Minha Coleção: Conheça o acervo de Gustavo Sazes, artista brasileiro que cria capas de discos para bandas de todo o mundo
Por Ricardo Seelig
Colecionador
Collector´s Room
Gustavo, antes de tudo eu queria que você se apresentasse aos nossos leitores. Quem você é e o que você faz?
Olá sou Gustavo Sazes, designer, e trabalho fazendo capas de CDs e tudo relacionado a material impresso e web para bandas pelo mundo.
Quantos discos você tem?
Não muitos, algo em torno de 2.000 itens contando CDs, DVDs, boxes e Lps.
De que bandas você tem mais itens?
Possivelmente do Mr.Big, In Flames, Stratovarius, Fear Factory, Arch Enemy e Gamma Ray.
A sua preferência é por CDs ou Lps?
Cresci com LP e tive que me adaptar ao CD. Hoje infelizmente só devo ter três ou quatro LPs na coleção. Gosto dos LPs pela qualidade da impressão, tamanho da arte. Gosto dos CDs pelo qualidade do som (que me perdoem os puristas), espaço que ocupam na estante, pelos digipacks.
Como você guarda os seus discos? Tem alguma ordem na hora de organizar tudo?
Ai é o CAOS total (risos). Tento guardar por ordem de lançamento dentro de cada artista, mas não consigo listar os mesmo em ordem alfabética. Normalmente os que ficam mais visíveis e fáceis de pegar são os que escuto mais, ou que comprei por último. Realmente não é fácil achar aquele CD X ou Y quando estou com pressa. Literalmente tenho que passar o olho por todas as prateleiras :).
Qual mania em relação ao seus discos que só você tem?
Possivelmente é o mandamento mais básico de todos: “não emprestarás’’. Pode pegar, ver, escutar, mexer, porém não pode sair daqui de casa (risos). De resto não tenho nenhum ritual, nem guardo com plástico especial nem nada.
Onde você compra seus discos?
Virtualmente em todos os lugares que passo: seja na Galeria do Rock (SP), Metal Market do Wacken (Alemanha), no eBay, nas lojas virtuais da Century Media, Nuclear Blast, Amazon ou qualquer lugar que me chame a atenção por algum motivo. Sou fã de ficar procurando lojas “perdidas’’ nas cidades que visito.
Também conto com a valiosa ajuda de alguns clientes e meus contatos nas gravadoras, que sempre conseguem garimpar algo raro ou limitado para mim. Isso é impagável!!!
Qual foi o primeiro disco que você comprou?
The Real Thing do Faith No More, em LP nos anos 90, eu acho. Foi bem no lançamento desse álbum no Brasil. Considero esse o meu primeiro ‘”comprado” literalmente. Antes disso eu só tinha uns LPs herdados :).
Qual seu disco preferido? Quantas cópias tem dele?
Pergunta difícil. Eu dificilmente tenho mais que duas ou três versões do mesmo disco, e mesmo assim quando tenho as versões são bem diferenciadas entre elas, seja por ter uma capa diferente, CD bônus ou digipack.
Normalmente os CDs que tenho mais versões são os que eu faço a arte, porque aí eu tento pegar tudo que eu eu criei pra ter de recordação. Baseado nisso posso dizer que o lançamento que tenho mais versões é o último álbum do Arch Enemy que eu assinei a capa, The Root of All Evil. Tenho em CD jewel case europeu, CD mediabook com capa e encarte diferente europeu, vinil, e tenho a versão japonesa, que também tem um encarte diferenciado e outros bônus.
Agora estou atrás de um digipak mexicano do Arch Enemy (The Root of all Evil) e um jewel case japonês do Krisiun (Southern Storm).
Lembra qual foi o seu primeiro contato com a música?
Difícil lembrar. Talvez os Lps dos meus pais ou de vizinhos.
O que a música representa na sua vida?
De um ponto de vista bem prático é ela quem paga minhas contas literalmente (risos). Eu estudei música, tive bandas, dei aulas, consumo música e hoje colaboro diretamente com o cenário fazendo as artes. Tenho real prazer em colocar meus CDs pra escutar, sair pra fazer compras, buscar aquela raridade, ir nos shows, comprar o merchandising oficial, enfim, não tenho como sobreviver fora desse elemento. Às vezes fico imaginando como deve ser sem graça a vida de pessoas que não tem relação alguma com a música.
O que mais você coleciona?
Livros, gibis, actions figures e DVDs de filmes e seriados.
Você tem uma quantidade enorme de action figures. Como surgiu o interesse por esses itens, e que dicas você dá para quem quer começar uma coleção como a sua – lojas onde comprar, como conservar, essas coisas.
