Por Bento Araújo
Jornalista e Colecionador
Editor da Poeira Zine
Você é um "Bolha"? Não tenha medo de assumir essa faceta! Você será apenas mais um dos nossos.
Desde quando comecei com o hábito de ouvir música e comprar discos, minha mãe criou um jeito carinhoso de me apoiar: "Filho, deixa de ser Bolha!". O engraçado é que ela também batizou de "Bolha" todos aqueles meus amigos que também tinham como hábito ouvir e colecionar discos.
Discretamente conversando com ela a respeito, e travando contato intenso com a espécie, descobri algumas características dos Bolhas:
- um Bolha, apesar de ter cara de besta e de solitário, é feliz e se contenta com pouco; para ele, uma noite perfeita de sábado é apenas o fato dele se sentar em casa (sozinho, é lógico) e ouvir os discos que adquiriu, já que passou o dia inteiro vasculhando em sebos e feiras;
- um dos momentos de maior prazer do Bolha é, antes de ouvir esses discos recém adquiridos, lavar os mesmos com sabão de côco, e durante a limpeza ele também vai prestando atenção no estado e na conservação da peça;
- Bolha faz "homenagem" à sua banda favorita. A "homenagem" consiste em ouvir todos os discos de tal grupo em sequência, expondo pela casa as capas, e se possível colocando algum vídeo ou show do grupo homenageado para rolar na TV. O dito cujo senta e fica se deleitando com o espetáculo, que às vezes pode durar um fim de semana inteiro;
- em níveis mais avançados, tem Bolha que até rouba. Isso é verídico, e aconteceu numa famosa loja que existiu em São Paulo: um Bolha fez um assalto a mão armada e ao ser ofertado com dinheiro pela dona do estabelecimento, ele exclamou: "Não quero dinheiro, eu quero o LP 'Italianíssimo' do Jerry Adriani!";
- isso também aconteceu; o Bolha vai viajar com a namorada para Florianópolis, e lá se encontra casualmente com outro "Bolha" (solteiro) já velho conhecido aqui de São Paulo. Resultado: a maioria do passeio o cidadão abandona a gata na praia e vai com seu amigo "Bolha" fazer um tour em todos os sebos da cidade!
- tem Bolha que compra uma pancada de CDs por mês e acaba arranjando confusão com a esposa, pois a coitada não se conforma de o mané gastar tanta grana com aquilo tudo. Como a coleção é enorme, ele entra em casa com os discos escondidos para a esposa não ver, e quando ela vai dormir ele simplesmente junta com o restante da coleção. O problema é que de tanto fazer isso, o espaço na estante vai ficando cada vez menor, a patroa começa a desconfiar e aperta o cerco pra cima do Bolha;
- para driblar esse tipo de problema, o Bolha arranja uma simples e eficaz saída. Isso realmente aconteceu com um Bolha conhecido meu. Ele costumava ouvir seus CDs na sala; sempre sentado em seu confortável sofá. O cidadão percebeu que embaixo das almofadas, e daquela madeira que sustenta tais almofadas, caberia vários CDs, e com certeza sua esposa jamais descobriria o esconderijo. Pois bem, o cara passou a guardar todas suas recentes aquisições naquele local, na parte oca do sofá. Caso ele estivesse ouvindo os discos e sua mulher chegasse de repente, bastava ele levantar e tacar os CDs lá dentro, e agir como se nada estivesse acontecido. O problema é que ele acabou enchendo demais o sofá com os CDs, e quando sua esposa foi fazer a tradicional faxina ela não conseguiu mover o sofá do lugar. Resultado: o Bolha precisou ficar horas se explicando;
- outro Bolha também sofria com esse tipo de problema de ter que esconder os discos da esposa. Ele passava o sabadão comprando LPs pela cidade, e voltava pra casa somente na hora do jantar. Pra compensar ele trazia uma pizza para eles jantarem, e debaixo da embalagem da pizza escondia os discos. Enquanto sua mulher trancava a porta, o Bolha corria para seu quarto e escondia os LPs, para depois ir jantar com a coitada, que nem desconfiava de nada;
- se você que estiver lendo esse texto for esposa de algum Bolha, fique tranquila. Pense no lado positivo, num sábado em vez de seu marido estar no clube, no shopping ou na praia olhando as menininhas, pode ter certeza que ele vai estar metido numa loja ou em um sebo, cheio de marmanjos em sua volta;
