Minha Coleção - Juliano Sledz: Cradle of Filth e black metal em uma coleção repleta de peso


Por Ricardo Seelig
Colecionador
Collector´s Room

Juliano, pra começar muito obrigado por ter aceito o convite para participar da Collector´s Room. Gostaria que você se apresentasse aos nossos leitores e já nos contasse quais são os seus artistas e estilos musicais preferidos.

Inicialmente gostaria de agradecer o convite e desejar sucesso a Collector´s Room. Meu nome é Juliano Rocha Sledz, tenho vinte e seis anos. Atualmente trabalho como tesoureiro no Simepar (Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná) e estou cursando Arquitetura e Urbanismo. Minhas diversões em horários vagos são ouvir heavy metal e assistir jogos do Coritiba Foot Ball Club.

Gosto de todos os gêneros do metal, tirando white e new. Os principais são black, death, thrash e metal tradiocional.


Já referente às minhas bandas preferidas, vai ser difícil, mas vou tentar citar algumas. Hoje em dia o que eu mais escuto é Dimmu Borgir, Cradle of Filth, Nargaroth, King Diamond, Dark Funeral, Behemoth, Belphegor, Marduk, Immortal, Deathstars, Graveworm e Venom, sem esquecer de Ozzy Osborne, Black Sabbath, Motorhead e Iron Maiden. Também ouço muito bandas de black metal daqui do sul do Brasil como Evilwar, Camos, Amen Corner, Murder Rape e Doomsday Cerimony.


Você possui uma grande coleção do Cradle of Filth, um dos nomes mais importantes, influentes e controversos da atual geração do black metal. Como você conheceu a banda e como se tornou um colecionador do grupo?

Minha coleção é de metal. Tenho vários discos raros e boxes de muitas bandas do gênero, mas as que mais me empenho são Cradle of Filth e Dimmu Borgir.

Conheci o Cradle of Filth no final de 1998 com o lançamento do álbum Cruelty and the Beast. Na época eu estava com 15 anos e fui na Hard Temple, uma loja que tinha aqui em Curitiba. Vi a capa e me apaixonei. Sempre gostei de coisas envolvendo o vampirismo. Lembro-me que trabalhava como office boy e ganhava uma miséria, tive que trabalhar quase um mês para comprar esse disco, pois na época CD importado era muito mais caro do que hoje em dia. Quando ouvi pela primeira vez, foi amor a primeira “escutada”. A partir daí, só pensava em adquirir materiais anteriores da banda.

Como foi a transição de um ouvinte tradicional para aquele ponto ou sensação de "quero todos os discos dessa banda". Quando caiu a ficha e você percebeu que estava se tornando um colecionador?

Então, quando comprei o primeiro CD da banda e escutei já corri atrás dos materiais anteriores, e conforme fui conhecendo mais eu ia gostando, não só pelo som, mas também pela arte gráfica dos encartes e capa, que é uma coisa que curto até hoje. A partir daí, vi que seria legal colecionar algo difícil de encontrar e que poucas pessoas conheciam, comparado às bandas tradicionais como Iron Maiden, Kiss, Metallica e AC/DC.


Você lembra como foi o seu primeiro contato com a música, como você descobriu e se apaixonou pelo rock em geral? Cite o primeiro disco e o marco inicial da sua coleção.

Meu primeiro contato com a música foi com meu pai e tios, que gostavam - e ainda gostam muito - de rock. O primeiro disco que me chamou a atenção e gostei muito foi o Paranoid, do Black Sabbath, que escutávamos quando eu era ainda muito pequeno. Quando comecei a comprar CDs queria ter todos os discos do Black Sabbath, e depois os da carreira solo do Ozzy. Meu primeiro disco comprado foi o Master of Reality, em 1996.

Quantos álbuns você possui e que outros itens formam a sua coleção, além dos discos e DVDs?

Estou com mais ou menos 900 CDs de metal, todos originais, sem contar outras versões como LPs, tapes, pictures, promos, singles, bootlegs e edições limitadas.

Dentre os que você citou acima, quantos são do Cradle of Filth? De que outros grupos você possui bastante material?