Comecei por amor total aos quadrinhos. Sou um grande fã da DC Comics e Marvel, e por incrível que pareça sempre tive o sonho de trabalhar projetando brinquedos, ou pelo menos fazendo o visual deles. Nunca consegui, portanto passei pro outro lado do campo e virei consumidor (risos).
No meu caso, 99% dos AFs (action figures) são importados, então você cai no mesmo problema dos CDs: ou compra lá fora via eBay e e-shops, ou pega aqui no Brasil na mão de “escalpeladores” (apelido carinhoso que nós colecionadores damos a essa raça nefasta que lucra horrores em cima dos AFs).
Das mesma forma que os Cds, também sou metódico com relação aos AFs que coleciono. Estranhamente, não tenho nenhum relacionado a música ou filmes diretamente. Meus AFs são de desenhos, quadrinhos ou games, tipo DC Universe, DC Direct, Masters of the Universe, Streetfighter, Akira, World of Warcraft, Spawn, etc.
Aqui em São Paulo temos algumas lojas legais como Comix, Limited Edition, PowerToys, e também um fórum bem legal onde os colecionadores podem ficar por dentro das novidades: www.figurasdeacao.com.br. De gringo eu gosto muito do www.actionfigurepics.com
Pra conservar não tem muito mistério: ou você deixa no blister [(acrado original) ou deixa pegando poeira. Mensalmente eu tenho que fazer uma varredura nas prateleiras tirando o pó , um por um, com pincel levemente umedecido com água.
Imagino que essa paixão por action figures venha ou do cinema ou dos quadrinhos. Você também coleciona filmes e HQs?
Pois é como falei, amor total aos quadrinhos. Cresci lendo gibi, virei adulto lendo gibi e provavelmente vou virar um velho leitor de gibis empoeirados. Nesse ponto eu sou bem tradicional, quero ter o gibi na mão. PDF jamais !!!
Mas filmes também são uma paixão! Aliás, até parte da minha coleção de CDs é voltada para soundtracks e scores de filmes que eu curto!!!
Atualmente você é um dos mais conceituados e requisitados designers de capas de discos do Brasil. Como você entrou nesse ramo?
Totalmente por acidente. Um belo dia eu tinha uma banda, outro belo dia eu comprei um PC, fiz a capa da demo, o site, e a semente fora plantada. Desse dia em diante eu comecei a me interessar pelo assunto de forma mais estruturada. Observava e experimentava muito.
Já se vão 10 anos, uns dois mil trabalhos publicados em uns trinta países além do Brasil. O resto é história ainda a ser contada :D.
Qual a sua formação?
Estranhamente não tem NADA a ver com design. Eu passei minha vida estudando música, letras, ciências sociais, passei por várias faculdades e “terminei’’ ganhando a vida fazendo essa tal de “arte’’ :)
Coloco o verbo entre aspas porque estou longe de terminar qualquer coisa. A cada dia descubro algo novo, uma jeito novo de combinar uma cor, uma textura. Felizmente minha profissão é bem dinâmica, e a cada trabalho sempre pinta um novo desafio. Ficar estimulado é o fator principal no meu trabalho.
Qual foi a primeira capa que você desenvolveu?
Foi essa da minha banda de garagem uns dez anos atrás. Muito tosca na verdade, tenho ainda hoje essa demo tape.
Como é o processo criativo para a criação de uma capa de disco? Você recebe um briefing da banda, ou desenvolve a partir do zero?
Ambos. Obviamente, todo artista de personalidade prefere criar por si só, mas existem momentos em que o brainstorm coletivo é necessário.
Você consegue se satisfazer artisticamente com as capas, ou produz também outras obras para dar vazão à sua criatividade?
Adoro meu trabalho. Adoro entrar nas lojas e ver vários CDs com minhas capas, principalmente os das bandas que eu adoro.
Cada banda, cada capa é um desafio, um aprendizado, uma nova cor na palheta, um novo jeito de pensar aquela ideia. Todos os dias aprendo algo novo, e isso não tem preço.
Eu também tenho um projeto pessoal a longo prazo, justamente para criar algo totalmente fora do que faço nas capas. É algo bem livre, bem mais orgânico e sem nenhuma pretensão. Como já se passaram dez anos, senti que estava na hora de fazer algo 100% meu, porém sem pressão alguma.
Das capas que você desenvolveu, quais são as suas preferidas, e quais as que menos curte?
Eu gosto possivelmente das que fiz recentemente. O processo está mais vivo na minha mente, então é meio óbvio escolher as últimas. No entanto, eu tenho carinho por várias que fiz no passado, por motivos variados. Se for pra citar nomes eu destacaria God Forbid (Earthsblood), Dream Evil (In the Night), Arch Enemy (The Root of All Evil), Musica Diablo (Musica Diablo), Ancesttral (The Famous Unknown), Dr Sin (Bravo e Original Sin), Skinlab (The Scars Between Us), entre outras.