- existem basicamente dois grupos de Bolhas: um é o grupo dos Bolhas solteiros que ainda moram com a mãe (o pai já se mandou, pois não aguentava mais sustentar o vício fonográfico do filho), e o outro são os Bolhas desquitados. Se você é Bolha, é casado e não está encaixado em nenhum desses grupos, fique atento, pois mesmo sem você desconfiar sua esposa pode pedir a separação a qualquer momento, e pode ter certeza que sua mamãe vai recebê-lo de braços abertos;
- quando Bolha se separa, ele se contenta em ficar só com os discos, ainda mais se der para ele arrastar para sua coleção alguma coisinha da coleção da esposa (que ele até gostava), como um Rod Stewart, um James Taylor, um Elton John e por aí vai;
- o Bolha não se importa de perder os filhos, o apartamento, o carro, os móveis, etc. Se ele conseguir ficar com sua coleção de discos já está ótimo, ainda mais que na casa de sua mãe tem espaço suficiente para guardá-los. Sem contar que sua coleção vai aumentar consideravelmente quando ele voltar a morar com a mãe, pois seus LPs velhos estão todos lá esperando por ele;
- tem Bolha que quando arranja uma coitada para casar vende sua vitrola e deixa os discos na casa da mãe, pois não cabe toda aquela velharia no apartamento. Quando acontece a separação, e o Bolha volta ao seio materno, e também para sua coleção de LPs anteriormente abandonada, ele anuncia aos amigos: "Estou voltando ao vinilzão";
- também tem Bolha que passa trinta anos de sua vida atrás de um compacto;
- Bolha lembra exatamente o lugar e o ano onde comprou cada disco que marcou a sua vida;
- eu conheço Bolha que tem vários CDs ainda lacrados na coleção, e quando você pergunta o porque daquilo tudo ele responde: "Pô, isso aí eu já conheci na época do vinil, para que vou ouvir agora?";
- essa também aconteceu: um Bolha de São Paulo, como não tinha nada mais o que fazer, resolveu ligar para uma famosa loja do Rio de Janeiro e perguntar sobre um LP. No dia seguinte, bem cedo, o Bolha foi para rodoviária e pegou o "cometão" (ônibus de viagem da Viação Cometa) com destino à Cidade Maravilhosa. Seis horas de viagem depois o coitado chegou no Rio, indo direto para a loja de discos. Comprou aquele único LP, e encarou mais seis horas de volta para São Paulo. Agora pergunta se ele conheceu a cidade, ou alguma garota carioca? Encarar doze horas de viagem por causa de um LP é dose, hein!;
- Bolha costuma também fazer lista das "próximas aquisições". Esse tipo de lista varia de Bolha pra Bolha. Alguns listam apenas dez num papelzinho qualquer e andam com ele no bolso; outros preparam uma lista enorme arquivada no computador, e a cada ida em alguma loja ele imprime alguns títulos da lista para mostrar para o lojista (provavelmente ele imprime aqueles mais raros e quase impossíveis de se conseguir, só para ficar rindo da cara do lojista);
- tem Bolha que, não contente em deixar a namorada sozinha na praia uma vez, volta a cometer a mesma mancada, só que dessa vez em cidades diferentes;
- Bolha compra um LP bem antigo, raro pacas, e como era comum na época, o disco vem com o nome assinado de um dos antigos donos da bolacha. O Bolha senta, ouve o disco, e fica tentando imaginar como era esse antigo dono. Que outras bandas ele gostava, aonde ele morava, quando que ele comprou aquele disco, e principalmente, se ele tinha outras raridades em sua discoteca;
- o mesmo tipo de "pesquisa" acontece quando o Bolha vê no seu LP algum carimbo ou selo de alguma das lojas em que a bolacha foi comercializada. O pior é que o coitado anota o endereço e vai pessoalmente atrás da bendita loja, para ver se consegue achar mais algumas "boiadas". É claro que a loja já fechou há alguns bons anos, e o imbecil fica lá com cara de besta e ainda pensa com ele mesmo: "Porra aqui funcionava uma bela loja...".
Você é um "Bolha"? Não tenha medo de assumir essa faceta! Você será apenas mais um dos nossos.
Desde quando comecei com o hábito de ouvir música e comprar discos, minha mãe criou um jeito carinhoso de me apoiar: "Filho, deixa de ser Bolha!". O engraçado é que ela também batizou de "Bolha" todos aqueles meus amigos que também tinham como hábito ouvir e colecionar discos.