Olha, estou com uns 80 CDs do Cradle, fora os outros itens. Total, contando tudo que eu tenho na coleção, deve chegar a uns 400 itens. Outra banda que tenho bastante material é o Dimmu Borgir. Tenho quase tudo que lançaram também, a única diferença é que o Cradle of Filth lança muito mais coisas e versões, fora quase um álbum por ano, diferente do Dimmu.


Alguns grupos costumam lançar muitos singles, diferentes versões, além de diversos CDs caça-níqueis. Estes itens costumam ser muito desejados entre os fãs. Você possui todas as versões de um mesmo disco ou se contenta apenas com uma? Se for só uma, qual versão você escolhe?

Gosto de ter todas as versões, e as que ainda não tenho pretendo ter o mais rápido possível. Sempre que é lançado um álbum novo, tento adquirir os promos e singles primeiro, que são os itens mais difíceis de encontrar depois. Só após adquiro a versão normal do disco.

Qual item você considera o mais valioso da sua coleção?

Eu tenho um promo em CD da música “Her Ghost in the Fog”, do álbum Midian, que acho uns dos mais difíceis de encontrar, tanto é que fazem uns cinco anos que não vejo nem sinal na internet. Acho que tem muitos fãs do Cradle of Filth que nunca nem chegaram a ver esse promo, de tão raro que ele é.


Qual foi o maior número de álbuns que você comprou de uma única vez?

Acho que foram uns 20 Cds, fora quadros do Cradle e edições limitadas, quando a Hard Temple estava fechando e queimando o estoque.

Quantos álbuns em média você compra por mês?

Claro que depende muito do mês, mas acho que em média uns oito CDs.

Tem algum item que, só de alguém chegar perto, você já gela e morre de ciúmes, tem um carinho especial e não venderia de jeito nenhum?

Olha, para falar a verdade tenho ciúme imenso de todos os meus itens, mas claro que, principalmente, dos mais raros, pela dificuldade de conseguir outro depois.

Entre tudo o que você possui, quais foram os itens que deram mais trabalho para conseguir?

O mais difícil foi o promo do “Her Ghost in the Fog” como disse antes. Outro material difícil e que paguei caro foi um picture de uma demo tape do Cradle of Filth intitulada Total Fucking Darkness, de 1993. Como saiu essa versão em pouquíssimas unidades, é muito rara de encontrar.


A sua coleção tem um limite? Você acha que, algum dia, vai parar de comprar discos porque, enfim, tem tudo o que sempre quis ter? Você acha que esse dia chegará, ou ele não existe para um colecionador?

Com certeza não, pois sempre haverão materiais novos sendo lançados. E quem gosta de ser colecionador, independente do que, nunca consegue parar.

Quem será o herdeiro da sua coleção no seu futuro?

Espero que seja com um filho, pois iria ficar muito feliz vendo minha coleção sendo continuada por uma pessoa de minha família quando eu não puder mais.

Como sua família encara a sua coleção de discos?

Para falar a verdade não gostam muito, pois acham perda de tempo e dinheiro investir em CDs, atá por causa da facilidade da pirataria. Só que como é o meu gosto, eles respeitam.


Você possui algum acervo de bootlegs? O que acha disso? Quais bootlegs de sua coleção você destacaria?

Possuo sim, quase todos os bootlegs lançados. Acho legal para a coleção, mas não para ouvir, pois a maioria desses materiais possui qualidade sonora discutível, até por muitos serem totalmente amadores na confecção. O bootleg do Cradle of Filth que eu destaco é o The Evil´s Bitter Sweet, não só pela qualidade sonora, mas também pela qualidade da arte do digipack.

Como você guarda e conserva os seus CDs?

Eu projetei um armário no meu quarto onde guardo com a maior segurança não só os materiais do Cradle, como toda a minha coleção.

Você empresta os seus discos, ou emprestar é um verbo inconcebível com um colecionador?

De jeito nenhum eu empresto, nem faço cópias. A maioria dos materiais são muito frágeis.

Eu gostaria que você fizesse um top#5 com os itens do seu acervo que você mais curte.