As que eu não gosto eu jamais diria os nomes. Eu simplesmente nem coloco no meu site, então quase ninguém sabe que eu as fiz (risos).
E no geral, qual a sua capa preferida de disco?
É a capa que te faz pegar o CD da parede numa loja e pedir pra escutar. Isso pode acontecer por vários fatores: cores bem misturadas, elementos únicos, ideias diferentes sobre conceitos já batidos. Não tem receita de bolo pra capa perfeita.
Daí pra frente é sorte. A música pode ser boa ou ruim. Eu mesmo compro vários CDs pela capa e acabo por descobrir bandas super interessantes.
Quais foram as suas influências quando você começou a trabalhar na concepção de capas de discos?
Derek Riggs primeiramente. Eu adorava (e ainda adoro) as capas do Maiden. Hoje eu já posso citar Niklas Sundin, Salvador Dali, Travis Smith, Dave Mckean.
Olá sou Gustavo Sazes, designer, e trabalho fazendo capas de CDs e tudo relacionado a material impresso e web para bandas pelo mundo.
Quantos discos você tem?
Não muitos, algo em torno de 2.000 itens contando CDs, DVDs, boxes e Lps.
De que bandas você tem mais itens?
Possivelmente do Mr.Big, In Flames, Stratovarius, Fear Factory, Arch Enemy e Gamma Ray.
A sua preferência é por CDs ou Lps?
Cresci com LP e tive que me adaptar ao CD. Hoje infelizmente só devo ter três ou quatro LPs na coleção. Gosto dos LPs pela qualidade da impressão, tamanho da arte. Gosto dos CDs pelo qualidade do som (que me perdoem os puristas), espaço que ocupam na estante, pelos digipacks.
Como você guarda os seus discos? Tem alguma ordem na hora de organizar tudo?
Ai é o CAOS total (risos). Tento guardar por ordem de lançamento dentro de cada artista, mas não consigo listar os mesmo em ordem alfabética. Normalmente os que ficam mais visíveis e fáceis de pegar são os que escuto mais, ou que comprei por último. Realmente não é fácil achar aquele CD X ou Y quando estou com pressa. Literalmente tenho que passar o olho por todas as prateleiras :).
Qual mania em relação ao seus discos que só você tem?
Possivelmente é o mandamento mais básico de todos: “não emprestarás’’. Pode pegar, ver, escutar, mexer, porém não pode sair daqui de casa (risos). De resto não tenho nenhum ritual, nem guardo com plástico especial nem nada.
Onde você compra seus discos?
Virtualmente em todos os lugares que passo: seja na Galeria do Rock (SP), Metal Market do Wacken (Alemanha), no eBay, nas lojas virtuais da Century Media, Nuclear Blast, Amazon ou qualquer lugar que me chame a atenção por algum motivo. Sou fã de ficar procurando lojas “perdidas’’ nas cidades que visito.
Também conto com a valiosa ajuda de alguns clientes e meus contatos nas gravadoras, que sempre conseguem garimpar algo raro ou limitado para mim. Isso é impagável!!!
O heavy metal é o gênero dominante, mas também há espaço para outros estilos
Qual foi o primeiro disco que você comprou?
The Real Thing do Faith No More, em LP nos anos 90, eu acho. Foi bem no lançamento desse álbum no Brasil. Considero esse o meu primeiro ‘”comprado” literalmente. Antes disso eu só tinha uns LPs herdados :).
Qual seu disco preferido? Quantas cópias tem dele?
Pergunta difícil. Eu dificilmente tenho mais que duas ou três versões do mesmo disco, e mesmo assim quando tenho as versões são bem diferenciadas entre elas, seja por ter uma capa diferente, CD bônus ou digipack.
Normalmente os CDs que tenho mais versões são os que eu faço a arte, porque aí eu tento pegar tudo que eu eu criei pra ter de recordação. Baseado nisso posso dizer que o lançamento que tenho mais versões é o último álbum do Arch Enemy que eu assinei a capa, The Root of All Evil. Tenho em CD jewel case europeu, CD mediabook com capa e encarte diferente europeu, vinil, e tenho a versão japonesa, que também tem um encarte diferenciado e outros bônus.
Agora estou atrás de um digipak mexicano do Arch Enemy (The Root of all Evil) e um jewel case japonês do Krisiun (Southern Storm).
Lembra qual foi o seu primeiro contato com a música?
Difícil lembrar. Talvez os Lps dos meus pais ou de vizinhos.
O que a música representa na sua vida?
De um ponto de vista bem prático é ela quem paga minhas contas literalmente (risos). Eu estudei música, tive bandas, dei aulas, consumo música e hoje colaboro diretamente com o cenário fazendo as artes. Tenho real prazer em colocar meus CDs pra escutar, sair pra fazer compras, buscar aquela raridade, ir nos shows, comprar o merchandising oficial, enfim, não tenho como sobreviver fora desse elemento. Às vezes fico imaginando como deve ser sem graça a vida de pessoas que não tem relação alguma com a música.