Discretamente conversando com ela a respeito, e travando contato intenso com a espécie, descobri algumas características dos Bolhas:
- um Bolha, apesar de ter cara de besta e de solitário, é feliz e se contenta com pouco; para ele, uma noite perfeita de sábado é apenas o fato dele se sentar em casa (sozinho, é lógico) e ouvir os discos que adquiriu, já que passou o dia inteiro vasculhando em sebos e feiras;
- um dos momentos de maior prazer do Bolha é, antes de ouvir esses discos recém adquiridos, lavar os mesmos com sabão de côco, e durante a limpeza ele também vai prestando atenção no estado e na conservação da peça;
- Bolha faz "homenagem" à sua banda favorita. A "homenagem" consiste em ouvir todos os discos de tal grupo em sequência, expondo pela casa as capas, e se possível colocando algum vídeo ou show do grupo homenageado para rolar na TV. O dito cujo senta e fica se deleitando com o espetáculo, que às vezes pode durar um fim de semana inteiro;
- em níveis mais avançados, tem Bolha que até rouba. Isso é verídico, e aconteceu numa famosa loja que existiu em São Paulo: um Bolha fez um assalto a mão armada e ao ser ofertado com dinheiro pela dona do estabelecimento, ele exclamou: "Não quero dinheiro, eu quero o LP 'Italianíssimo' do Jerry Adriani!";
- isso também aconteceu; o Bolha vai viajar com a namorada para Florianópolis, e lá se encontra casualmente com outro "Bolha" (solteiro) já velho conhecido aqui de São Paulo. Resultado: a maioria do passeio o cidadão abandona a gata na praia e vai com seu amigo "Bolha" fazer um tour em todos os sebos da cidade!
- tem Bolha que compra uma pancada de CDs por mês e acaba arranjando confusão com a esposa, pois a coitada não se conforma de o mané gastar tanta grana com aquilo tudo. Como a coleção é enorme, ele entra em casa com os discos escondidos para a esposa não ver, e quando ela vai dormir ele simplesmente junta com o restante da coleção. O problema é que de tanto fazer isso, o espaço na estante vai ficando cada vez menor, a patroa começa a desconfiar e aperta o cerco pra cima do Bolha;
- para driblar esse tipo de problema, o Bolha arranja uma simples e eficaz saída. Isso realmente aconteceu com um Bolha conhecido meu. Ele costumava ouvir seus CDs na sala; sempre sentado em seu confortável sofá. O cidadão percebeu que embaixo das almofadas, e daquela madeira que sustenta tais almofadas, caberia vários CDs, e com certeza sua esposa jamais descobriria o esconderijo. Pois bem, o cara passou a guardar todas suas recentes aquisições naquele local, na parte oca do sofá. Caso ele estivesse ouvindo os discos e sua mulher chegasse de repente, bastava ele levantar e tacar os CDs lá dentro, e agir como se nada estivesse acontecido. O problema é que ele acabou enchendo demais o sofá com os CDs, e quando sua esposa foi fazer a tradicional faxina ela não conseguiu mover o sofá do lugar. Resultado: o Bolha precisou ficar horas se explicando;
- outro Bolha também sofria com esse tipo de problema de ter que esconder os discos da esposa. Ele passava o sabadão comprando LPs pela cidade, e voltava pra casa somente na hora do jantar. Pra compensar ele trazia uma pizza para eles jantarem, e debaixo da embalagem da pizza escondia os discos. Enquanto sua mulher trancava a porta, o Bolha corria para seu quarto e escondia os LPs, para depois ir jantar com a coitada, que nem desconfiava de nada;
- se você que estiver lendo esse texto for esposa de algum Bolha, fique tranquila. Pense no lado positivo, num sábado em vez de seu marido estar no clube, no shopping ou na praia olhando as menininhas, pode ter certeza que ele vai estar metido numa loja ou em um sebo, cheio de marmanjos em sua volta;
- existem basicamente dois grupos de Bolhas: um é o grupo dos Bolhas solteiros que ainda moram com a mãe (o pai já se mandou, pois não aguentava mais sustentar o vício fonográfico do filho), e o outro são os Bolhas desquitados. Se você é Bolha, é casado e não está encaixado em nenhum desses grupos, fique atento, pois mesmo sem você desconfiar sua esposa pode pedir a separação a qualquer momento, e pode ter certeza que sua mamãe vai recebê-lo de braços abertos;
- quando Bolha se separa, ele se contenta em ficar só com os discos, ainda mais se der para ele arrastar para sua coleção alguma coisinha da coleção da esposa (que ele até gostava), como um Rod Stewart, um James Taylor, um Elton John e por aí vai;