1- Promo “Her Ghost in the Fog”
2- Picture Disc Total Fucking Darkness
3- CD Dusk and Her Embrace digipack com capa de couro
4- CD Cruelty and the Beast em forma de cruz
5- CD Dusk and her Embrace em forma de caixão



Quais são, para você, os dez melhores álbuns de todos os tempos?

1- Dimmu Borgir – Enthrone Darkness Triumphant
2- Cradle of Filth – Bitter Suites to Succubi
3- Cradle Of Filth - Midian
4- King Diamond - Abigail
5- Satyricon – Nemesis Divina
6- Dimmu Borgir – Stormblast
7- Graveworm – As the Angels Reach the Beauty
8- Dark Funeral – Diabolis Interium
9- Immortal – Sons of Northern Darkness
10- Marduk – World Funeral

Que banda não te desce de jeito nenhum?

System of a Down. Se acabasse eu agradeceria.

O que você está ouvindo ultimamente e recomendaria para os nossos leitores?

Destroyer 666 e Behemoth.

Certamente, no meio de todo este acervo, devem existir alguns itens que você olha e pensa: “nossa, porque eu comprei este disco”. Que disco é esse?

Acho que um do Leaves Eyes, Vinland Saga.

Qual item que você tem apenas para completar a coleção? Sabe aquela banda que você gosta de tudo, mas um álbum em especial é ruim, mas você não consegue ficar sem pois, afinal, é uma coleção, e incomoda ver aquele espaço vazio na estante, mesmo que o disco que esteja faltando seja uma verdadeira bomba.

O Grand Declaration of War do Mayhem.


Se você tivesse que indicar algumas bandas, e alguns discos, para uma pessoa que nunca teve contato com o rock, o que indicaria?

Indicaria a listinha dos dez melhores álbuns na minha opinião.

Nestes anos todos esta paixão pela música certamente propiciou a você diversas experiências interessantes e curiosas. Quais foram as mais divertidas e quais foram os momentos inesquecíveis?

Inesquecível foi quando eu e minha namorada resolvemos ir de Curitiba para São Paulo sem dinheiro para o show do AC/DC no Morumbi. Tive que emprestar uma grana para comprar o ingresso e pagar a excursão. Não tínhamos nenhum real para comprar uma cerveja ou comer alguma coisa. Ainda bem que na van que fomos tinha cerveja. Nesse dia fizemos muitas amizades com várias pessoas de Curitiba que foram ao show, inclusive “inimigos” de torcida. Foi muito legal.

Algumas perguntas rápidas: Deep Purple ou Black Sabbath?

Black Sabbath.

Corpse paint ou cara limpa?

Corpse paint.

Venom ou Mayhem?

Venom.

Dimmu Borgir ou Immortal?

Dimmu Borgir.

Um show ou CD?

Os dois.


Na sua opinião, qual a importância do Cradle of Filth para a história do metal?

O Cradle of Filth, desde 1994 com o lançamento do seu primeiro álbum pela Cacophonus Records, The Principle of Evil Made Flesh, é considerada a banda responsável pela popularização do black/death metal, que antes estava restrito a um público bem pequeno. Com isso abriu um grande espaço para outros excelentes grupos como Dimmu Borgir, At the Gates e outros mais veteranos como Mayhem e Emperor, que conquistaram muitos fãs recentemente por isso. Muitos fãs dos estilos citados acima não gostam dessa chamada “popularização”, mas eu vejo como um ponto positivo para a qualidade da música. Sem contar que o Cradle of Filth foi uma das primeiras bandas a fixar em suas letras o tema vampirismo, além de misturar a isso uma certa temática erótica, realçada pelos belos vocais femininos, e ainda passagens orquestradas, influenciando muitas outras bandas, até mesmo do próprio black metal.

Mais uma vez muito obrigado por ter participado da Collector´s Room e parabéns pela coleção. Este espaço é seu, manda bala e deixa seu recado!