O que mais você coleciona?
Livros, gibis, actions figures e DVDs de filmes e seriados.
Algumas das bandas prediletas de Gustavo
Você tem uma quantidade enorme de action figures. Como surgiu o interesse por esses itens, e que dicas você dá para quem quer começar uma coleção como a sua – lojas onde comprar, como conservar, essas coisas.
Comecei por amor total aos quadrinhos. Sou um grande fã da DC Comics e Marvel, e por incrível que pareça sempre tive o sonho de trabalhar projetando brinquedos, ou pelo menos fazendo o visual deles. Nunca consegui, portanto passei pro outro lado do campo e virei consumidor (risos).
No meu caso, 99% dos AFs (action figures) são importados, então você cai no mesmo problema dos CDs: ou compra lá fora via eBay e e-shops, ou pega aqui no Brasil na mão de “escalpeladores” (apelido carinhoso que nós colecionadores damos a essa raça nefasta que lucra horrores em cima dos AFs).
Das mesma forma que os Cds, também sou metódico com relação aos AFs que coleciono. Estranhamente, não tenho nenhum relacionado a música ou filmes diretamente. Meus AFs são de desenhos, quadrinhos ou games, tipo DC Universe, DC Direct, Masters of the Universe, Streetfighter, Akira, World of Warcraft, Spawn, etc.
Aqui em São Paulo temos algumas lojas legais como Comix, Limited Edition, PowerToys, e também um fórum bem legal onde os colecionadores podem ficar por dentro das novidades: www.figurasdeacao.com.br. De gringo eu gosto muito do www.actionfigurepics.com
Pra conservar não tem muito mistério: ou você deixa no blister [(acrado original) ou deixa pegando poeira. Mensalmente eu tenho que fazer uma varredura nas prateleiras tirando o pó , um por um, com pincel levemente umedecido com água.
Imagino que essa paixão por action figures venha ou do cinema ou dos quadrinhos. Você também coleciona filmes e HQs?
Pois é como falei, amor total aos quadrinhos. Cresci lendo gibi, virei adulto lendo gibi e provavelmente vou virar um velho leitor de gibis empoeirados. Nesse ponto eu sou bem tradicional, quero ter o gibi na mão. PDF jamais !!!
Mas filmes também são uma paixão! Aliás, até parte da minha coleção de CDs é voltada para soundtracks e scores de filmes que eu curto!!!
Detalhes da coleção
Atualmente você é um dos mais conceituados e requisitados designers de capas de discos do Brasil. Como você entrou nesse ramo?
Totalmente por acidente. Um belo dia eu tinha uma banda, outro belo dia eu comprei um PC, fiz a capa da demo, o site, e a semente fora plantada. Desse dia em diante eu comecei a me interessar pelo assunto de forma mais estruturada. Observava e experimentava muito.
Já se vão 10 anos, uns dois mil trabalhos publicados em uns trinta países além do Brasil. O resto é história ainda a ser contada :D.
Qual a sua formação?
Estranhamente não tem NADA a ver com design. Eu passei minha vida estudando música, letras, ciências sociais, passei por várias faculdades e “terminei’’ ganhando a vida fazendo essa tal de “arte’’ :)
Coloco o verbo entre aspas porque estou longe de terminar qualquer coisa. A cada dia descubro algo novo, uma jeito novo de combinar uma cor, uma textura. Felizmente minha profissão é bem dinâmica, e a cada trabalho sempre pinta um novo desafio. Ficar estimulado é o fator principal no meu trabalho.
Qual foi a primeira capa que você desenvolveu?
Foi essa da minha banda de garagem uns dez anos atrás. Muito tosca na verdade, tenho ainda hoje essa demo tape.
Alguns discos com capas criadas por Gustavo
Como é o processo criativo para a criação de uma capa de disco? Você recebe um briefing da banda, ou desenvolve a partir do zero?
Ambos. Obviamente, todo artista de personalidade prefere criar por si só, mas existem momentos em que o brainstorm coletivo é necessário.
Você consegue se satisfazer artisticamente com as capas, ou produz também outras obras para dar vazão à sua criatividade?
Adoro meu trabalho. Adoro entrar nas lojas e ver vários CDs com minhas capas, principalmente os das bandas que eu adoro.
Cada banda, cada capa é um desafio, um aprendizado, uma nova cor na palheta, um novo jeito de pensar aquela ideia. Todos os dias aprendo algo novo, e isso não tem preço.
Eu também tenho um projeto pessoal a longo prazo, justamente para criar algo totalmente fora do que faço nas capas. É algo bem livre, bem mais orgânico e sem nenhuma pretensão. Como já se passaram dez anos, senti que estava na hora de fazer algo 100% meu, porém sem pressão alguma.
