Historiador e Colecionador
Mofodeu
Em 1971 recebeu um convite do Big Star para assumir os vocais e a guitarra-base do grupo. O Big Star foi responsável pela repaginação do pop rock, desgastado após o sucesso das bandas da invasão britânica entre meados e final dos anos 1960. Numa fase em que o rock psicodélico e, principalmente, o hard rock, reinavam, o Big Star conseguiu um um certo prestígio com o elogiadíssimo disco #1 Record, de 1972. Apesar da boa repercussão na mídia especializada, o álbum encontrou problemas para ser distribuído, e não conseguiu alcançar boas vendas.
O trabalho seguinte, Radio City, lançado em 1974, também foi bem recebido pela crítica, mas o pouco sucesso comercial fez com que a banda não conseguisse bons contratos. Chilton deixou o Big Star naquele mesmo ano, e retomou sua carreira solo.
Após sua saída do Big Star, Chilton mudou-se para Nova York, onde acompanhou de perto o surgimento de diversas bandas que tocavam no clube CBGB, responsáveis pelo impulso do movimento punk norte-americano. Ele foi responsável pelo agenciamento e pela produção de alguns dessas grupos, principalmente o The Champs.
Nos anos 80, Alex Chilton prosseguiu sua carreira solo e como produtor, até que, nos anos 90, resolveu reunir seus colegas de Big Star, mesmo sem o seu membro fundador Chris Bell, que faleceu em 1978. Entre idas e vindas, o Big Star se reuniu mais algumas vezes, inclusive fazendo uma turnê por diversas partes do mundo entre 2009 e 2010.
Alex Chilton faleceu em Nova Orleans, de causas ainda não reveladas, mas a versão que circula com maior intensidade é que o músico teria sofrido um ataque cardíaco. Maiores detalhes ainda não foram revelados.
Talvez o trabalho de Alex Chilton não tenha sido revolucionário, mas tampouco foi desprezível. Confesso que nunca acompanhei muito a obra do músico. O primeiro contato que tive com o Big Star foi há uns dois anos, graças a uma recomendação de alguém que eu não me lembro quem foi.
A curiosidade surgiu graças a faixa “In the Street”, que é o tema do série de TV americana That ’70s Show. Após ouvir o álbum #1 Record apenas uma vez, acabei me esquecendo e nunca mais voltei a dar atenção ao grupo. Não que o álbum seja ruim, muito pelo contrário. Mas há de se convir que um disco com uma sonoridade meio sessentista, lançado em meio a uma forte onda hard rock, dificilmente conseguiria se destacar. E foi por isso que nunca dei o devido valor aquele bom disco.
Mas me assusta um pouco a morte de Chilton passar tão desapercebida. Por mais que ele não tenha mudado a história da música, é um talento a menos de uma época de ouro do rock and roll. Por isso, cada vez mais, tenho a convicção de que – mesmo levando o MOFODEU como um hobby – estamos fazendo um grande serviço ao rock: o de não deixar que a memória desse gênero que tanto amamos se apague.
Alex Chilton, não se preocupe! Cuidaremos do seu legado por aqui!
Descanse em paz!
Faleceu ontem (17/03) o guitarrista e vocalista Alex Chilton, mais conhecido pelo seu trabalho com a banda Big Star. Chilton iniciou sua carreira em 1967, com a banda The Box Tops, onde permaneceu até 1969, quando iniciou sua carreira solo.
Em 1971 recebeu um convite do Big Star para assumir os vocais e a guitarra-base do grupo. O Big Star foi responsável pela repaginação do pop rock, desgastado após o sucesso das bandas da invasão britânica entre meados e final dos anos 1960. Numa fase em que o rock psicodélico e, principalmente, o hard rock, reinavam, o Big Star conseguiu um um certo prestígio com o elogiadíssimo disco #1 Record, de 1972. Apesar da boa repercussão na mídia especializada, o álbum encontrou problemas para ser distribuído, e não conseguiu alcançar boas vendas.
O trabalho seguinte, Radio City, lançado em 1974, também foi bem recebido pela crítica, mas o pouco sucesso comercial fez com que a banda não conseguisse bons contratos. Chilton deixou o Big Star naquele mesmo ano, e retomou sua carreira solo.
Após sua saída do Big Star, Chilton mudou-se para Nova York, onde acompanhou de perto o surgimento de diversas bandas que tocavam no clube CBGB, responsáveis pelo impulso do movimento punk norte-americano. Ele foi responsável pelo agenciamento e pela produção de alguns dessas grupos, principalmente o The Champs.
Nos anos 80, Alex Chilton prosseguiu sua carreira solo e como produtor, até que, nos anos 90, resolveu reunir seus colegas de Big Star, mesmo sem o seu membro fundador Chris Bell, que faleceu em 1978. Entre idas e vindas, o Big Star se reuniu mais algumas vezes, inclusive fazendo uma turnê por diversas partes do mundo entre 2009 e 2010.
Alex Chilton faleceu em Nova Orleans, de causas ainda não reveladas, mas a versão que circula com maior intensidade é que o músico teria sofrido um ataque cardíaco. Maiores detalhes ainda não foram revelados.
Opinião
Talvez o trabalho de Alex Chilton não tenha sido revolucionário, mas tampouco foi desprezível. Confesso que nunca acompanhei muito a obra do músico. O primeiro contato que tive com o Big Star foi há uns dois anos, graças a uma recomendação de alguém que eu não me lembro quem foi.
A curiosidade surgiu graças a faixa “In the Street”, que é o tema do série de TV americana That ’70s Show. Após ouvir o álbum #1 Record apenas uma vez, acabei me esquecendo e nunca mais voltei a dar atenção ao grupo. Não que o álbum seja ruim, muito pelo contrário. Mas há de se convir que um disco com uma sonoridade meio sessentista, lançado em meio a uma forte onda hard rock, dificilmente conseguiria se destacar. E foi por isso que nunca dei o devido valor aquele bom disco.
Mas me assusta um pouco a morte de Chilton passar tão desapercebida. Por mais que ele não tenha mudado a história da música, é um talento a menos de uma época de ouro do rock and roll. Por isso, cada vez mais, tenho a convicção de que – mesmo levando o MOFODEU como um hobby – estamos fazendo um grande serviço ao rock: o de não deixar que a memória desse gênero que tanto amamos se apague.
Alex Chilton, não se preocupe! Cuidaremos do seu legado por aqui!
Descanse em paz!
Alex Chilton era muito bom! Grande perda!
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