Primeiramente gostaria de agradecer o convite para participar da Collector´s Room, pois é muito gratificante a oportunidade de mostrar minha coleção para outros fãs do Cradle of Filth e também de metal, e parabenizar pelo site. Também queria parabenizar todos os colecionadores que aqui estão, e outros que participarão. Um grande abraço a todos.

Comentários

  1. Na boa, não vi nada de Black Metal ai. Não tem nenhuma banda true.

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  2. Anônimo (por favor, identifique-se), o que é uma banda true na sua opinião? Algo que siga mais a risca a cartilha do black norueguês do início dos anos noventa, e que não seja tão baseado em imagem como o Cradle of Filth e o Dimmu Borgir?

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  3. Legal e tal... não tenho nada contra quem foca sua coleção em determinado gênero, mas a listinha dos "Top 10" denunciou uma certa bitolação.

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  4. É Diogo, concordo com você. Ficou uma lista com os dez melhores discos de black metal de todos os tempos, na opinião do Juliano.

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  5. Concordo com o diogo, e tb achei que o cara falou muito pouco, respostas meio diretas, sem emoção. Mas é interessante ver que o pessoal se dedica para estilos que são um tanto quanto dificeis de conseguir material, principalmente pelo fato dos singles.

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  6. Realmente ficou meio "bobinha" a entrevista. O problema não é a falta de paixão, é a falta de aprodundamento das respostas, e até dentro do black metal ele se mostrou muito restrito, concentrando todas as indicações em bandas mais ou menos da mesma linha. Espera-se mais de alguém que comprou seu primeiro album a 14 anos atrás.

    Fugindo de muita polêmica (apesar de concordar com todos os comentários acima) dizer que o CoF "é considerada a banda responsável pela popularização do black/death metal", nossa, eu só posso dizer... nossa!

    Primeiro que o Death Metal desde o final dos anos 80 já estava consolidado com bandas como Obituary, Death, Morbid Angel, Deicide, Master, Possessed e mais um milhão.

    Segundo que a cena noroeguesa de Black surgiu a princípio para combater o que eles chamavam de "death metal mainstream" com sua "good production" (se referindo a qualidade das gravações).

    Terceiro o que popularizou o Black Metal foram as declarações do Varg à imprensa acerca dos atos do Inner Circle, pois nem a polícia tinha pistas dos culpados pelos incêncios que vinham ocorrendo. A partir disso todos os meios de comunicação da Europa passaram a cobrir de alguma forma a cena de metal extremo da Noruega. Pode-se com isso eleger três pontos cruciais para a tão falada popularização: A referida entrevista, o homicídio de Euronymous por Varg juntamente com a extensa cobertura que foi feita à época das investigações e do julgamento e uma matéria na Kerrang! do Reino Unido com 6 páginas sobre o que estava acontecendo ao norte.

    O CoF sem dúvidas tem muitos méritos na carreira, não precisa levar crédito pelo que não fez...

    Abraços.

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  7. Júlio, gostei muito dos seus comentários. Você mostra conhecimento de causa, o que é requisito básico para trocar ideias sobre qualquer assunto.

    Queria te pedir duas coisas: onde eu consigo encontrar essa entrevista que você citou do Varg, e também essa matéria da Kerrang?

    Abraço, e obrigado pelo comentário.

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  8. Ricardo,

    Olha, eu acho que infelizmente vai ser muito difícil encontrar esses materiais, pois tanto o jornal que publicou a entrevista quanto a Kerrang! foram distribuídos em material impresso em 1993, e eu nunca as vi reproduzidas na integra na net.

    O que eu já li/vi muito "aqui, ali e acolá" foram relatos daquele pessoal sobre a repercussão que essas matérias causaram, o próprio Varg em sua biografia publicada em seu site comenta que foi preso da primeira vez dois dias depois de ter cedido a entrevista a esse jornalista norueguês, e que a partir daí começaram a entrevistar esse jornalista e não mais a ele.

    Não sei se ainda tem, mas também na página do Burzum tinha uns vídeos do Varg dando entrevistas e matérias dos jornais de tv na época do seu julgamento.