Das capas que você desenvolveu, quais são as suas preferidas, e quais as que menos curte?
Eu gosto possivelmente das que fiz recentemente. O processo está mais vivo na minha mente, então é meio óbvio escolher as últimas. No entanto, eu tenho carinho por várias que fiz no passado, por motivos variados. Se for pra citar nomes eu destacaria God Forbid (Earthsblood), Dream Evil (In the Night), Arch Enemy (The Root of All Evil), Musica Diablo (Musica Diablo), Ancesttral (The Famous Unknown), Dr Sin (Bravo e Original Sin), Skinlab (The Scars Between Us), entre outras.
As que eu não gosto eu jamais diria os nomes. Eu simplesmente nem coloco no meu site, então quase ninguém sabe que eu as fiz (risos).
Bonecos da DC Comics, outra paixão de Gustavo
E no geral, qual a sua capa preferida de disco?
É a capa que te faz pegar o CD da parede numa loja e pedir pra escutar. Isso pode acontecer por vários fatores: cores bem misturadas, elementos únicos, ideias diferentes sobre conceitos já batidos. Não tem receita de bolo pra capa perfeita.
Daí pra frente é sorte. A música pode ser boa ou ruim. Eu mesmo compro vários CDs pela capa e acabo por descobrir bandas super interessantes.
Quais foram as suas influências quando você começou a trabalhar na concepção de capas de discos?
Derek Riggs primeiramente. Eu adorava (e ainda adoro) as capas do Maiden. Hoje eu já posso citar Niklas Sundin, Salvador Dali, Travis Smith, Dave Mckean.
Qual o seu artista gráfico preferido?
Dave Mckean, com certeza absoluta.
Onde você busca inspiração para desenvolver os seus trabalhos?
Em todo lugar, em todas as letras, todos os sons e cores que eu puder experimentar.
Quais são os seus planos para o futuro?
Trabalhar mais, desenvolver mais trabalhos autorais, e um dia quem sabe voltar a tocar e compor.
Como você vê a cena metálica brasileira atual? Quais são os pontos fortes e fracos do mercado?
O nível profissional subiu muito. Esse já é o primeiro passo de muitos para criarmos um cenário forte e estável. Já o ponto negativo é a falta de espaço e incentivo para as bandas iniciantes - e isso não parece ter solução.
A sua área de atuação se limita apenas a grupos de metal, ou artistas de outros gêneros tem procurado você também?
Sim, já fiz trabalhos para Roberto Carlos, Zezé di Camargo e Luciano, Victor e Léo, Adriana Calcanhoto, Araketu, Jota Quest, e toneladas de outros estilos.
Meu trabalho é predominantemente voltado ao rock e metal, possivelmente por gostar mais desses estilos, mas nunca fui limitado a atender X ou Y.
Qual foi a banda mais fácil de trabalhar, e qual foi a mais difícil?
A melhor é aquela que confia em você, te respeita, e, principalmente, OUVE o que você tem a dizer. Já a pior banda é o extremo oposto. Não tenho prediletos na verdade.
Como você conheceu a Collector´s Room, e qual a sua opinião sobre o site?
Conheci através do site Whiplash. Gosto muito da coluna, sempre acompanho e sempre releio os posts antigos. Todo bom colecionador gosta de apreciar a coleção alheia (risos).
Quais são, para você, os dez melhores álbuns de todos os tempos?
Cara, difícil citar somente dez ... vamos lá:
In Flames – Whoracle
Escute as melodias e violões desse álbum. Death metal melódico sueco em sua melhor forma. Escuto esse CD até furar. Um disco que jamais soará datado, e que mudou minha maneira de sentir e entender música extrema. Destaque absoluto para TODAS as faixas.
Dream Theater – Images and Words
Esse disco colocou o Dream Theater no mapa. “Under a Glass Moon”, “Another Day”, “Metropolis”, “Surrounded”, são destaques mínimos perante a grandiosidade dessa obra. Aliás, todas as faixas merecem destaque total. Esse discotransformou o Dream Theater num ícone a ser seguido, amado e idolatrado por gerações.
Pain – Dancing with the Dead
Veja um show do Pain ao vivo, escute “The Same Old Song” e “Nothing”. Peter incendeia as pistas de dança com peso e melodias de extremo bom gosto. Não tem como ouvir e ficar parado!!!
At the Gates – Purgatory Unleashed – Live at Wacken
Amo essa banda e tive o privilégio de assistir esse show em cima do palco no Wacken. Uma noite inesquecível, uma banda super afiada e um set list matador! Imperdível!!! “Blinded by Fear”, “Kingdom Gone”, “Under a Serpent Sun”, “Nausea”, “Cold”, “Raped By the Light of Christ” ... a lista de clássicos não acaba.
