Matanza - MTV Apresenta: O Bom, Velho e Fedorento Matanza (2008)


Por Jaisson Limeira
Colecionador

Cotação: ***1/2

O Matanza, com seu jeito despojado, um hardcore eficaz e com letras sobre noitadas regadas a mulheres e muita bebedeira, vem cada vez mais conquistando o cenário rock do Brasil e levando muitos fãs ao delírio. Depois de de quatro álbuns de estúdio o grupo estava devendo um disco ao vivo ,que já vinha sendo pedido pelo fãs dessa grande banda carioca, e aqui está o
MTV Apresenta: O Bom, Velho e Fedorento Matanza.

Gravado no Hangar 110, o combo CD/DVD traz a banda em sua melhor fase em todos os sentidos. Por ter sido registrado em um lugar muito intimista, o álbum tem na platéia um show à parte, enquanto o quarteto começa com uma intro que apresenta a banda: "Boa Noite! Esse é o Matanza! O mais puro country! O mais puro hardcore! E o mais puro jamboree!”. 

O público vai a loucura com os clássicos "Meio Psicopata", "Interceptor V6", "Ressaca Sem Fim" e "Mesa de Saloon", que foram emendados para levar o lugar abaixo. O disco segue com uma pequena pausa para Jimmy se comunicar com os presentes, e a banda retorna com “O Chamado do Bar”, “Maldito Hippie Sujo”, “Último Bar” e “Tempo Ruim”, para dar uma quebrada no ritmo com essa balada muito bem escrita pelo Donida. 

A próxima fica a cargo de "E Tudo Vai Ficar Pior", que vem colocada em um clássico da banda, “Pé na Porta e Soco na Cara”, que ficou esplêndida com a ajuda da platéia, que não para de agitar durante um minuto. Na seqüência temos “Matarei” e “Clube dos Canalhas”, que merece destaque também pela sua letra, que todos, de alguma forma, irão se identificar.

Sem perder a potência seguimos com “Imbecil” e “Todo Ódio da Vingança de Jack Buffalo Head”, que junto com “Eu Não Gosto de Ninguém” ficaram ótimas ao vivo. E para matar o píblico de vez surgem as primeiras batidas de “Rio de Whisky”, que vem acompanhada de "Quando Bebe Desse Jeito" e "Bebe, Arrota e Peida", com mais um pausa para respirar. 

Jimmy mantém o público em suas mãos com muita irreverência, até anunciar de forma berrante "Bom é Quando Faz Mal!”, com sua mensagem politicamente incorreta e grande clássico da banda. Sem pausa tocam "A Arte do Insulto" e a rápida "As Melhores Putas do Alabama", que logo dá lugar ao maior sucesso da banda, "Ela Roubou Meu Caminhão", que levou o quarteto ao seu auge quando lançada.

Já no clima de despedida entram em cena "Whisky para um Condenado / Eu Não Bebo Mais", que tiram as últimas forças da platéia, que deu espetáculo durante o show inteiro, e por fim "Estamos Todos Bêbados", que é regida por Jimmy e cantada por todos os presentes a plenos pulmões, finalizada com um bis de "Interceptor V6" para fechar uma noite que não será esquecida durante muito tempo na cabeça de quem estava presente nesse show memorável. 

Com isso temos um grande álbum ao vivo desses cariocas que são uma grande atração para qualquer ocasião. A minha única observação negativa é a não inclusão de nenhuma faixa do To Hell With Johnny Cash, que foi feito ao em homenagem ao saudoso Mr Johnny Cash, mas até relevamos, já que o que corre na masmorras é que o disco não teve grande aceitação pelo publico, mas para mim é um grande clássico da banda .

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. este cd é mesmo foda..

    a banda toda é otima..

    li uma entrevista em q falou q eles não incluiram nenhuma musica do cash pq eles não conseguiram autorização a tempo..

    se fossem esperar não conseguiriam lançar o cd no tempo esperado..

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