- o Bolha não se importa de perder os filhos, o apartamento, o carro, os móveis, etc. Se ele conseguir ficar com sua coleção de discos já está ótimo, ainda mais que na casa de sua mãe tem espaço suficiente para guardá-los. Sem contar que sua coleção vai aumentar consideravelmente quando ele voltar a morar com a mãe, pois seus LPs velhos estão todos lá esperando por ele;
- tem Bolha que quando arranja uma coitada para casar vende sua vitrola e deixa os discos na casa da mãe, pois não cabe toda aquela velharia no apartamento. Quando acontece a separação, e o Bolha volta ao seio materno, e também para sua coleção de LPs anteriormente abandonada, ele anuncia aos amigos: "Estou voltando ao vinilzão";
- também tem Bolha que passa trinta anos de sua vida atrás de um compacto;
- Bolha lembra exatamente o lugar e o ano onde comprou cada disco que marcou a sua vida;
- eu conheço Bolha que tem vários CDs ainda lacrados na coleção, e quando você pergunta o porque daquilo tudo ele responde: "Pô, isso aí eu já conheci na época do vinil, para que vou ouvir agora?";
- essa também aconteceu: um Bolha de São Paulo, como não tinha nada mais o que fazer, resolveu ligar para uma famosa loja do Rio de Janeiro e perguntar sobre um LP. No dia seguinte, bem cedo, o Bolha foi para rodoviária e pegou o "cometão" (ônibus de viagem da Viação Cometa) com destino à Cidade Maravilhosa. Seis horas de viagem depois o coitado chegou no Rio, indo direto para a loja de discos. Comprou aquele único LP, e encarou mais seis horas de volta para São Paulo. Agora pergunta se ele conheceu a cidade, ou alguma garota carioca? Encarar doze horas de viagem por causa de um LP é dose, hein!;
- Bolha costuma também fazer lista das "próximas aquisições". Esse tipo de lista varia de Bolha pra Bolha. Alguns listam apenas dez num papelzinho qualquer e andam com ele no bolso; outros preparam uma lista enorme arquivada no computador, e a cada ida em alguma loja ele imprime alguns títulos da lista para mostrar para o lojista (provavelmente ele imprime aqueles mais raros e quase impossíveis de se conseguir, só para ficar rindo da cara do lojista);
- tem Bolha que, não contente em deixar a namorada sozinha na praia uma vez, volta a cometer a mesma mancada, só que dessa vez em cidades diferentes;
- Bolha compra um LP bem antigo, raro pacas, e como era comum na época, o disco vem com o nome assinado de um dos antigos donos da bolacha. O Bolha senta, ouve o disco, e fica tentando imaginar como era esse antigo dono. Que outras bandas ele gostava, aonde ele morava, quando que ele comprou aquele disco, e principalmente, se ele tinha outras raridades em sua discoteca;
- o mesmo tipo de "pesquisa" acontece quando o Bolha vê no seu LP algum carimbo ou selo de alguma das lojas em que a bolacha foi comercializada. O pior é que o coitado anota o endereço e vai pessoalmente atrás da bendita loja, para ver se consegue achar mais algumas "boiadas". É claro que a loja já fechou há alguns bons anos, e o imbecil fica lá com cara de besta e ainda pensa com ele mesmo: "Porra aqui funcionava uma bela loja...".
Aposto que você, assim como eu, se identificou com várias dessas situações listadas pelo Bento, certo? Deixe a sua história nos comentários e vamos nos divertir juntos com a nossa maior obcessão: comprar discos e mais discos e mais discos!
Agradecimentos especiais ao Bolha Mairon Machado pela dica do texto.
ResponderExcluirE aí, qual foi o último LP que você catou em suas incursões pelas lojas de Porto Alegre?
Bah, aqui em PoA faz horas que não cato nada. O último que garimpei foi o Build Up da Rita, em uma loja tradicional lá na Floriano (rua dos discos). Depois de virar toda a loja, encontrei em um canto, dentro de um velho engradado de cerva, o Build Up relançamento, com capa simples, mas inteirinho, e que me saiu só 20 pilinha por que ainda não estava listado para a venda. Incursão mesmo eu faço quando vou no Rio. Passo a sexta e o abado me divertindo em Copacabana eno Centro, mas não vendo as gostosas cariocas, e sim, sujando as mãos em diversos sebos, onde encontro pérolas por preços tri acessíveis.
ResponderExcluirEsse texto tem tudo a ver comigo, pois 99% das coisas que estão ali ou eu já fiz ou eu faço, hehehe. Valeu Cadão e na real os créditos devem ser dados ao meu irmão por ter me mostrado esse texto.