Fear Factory - Obsolete
“Ressurrection” já vale o CD todo. O peso e a melodia unidos de forma ímpar fazem desse álbum um divisor de águas dentro do estilo. Temas desse disco são obrigatórios em todos os shows da banda.
Mr Big - Live
Show impecável, set list matador, músicos de outro planeta. Outro clássico que escuto infinitamente. O que falar do mestre Paul Gilbert? Escute, veja o vídeo, escute de novo, veja o vídeo de novo, e de novo e de ...
Mr Big – Hey Man
É impossivel escolher o melhor álbum quando se gosta muito de uma banda. Hey Man segue nessa lista, pois ele apresenta um Mr Big em seu momento mais maduro, com inspiradíssimas composições: “Trapped in Toyland”, “Going Where the Wind Blows”, “Take Cover”. O ao vivo desse registro (Live in Budokan) é maravilhoso e só reforça o poder dessas músicas ao vivo. Além disso, adoro essa capa!
Killswitch Engage – The End of a Heartache
Um dos melhores shows que vi em minha vida. Esse álbum é perfeito do ínicio ao fim. Uma tonelada de riffs matadores e grooves de extremo bom gosto. JAMAIS farão algo superior. O metalcore se define nesse disco.
Gamma Ray – Somewhere Out in Space
O que dizer do álbum que tem a trinca “Beyond the Black Hole”, “Valley of the Kings” e “Somewhere Out in Space”? Perfeição é o mínimo. Não é a toa que o line up desse disco dura até hoje.
Stratovarius - Infinite
Uma de minhas capas favoritas de todos os tempos, e com certeza minha canção predileta da banda faz parte desse álbum. “Hunting High and Low” é o hino supremo do estilo.
Arch Enemy – Burning Bridges
Muitos preferem o Stigmata, mas foi esse álbum que nos presenteou com pérolas como “The Immortal”, “Angelclaw”, “Dead Inside” e “Silverwing”. Foi o primeiro CD do Arch enemy que escutei na vida. Os irmãos Amott se superaram nos riffs e solos belíssimos.
Yngwie Malmsteen – The Seventh Sign
Adoro todos os álbuns do Yngwie, mas esse é um soco na cara de qualquer um que ouse falar mal do gigante sueco. Em sua melhor forma, Malmsteen nos presenteia com hinos como “Seventh Sign”, “Never Die”, “Forever One” e “Brothers”. Além disso, temos uma banda absurdamente afiada, com as batidas precisas de Terrana e os vocais fenomenais de Vescera.
Dream Evil – The Book of Heavy Metal
Meeeeeeeeeeetaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaallllllll!!! Sem mais comentários!
Tears for Fears – The Seeds of Love
Se você não se emociona com “Woman in Chains” é porque não tem coração.
Rammstein - Mutter
Peso esmagador e refrões pegajosos fazem deste CD um destaque total na discografia dos alemães. A faixa título é minha eterna predileta.
Iron Maiden - Powerslave
A melhor capa do universo e a melhor faixa de abertura da galáxia! Se isso ainda não fosse suficiente, eu poderia citar a perfeição dos temas “Rime of the Ancient Mariner” e “Powerslave”. Preciso falar mais?
Iron Maiden – Live After Death
O primeiro LP do Maiden que comprei, inesquecível por motivos além da música (perfeita). Ainda tenho essa bolacha na coleção. Esse eu considero um dos melhores registros ao vivo de todos os tempos, senão for o melhor!!!
Sentenced - Frozen
Amor à primeira ouvida. Os reis do iêiêiê finlandês! Escute “Farewell” e T”he Rain Comes Falling Down” e tente não se emocionar.
Europe – Out of this World
As guitarras de Kee Marcelo são de arrepiar. Muitos preferem o CD anterior, mas foi nesse álbum que o Europe atingiu um novo patamar nas composições.
Pra fechar: para nós aqui da Collector´s Room é muito legal poder entrevistar pessoas como você, que possuem um trabalho diferenciado e contribuem para o desenvolvimento do mercado musical brasileiro. Parabéns pelo ótimo trabalho. Deixe um recado para os nossos leitores.
Obrigado a todos pelo apoio e pelo espaço aqui no site. Fico feliz de poder falar um pouco sobre esse nosso hobby tão querido. Aos leitores deixo a dica: continuem colecionando! Se você não é colecionador, pare tudo e comece já! Eu recomendo! (risos)
Ah, e quem quiser saber mais sobre o meu trabalho pode acessar www.abstrata.net.
Um grande abraço!!!
Dave Mckean, com certeza absoluta.
Onde você busca inspiração para desenvolver os seus trabalhos?
Em todo lugar, em todas as letras, todos os sons e cores que eu puder experimentar.
