Por Maurício Rigotto
Colecionador e Escritor
Collector´s Room
Que nome lhe vem à cabeça quando você ouve o surrado termo "rei do rock’n’roll"? Provavelmente Elvis Presley seja o mais lembrado, mas muitos citarão Chuck Berry, o criador dos maiores clássicos do gênero em seus primórdios, ou Jerry Lee Lewis, ou até mesmo Little Richard.
Elvis foi quem mais obteve fama e notoriedade, por ser um grande cantor e por abusar de seu carisma e sex appeal. Chuck Berry não teve o mesmo sucesso, ao menos não na mesma proporção, principalmente por ser negro em uma época em que a segregação racial era enorme. Havia "música de negros" e "música de brancos", rádios só para negros e rádios para brancos. Chuck Berry e Jerry Lee Lewis brigavam como crianças colegiais pelo título, quase chegando as vias de fato em várias ocasiões, por cada um reivindicar para si a alcunha de "rei".
O nome do monarca está longe de ser uma unanimidade, mas o da rainha está muito bem definido. Wanda Jackson é a rainha do rock’n’roll e do rockabilly há praticamente meio século. Nascida em 1937, Wanda iniciou sua carreira ainda na adolescência, quando chamou a atenção do cantor country Hank Thompson, que a incentivou a gravar com a sua banda, os Brazos Valley Boys. Em 1956, Wanda começou a namorar com o astro Elvis Presley, que a incentivou a deixar o country de lado e a gravar rock’n’roll e rockabilly.
O nome do monarca está longe de ser uma unanimidade, mas o da rainha está muito bem definido. Wanda Jackson é a rainha do rock’n’roll e do rockabilly há praticamente meio século. Nascida em 1937, Wanda iniciou sua carreira ainda na adolescência, quando chamou a atenção do cantor country Hank Thompson, que a incentivou a gravar com a sua banda, os Brazos Valley Boys. Em 1956, Wanda começou a namorar com o astro Elvis Presley, que a incentivou a deixar o country de lado e a gravar rock’n’roll e rockabilly.
Wanda abandonou as camisas xadrez, botas e chapéu country e adotou uma visual mais sexy, com saias plissadas costuradas por sua mãe. Uma mulher tocando guitarra e liderando uma banda de rock chocou os conservadores no final dos anos cinquenta. Seus primeiros discos, Wanda Jackson (1958), Rockin’ with Wanda (1960) e There’s a Party Goin’ On (1961) lhe trouxeram vários hits, como "Let’s Have a Party", "Right or Wrong” e "Fujiyama Mama", sobre uma mulher que se compara ao vulcão japonês quando entra em erupção. Além de compor grande parte de seu repertório, Wanda Jackson também gravou vários covers sensacionais de Chuck Berry, Little Richard, Carl Perkins e Charlie Rich.
O sucesso lhe rendeu o título de Rainha do Rockabilly, gênero que mistura rock’n’roll com hillbilly, uma mistura acelerada de country, blues, folk e swing que estava surgindo e que Wanda ajudou a solidificar.
Nos anos sessenta Wanda voltou-se novamente para a country music, gravando rock’n’roll ocasionalmente. Convertida ao cristianismo, passou a gravar álbuns gospel, alternando baladas country e música religiosa. Manteve a popularidade durante a década, até ser dispensada em 1973 pela gravadora Capitol, justamente por insistir em lançar álbuns religiosos. No ostracismo, continuou lançando discos e fazendo shows, até voltar aos poucos a gravar rock, como em seu álbum de 1984, Rock’n’Roll Away Your Blues.
Em 2000 foi lançada a ótima coletânea Queen of Rockabilly, com trinta faixas que englobam o seu período mais fértil. O resultado é um apanhado de maravilhosos petardos do rock’n’roll que demonstram todo o poder da soberana do rock. Seus últimos registros em estúdio foram os discos Heart Trouble, de 2003, que traz a participação de Elvis Costello e da banda The Cramps; e I Remember Elvis, um tributo ao antigo amigo e namorado.
Em 2009, Wanda Jackson foi introduzida ao Rock’n’Roll Hall of Fame em sua 24° edição, na categoria “Primeiras Influências”. Como o Metallica foi introduzido nesta mesma noite, a mídia que cobriu o evento quase nem reparou nela, mas Wanda voltou a lotar casas de shows e viu, impressionada, seu público aumentar consideravelmente no último ano. O recrudescimento de sua popularidade após o Hall of Fame já lhe rendeu uma turnê de duas semanas pela Europa, shows no Japão e uma apresentação no beneficente Woody Guthrie Folk Festival.
Na semana passada, Jack White (White Stripes/Raconteurs/Dead Weather) anunciou que está produzindo o novo disco de Wanda Jackson. Aos 72 anos, sua majestade, a rainha do rock’n’roll e do rockabilly, está viva e na ativa.
Em 2009, Wanda Jackson foi introduzida ao Rock’n’Roll Hall of Fame em sua 24° edição, na categoria “Primeiras Influências”. Como o Metallica foi introduzido nesta mesma noite, a mídia que cobriu o evento quase nem reparou nela, mas Wanda voltou a lotar casas de shows e viu, impressionada, seu público aumentar consideravelmente no último ano. O recrudescimento de sua popularidade após o Hall of Fame já lhe rendeu uma turnê de duas semanas pela Europa, shows no Japão e uma apresentação no beneficente Woody Guthrie Folk Festival.
Na semana passada, Jack White (White Stripes/Raconteurs/Dead Weather) anunciou que está produzindo o novo disco de Wanda Jackson. Aos 72 anos, sua majestade, a rainha do rock’n’roll e do rockabilly, está viva e na ativa.
God Save the Queen!
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