Puta coincidência, estava ainda agora vendo a assinatura (de um antigo dono) no encarte do A Farewell To Kings do Rush que comprei em um sebo e pensando 'pq raios o cara se desfeis desse album fantástico', depois de um tempo a "mais valia de um comprador compulsivo de CD's" falou mais alto e o pensamento modificou-se: 'sera, que ele tinha mais coisas legais e vendeu (ou ainda vai vender) para o mesmo sebo? Tomara que sim. Melhor passar lá semana no sebo de novo...'
ResponderExcluirPS.: O caso do sofa é ilário!!!
Pois calha deste irmão ser eu... desde a primeira vez que vi este texto que passei a me considerar um "bolha", embora em um nível bem menor que certos outros por aí (não é mesmo, Mairon?).
ResponderExcluirMas é assim mesmo, todos nós colecionadores temos nossas manias e esquisitices que os outros "pobres mortais" nunca irão compreender. Mas estamos felizes assim, então, tubo bem, certo?
Só para exemplificar: uma vez comprei um cd para um amigo, que vinha com um daqueles selos "novo lançamento da banda tal, incluindo o sucesso tal" colado no plástico. O sujeito rasgou o plástico e jogou fora, com adesivo e tudo. Eu fiquei horrorizado, e quando ele quis saber por que, eu disse para ele: "mas o adesivo é parte do disco também...". Resultado que o sujeito está rindo disso até hoje. Mas eu creio piamente que esses adesivos são parte do disco sim, pois servem para provar que o mesmo é "original da época", e não um relançamento qualquer... mas explica isso para alguém que só ouve mp3s e nem conhece um vinil...
Sou um bolha não típico, ou seja, casado há dezessete anos com a mesma mulher... que pode contar histórias lindas prá vocês, sobre passar uma tarde inteira catando DVDs, LPs e CDs nos sebos de Buenos Aires, sobre conhecer lojistas pelo nome (Getúlio da Boca do Disco, Rogério da Toca do Disco), sobre ela ter querido jogar fora meus vinis em uma mudança e esse papo quase ter acabado em divórcio, sobre passar uma ou duas horas dentro de uma loja de CDs no shopping... ela deve gostar muito de mim prá aguentar essas coisas;-)))
ResponderExcluirTexto brilhante... Tirando a estória do sofá (pois podia quebrar os discos e o da pizza), o resto eu acho que já fiz tudo...rsrsrsrs
ResponderExcluirVou mostrar esse texto para a minha esposa (já preparando ela para a nossa viagem de férias):-)
Jairo, como eu já disse, todos nós somos Bolhas ... hehehe ...
ResponderExcluireu sou uma bolha incomum entao!
ResponderExcluiruma bolha mulher, de 20 anos que adora passar os fins de semana ouvindo suas raridades baixadas da net!!
Morena, bem-vinda ao clube então ... hehe ...
ResponderExcluirhauhauahuah Cadão, eu TENHO CERTEZA que muitas dessas histórias aconteceram com o próprio Papa Bento! hauhauha
ResponderExcluirCara, se liga, fds passado eu sai com uma amiga para comprar um livro para uma prova. Fui no centro dar "só uma voltinha inocente"... Não achei o livro q eu queria
Resultado: voltei pra casa com 4 bolachões e outros dois livros! (PS.: eu tbm sou "bolha de livros"...)
Abraços
Uma vez eu fiz uma troca gravei os discos do Raul Seixas em CD e meu amigo me deus os discos, mais de 20 discos, mas como ficaram guardados e ele morava na praia estavam com cheiro de mofo, pindurei as capas no varal, cena bem engraçada mais de 20 capas no varal.
ResponderExcluirMuito engraçado! Não tem como não rir pois alguma situação é a nossa cara. Só lembrando que não se deve lavar disco de vinil com sabão de côco jamais, pois muitos deles tem soda em sua composição e a gordura do côco e tal não é bom. O ideal é usar detergente neutro, de preferência incolor e também não usar aquela esponja amarela e verde de louças, pois a mesma é abrasiva.
ResponderExcluirMuito engraçado! Não tem quem não tenha feito uma ou mais dessas coisas aqui.
ResponderExcluirVale lembrar que não se deve lavar disco de vinil com sabão de côco jamais porque muitos deles tem soda em sua composição e a gordura do côco não é bom. Assim como não se deve usar aquela esponja de louças verde e amarelo pois é abrasiva. Detergente neutro é o ideal, de preferência incolor . o Top mesmo são as máquinas de limpeza a vácuo que tem nos USA tipo VPI, Nitty Gritty, entre outras.