Quais são os seus planos para o futuro?
Trabalhar mais, desenvolver mais trabalhos autorais, e um dia quem sabe voltar a tocar e compor.
A coleção está repleta de action figures para todos os gostos
Como você vê a cena metálica brasileira atual? Quais são os pontos fortes e fracos do mercado?
O nível profissional subiu muito. Esse já é o primeiro passo de muitos para criarmos um cenário forte e estável. Já o ponto negativo é a falta de espaço e incentivo para as bandas iniciantes - e isso não parece ter solução.
A sua área de atuação se limita apenas a grupos de metal, ou artistas de outros gêneros tem procurado você também?
Sim, já fiz trabalhos para Roberto Carlos, Zezé di Camargo e Luciano, Victor e Léo, Adriana Calcanhoto, Araketu, Jota Quest, e toneladas de outros estilos.
Meu trabalho é predominantemente voltado ao rock e metal, possivelmente por gostar mais desses estilos, mas nunca fui limitado a atender X ou Y.
Qual foi a banda mais fácil de trabalhar, e qual foi a mais difícil?
A melhor é aquela que confia em você, te respeita, e, principalmente, OUVE o que você tem a dizer. Já a pior banda é o extremo oposto. Não tenho prediletos na verdade.
Como você conheceu a Collector´s Room, e qual a sua opinião sobre o site?
Conheci através do site Whiplash. Gosto muito da coluna, sempre acompanho e sempre releio os posts antigos. Todo bom colecionador gosta de apreciar a coleção alheia (risos).
Action figure do clássico japonês Akira
Quais são, para você, os dez melhores álbuns de todos os tempos?
Cara, difícil citar somente dez ... vamos lá:
In Flames – Whoracle
Escute as melodias e violões desse álbum. Death metal melódico sueco em sua melhor forma. Escuto esse CD até furar. Um disco que jamais soará datado, e que mudou minha maneira de sentir e entender música extrema. Destaque absoluto para TODAS as faixas.
Dream Theater – Images and Words
Esse disco colocou o Dream Theater no mapa. “Under a Glass Moon”, “Another Day”, “Metropolis”, “Surrounded”, são destaques mínimos perante a grandiosidade dessa obra. Aliás, todas as faixas merecem destaque total. Esse discotransformou o Dream Theater num ícone a ser seguido, amado e idolatrado por gerações.
Pain – Dancing with the Dead
Veja um show do Pain ao vivo, escute “The Same Old Song” e “Nothing”. Peter incendeia as pistas de dança com peso e melodias de extremo bom gosto. Não tem como ouvir e ficar parado!!!
At the Gates – Purgatory Unleashed – Live at Wacken
Amo essa banda e tive o privilégio de assistir esse show em cima do palco no Wacken. Uma noite inesquecível, uma banda super afiada e um set list matador! Imperdível!!! “Blinded by Fear”, “Kingdom Gone”, “Under a Serpent Sun”, “Nausea”, “Cold”, “Raped By the Light of Christ” ... a lista de clássicos não acaba.
Fear Factory - Obsolete
“Ressurrection” já vale o CD todo. O peso e a melodia unidos de forma ímpar fazem desse álbum um divisor de águas dentro do estilo. Temas desse disco são obrigatórios em todos os shows da banda.
Mr Big - Live
Show impecável, set list matador, músicos de outro planeta. Outro clássico que escuto infinitamente. O que falar do mestre Paul Gilbert? Escute, veja o vídeo, escute de novo, veja o vídeo de novo, e de novo e de ...
Mr Big – Hey Man
É impossivel escolher o melhor álbum quando se gosta muito de uma banda. Hey Man segue nessa lista, pois ele apresenta um Mr Big em seu momento mais maduro, com inspiradíssimas composições: “Trapped in Toyland”, “Going Where the Wind Blows”, “Take Cover”. O ao vivo desse registro (Live in Budokan) é maravilhoso e só reforça o poder dessas músicas ao vivo. Além disso, adoro essa capa!
Killswitch Engage – The End of a Heartache
Um dos melhores shows que vi em minha vida. Esse álbum é perfeito do ínicio ao fim. Uma tonelada de riffs matadores e grooves de extremo bom gosto. JAMAIS farão algo superior. O metalcore se define nesse disco.
Gamma Ray – Somewhere Out in Space
O que dizer do álbum que tem a trinca “Beyond the Black Hole”, “Valley of the Kings” e “Somewhere Out in Space”? Perfeição é o mínimo. Não é a toa que o line up desse disco dura até hoje.
Stratovarius - Infinite
Uma de minhas capas favoritas de todos os tempos, e com certeza minha canção predileta da banda faz parte desse álbum. “Hunting High and Low” é o hino supremo do estilo.
