter muito o que fazer (só Tim que passa sempre correndo e falando no celular). Todos param, falam do Brasil, dizem estar ansiosos e fazem algumas perguntas sobre nosso país. Como não queremos passar como chatos – e hoje em dia somos tratados como praticamente da equipe da banda – só falamos com alguém quando o primeiro contato parte deles.
Tinha como primeira missão entregar o novo CD e uma camisa do Hamilton de Holanda para o Jeff Coffin. Amigos há alguns anos, Coffin adora a música do Hamilton. Entreguei o CD e a camisa, e ele fez questão de vesti-la para tirar uma foto (que já enviei para o Hamilton). Confirmou a presença na turnê brasileira da Dave Matthews Band e que volta praticamente dois meses depois com os companheiros de Flecktones. O ano ainda promete. Muito sorridente, ele não esconde a satisfação de tocar com a DMB e de mostrar seu belíssimo trabalho para uma grande quantidade de pessoas. No palco ele é um monstro. Interage com todos da banda, já tem uma química impressionante com Carter e toca muito. Muito mesmo. Quem conhece os Flecktones já sade disso faz tempo, mas todos vão se impressionar com sua performance na DMB.
O primeiro show é sempre um tapa na cara. Nunca sabemos muito o que esperar. É sempre emocionante ver a banda entrando no palco e geralmente a primeira música funciona como um transe pra você se ligar que está realmente em um show da Dave Matthews Band. Alguns ficam só sorrindo, outros choram, outros pulam. Eu fico meio atônito. Não tenho muitas reações até a terceira ou quarta música. O mais legal é que esse foi quase meu vigésimo show e a ansiedade poucos minutos antes de começar ainda é a mesma. A banda não decepcionou e fez um set excelente, com direito a Bartender abrindo, #41, Ants Marching, Dancing Nancies e uma das que eu mais esperava ver, So Damn Lucky.
No final da primeira música do bis era a hora de correr pra trás do palco pra tentar falar com Carter na saída do show – já que ele passou o dia inteiro em entrevistas e nos avisaram que seria impossível falar com o baterista até o final da apresentação. Poucos segundos antes de acabar Stay saímos correndo para o backstage e a escolta policial já estava de prontidão para partir. Por isso, infelizmente a banda entrou correndo em seus respectivos ônibus e começaram a sair um atrás do outro.
Um dos momentos mais emocionantes da viagem aconteceu nessa hora. Carter saiu do palco e foi direto pro ônibus. Estávamos em um canto e, como expliquei anteriormente, não tentamos falar com nenhum deles a não ser que eles venham falar com a gente. Ficamos – eu e minha mulher – parados do lado contrário dos ônibus só pra ver todos indo embora. Ele entrou, falou com o motorista (Daryl, o segurança, também já estava lá dentro) e quando o ônibus começou a andar ele olhou pra fora e finalmente viu a gente. E sua reação foi – para nós – emocionante. Começou a abanar sem parar e pedir pra parar o ônibus que ele queria descer de qualquer maneira. Depois de receber um não (já que realmente não havia condições da polícia ficar esperando) ele fez sinais para que no dia seguinte, em Dallas, nos encontrássemos.
Com um sorriso no rosto fomos para o hotel descansar. Até porque no dia seguinte tínhamos que acordar e pegar um avião para Dallas. Era apenas o começo da viagem.
Um dos momentos mais emocionantes da viagem aconteceu nessa hora. Carter saiu do palco e foi direto pro ônibus. Estávamos em um canto e, como expliquei anteriormente, não tentamos falar com nenhum deles a não ser que eles venham falar com a gente. Ficamos – eu e minha mulher – parados do lado contrário dos ônibus só pra ver todos indo embora. Ele entrou, falou com o motorista (Daryl, o segurança, também já estava lá dentro) e quando o ônibus começou a andar ele olhou pra fora e finalmente viu a gente. E sua reação foi – para nós – emocionante. Começou a abanar sem parar e pedir pra parar o ônibus que ele queria descer de qualquer maneira. Depois de receber um não (já que realmente não havia condições da polícia ficar esperando) ele fez sinais para que no dia seguinte, em Dallas, nos encontrássemos.
Com um sorriso no rosto fomos para o hotel descansar. Até porque no dia seguinte tínhamos que acordar e pegar um avião para Dallas. Era apenas o começo da viagem.
Acompanho o site que o Rodrigo Simas mantém, e gostaria de parabenizá-lo por todo o trabalhado realizado. São evidentes as portas que ele abriu com um trabalho honesto e dedicado. Resultado disso foi a passagem da DMB pelo Brasil. Grande texto. Grande história.
ResponderExcluirMarcello. o Rodrigo é um exemplo realmente de um fã desenvolvendo um trabalho competente para a divulgação do trabalho do seu ídolo. O Simas é foda!
ResponderExcluirPuta que pariu! So de ler ja me da uma emoção grande. Imagino ele no meio disso tudo... Meu sonho é fazer uma turnê com o GOVT. Quem sabe um dia ne?!
ResponderExcluirUgo, com certeza a emoção deve ser indescritível. E, falando em Gov´t Mule, bem que os caras podiam tocar por aqui de novo, não é mesmo? Você chegou a assistir os shows do grupo no Rio, em 96?
ResponderExcluirCara, infelizmente eu não conhecia ainda, nessa época eu estava no colégio escutando punk (hahahahahaah). Mas eu conheço um dos produtores, o cara falou que o Warren esculachou...
ResponderExcluirImaginei, vc devia ser muito novo na época, assim como eu, que estava mergulhado no metal. Sabe se há alguma possibilidade dos caras tocarem por aqui esse ano ou em 2009?
ResponderExcluirInfelizmente, aqui no Rio é nula. O rio não é uma cidade que gosta de rock. Pra ver so, não tem nenhuma rádio de rock aqui... Infelizmente, o GOVT é desconhecido aqui.
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