Por Gustavo Guideroli
Collector´s Room
O Ten é uma daquelas bandas que mereciam ter bem mais sucesso do que efetivamente obtiveram. Com o álbum "Babylon" p grupo inglês deu um grande passo em sua carreia, conseguindo grande sucesso na Europa e, principalmente, no Japão, onde tem um público fiel e apaixonado.
"Babylon" foi todo composto e produzido pelo vocalista Gary Hughes. Sua bela mistura de AOR, hard rock e heavy metal em composições inspiradas, faz deste um álbum imperdível para os apreciadores de músicas de qualidade, muito bem executadas por músicos experientes.
A abertura é com "The Stranger", inspiradíssima e de cara a minha favorita, uma composição muito marcante. A faixa seguinte, "Barricade", lembra aquele hard rock mais clean do final dos anos oitenta, começo dos noventa. "Give in This Time" e "Love Became the Law" são baladas que poderiam tocar em qualquer rádio FM, isso se as rádios ainda tocassem bandas de qualidade e não porcarias, como é o caso de 99% delas!
"The Heat" traz de volta o lado hard rock da banda. "Silent Rain" é uma balada que poderia estar em qualquer álbum do Journey. "Timeless" tem um riff muito pesado e lembra - MUITO - "Ariel", do Rainbow, grupo que deve ser uma das maiores influências dos músicos do Ten. Aliás, quem fez uma grande diferença para o trabalho ser tão bom foi o tecladista convidado, nada mais nada menos do que Don Airey ...
Na seqüência temos "Black Hearted Woman", com aquele refrão que nunca sai da cabeça. "Thunder in Heaven" possui teclados e guitarras muito marcantes (dá-lhe Rainbow), e é outra das minhas preferidas. E tudo termina com "Valentine", uma música calma, com piano, que vai se tornando mais dramática conforme as guitarras vão entrando.
É difícil comentar sobre destaques individuais, então, o destaque é para a banda inteira. Ao líder Gary Hughes, pelas grandes composições e vocais ; a Vinny Burns e John Halliwell pelo bom gosto no trabalho das guitarras; a Steve McKenna e Greg Morgan, respectivamente baixista e baterista, que fizeram um trabalho à altura do disco; e, claro, a Don Airey, em ótima forma e fazendo a diferença.
Vale a pena destacar também a capa feita por Luis Royo, ótimo pano de fundo para o som do grupo e para a história contada nas letras.
Indicado para pessoas que apreciam os estilos descritos, e também para fãs de Journey, Europe e Rainbow fase anos 80. Não perca tempo e corra atrás deste grande disco, que foi lançado no Brasil no começo desta década pela Hellion Records, o que facilitou muito sua aquisição .
Line-up:
Gary Hughes – Vocal
Vinny Burns – Guitarra
John Halliwell – Guitarra
Steve McKenna – Baixo
Greg Morgan – Bateria
Don Airey – Teclados (participação especial)
Faixas:
1. The Stranger - 7:20
2. Barricade - 5:22
3. Give in This Time - 5:24
4. Love Became the Law - 4:41
5. The Heat - 5:41
6. Silent Rain - 6:27
7. Timeless - 4:54
8. Black Hearted Woman - 5:35
9. Thunder in Heaven - 6:58
10. Valentine - 6:14
Cara, concordo plenamente. Não acredito que Ten nunca tenha se tornado um grande sucesso. Os caras são muito bons e tem muito bom gosto. Eu ouvi o Babylon e me apaixonei.
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