Arch Enemy – Burning Bridges
Muitos preferem o Stigmata, mas foi esse álbum que nos presenteou com pérolas como “The Immortal”, “Angelclaw”, “Dead Inside” e “Silverwing”. Foi o primeiro CD do Arch enemy que escutei na vida. Os irmãos Amott se superaram nos riffs e solos belíssimos.
Yngwie Malmsteen – The Seventh Sign
Adoro todos os álbuns do Yngwie, mas esse é um soco na cara de qualquer um que ouse falar mal do gigante sueco. Em sua melhor forma, Malmsteen nos presenteia com hinos como “Seventh Sign”, “Never Die”, “Forever One” e “Brothers”. Além disso, temos uma banda absurdamente afiada, com as batidas precisas de Terrana e os vocais fenomenais de Vescera.
Dream Evil – The Book of Heavy Metal
Meeeeeeeeeeetaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaallllllll!!! Sem mais comentários!
Tears for Fears – The Seeds of Love
Se você não se emociona com “Woman in Chains” é porque não tem coração.
Rammstein - Mutter
Peso esmagador e refrões pegajosos fazem deste CD um destaque total na discografia dos alemães. A faixa título é minha eterna predileta.
Iron Maiden - Powerslave
A melhor capa do universo e a melhor faixa de abertura da galáxia! Se isso ainda não fosse suficiente, eu poderia citar a perfeição dos temas “Rime of the Ancient Mariner” e “Powerslave”. Preciso falar mais?
Iron Maiden – Live After Death
O primeiro LP do Maiden que comprei, inesquecível por motivos além da música (perfeita). Ainda tenho essa bolacha na coleção. Esse eu considero um dos melhores registros ao vivo de todos os tempos, senão for o melhor!!!
Sentenced - Frozen
Amor à primeira ouvida. Os reis do iêiêiê finlandês! Escute “Farewell” e T”he Rain Comes Falling Down” e tente não se emocionar.
Europe – Out of this World
As guitarras de Kee Marcelo são de arrepiar. Muitos preferem o CD anterior, mas foi nesse álbum que o Europe atingiu um novo patamar nas composições.
Pra fechar: para nós aqui da Collector´s Room é muito legal poder entrevistar pessoas como você, que possuem um trabalho diferenciado e contribuem para o desenvolvimento do mercado musical brasileiro. Parabéns pelo ótimo trabalho. Deixe um recado para os nossos leitores.
Obrigado a todos pelo apoio e pelo espaço aqui no site. Fico feliz de poder falar um pouco sobre esse nosso hobby tão querido. Aos leitores deixo a dica: continuem colecionando! Se você não é colecionador, pare tudo e comece já! Eu recomendo! (risos)
Ah, e quem quiser saber mais sobre o meu trabalho pode acessar www.abstrata.net.
Um grande abraço!!!
o cara é talentoso. algumas coisas acho meio parecido, mas é o traço dele, né. baita coleção. adorei os bonecos. deve tá ganhando bem o cara. heehehe
ResponderExcluirabraço
Po, respeitei a colção de bonecos, as senti falta de mais fotos dos cds. Agora realmente, a coleção de bonecos é matadora
ResponderExcluirA coleção de discos tem alguns itens nos quais eu fiquei babando em cima, mas é impossível não se maravilhar com a coleção de action figures dele!
ResponderExcluirAcho muito interessante fazer entrevistas com pessoas que não só "gostam" de música (como a maioria dos leitores do site), mas com pessoas como o Gustavo que fazem parte do "mundo" da música, que trabalham "atrás dos panos" para que nós possamos colecionar nossas "preciosidades". Parabéns pela entrevista, Ricardo!
O Gustavo tem um trabalho bem legal, e é muito gente boa. Inclusive, a logo nova da Collector´s, que está no cabeçalho do site, foi ele quem criou.
ResponderExcluirGostei muito da entrevista também.
E, se tiverem dicas de outras pessoas que desejam ver entrevistadas aqui, enviem pra gente.
Abraço.
O Gustavo Sazes se tornou o meu maior ídolo, depois que eu comecei a fazer faculdade de Design Gráfico.
ResponderExcluirE que coleção de bonecos legal, hein!
ResponderExcluirMuito boa entrevista, ele está de parabéns pelos trabalhos, é o nome brasileiro sendo lembrado lá fora.
ResponderExcluirÓtima matéria!!! Pena que o Gustavo agora está 100% dedicado às artes e aposentou de vez a Stormfall e eu tenho duas demos dele!!!!
ResponderExcluirAo som de A Light Of Synthesis!!!
esse meu amigo e ex-companheiro de banda é O CARA. parabéns Gustavo, o espaço que vc alcançou como um dos maiores artistas gráficos do mundo é mais do que merecido.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse é um dos caras dos quais me fazem ter orgulho de ser Brasileiro...
ResponderExcluir