    Agora se serve de consolo, não sei se você já assistiu, mas, tem um documentário muito bom sobre esses acontecimentos, é o Until the Light Take Us de 2008, com vários depoimentos do Varg, Fenriz, Abbath, Frost, Hellhammer (o baterista, não a banda), enfim, muita gente fala, e é bem legal não só para quem gosta de black metal, mas como um documentário em geral, sinceramente eu achei anos luz a frente do Metal: A Headbanger's Journey e do Get Thrashed: The Story of Thrash Metal por exemplo, que foram muito falados.

    Se você assisti-lo seria legal postar um review, pois ele com certeza gera bastante assunto.

    E se você assistir preste bastante atenção nas cenas de Fenriz na galeria de arte e na parte que ele começa a falar sobre arte maia, é bastante revelador não acerca do black metal, mas sobre sua pessoa, e tem que prestar bastante atenção para perceber, pois tem uma certa singeleza. Bom, eu não vou falar mais para não gerar "spoiler".

    Abraços.

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  9. Júlio, obrigado pelas dicas. Assisti um documentário no YouTube chamado True Norwegian Black Metal, se não me engano, mas achei muito focado no Gaahl, ex-Gorgoroth, do que na cena toda, como o título prometia.

    Vou atrás deste documentário que você citou, com certeza.

    Abraço, e obrigado pelas dicas.

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  10. Gostei do comentario do Julio. Lembro desse asssassinato e de toda a repercussão que a Top Rock e a Brigade deram aqui no Brasil (a Brigade nem tanto). Lembro tb que tinha a famosa polemica que o pessoal do Deicide ia cometer suicidio em pleno palco quando todos tivessem 33 anos. Certamente isso ja passou e nada ocorreu, mas que na épocca era uma bomba e apavorava todo mundo, sendo BLACK bastante para a propria imprensa especializada DA ÉPOCA, isso era. Belo comentário Julio!

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  11. Dando minha contribuição, também recomendo o livro "Lords of Chaos: The Bloody Rise of the Satanic Metal Underground", que aborda a crescente cena black metal norueguesa no final dos anos 80 e início dos anos 90. É claro que, mais que focar na música, o livro trata do assassinato de Euronymous por Varg, o suicídio de Dead, vocalista do Mayhem, o incêndio de igrejas e muitas outras patacoadas...

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  12. Diogo,

    Nunca li, mas sei que esse livro não foi muito bem recebido pelo pessoal da cena de lá, o Varg chamou-o de livro inútil e o Satyr de "jornalismo de fofocas no formato de um livro"... você achou o que? Procede?

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  13. Júlio, como algo informativo foi de serventia sim. Claro que em se tratando de um assunto como esse fica até certo ponto difícil não cair no sensacionalismo. O que ocorreram foram acusações de que um dos autores acabou usando o livro e as opiniões contidas nele através de entrevistas e citações para manifestar supostas tendências de extrema-direita.

    Quanto às críticas por parte dos citados no livro, nada mais normal... quem vê seu nome na imprensa geralmente não gostam, a não ser que se tratem de elogios...

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  14. Diogo, esse livro não foi lançado no Brasil, certo?

    Será que ainda está em catálogo?

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  15. Bãi, Cadão... quanto a ainda estarem catálogo eu honestamente não sei, só fazendo uma consulta... aqui está o link do livro na página da editora:

    http://feralhouse.com/titles/books/lords_of_chaos.php


    Ah, e não... não saiu uma versão traduzida...

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  16. Valeu Diogo, vou dar uma pesquisada.

    Abraço.

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  17. Diogo e galera:

    - o livro na Amazon: http://www.amazon.com/Lords-Chaos-Bloody-Satanic-Underground/dp/0922915946/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1283444294&sr=8-1#reader_0922915946

    - outro livro sobre o black metal norueguês, apenas com fotografias: http://www.amazon.com/Norwegian-Black-Metal-Johan-Kugelberg/dp/1576874354/ref=pd_bxgy_b_img_b

    - e um documentário sobre black metal que eu nunca ouvi falar: http://www.amazon.com/Black-Metal-Documentary/dp/B000O76TRM/ref=pd_sim_b_6

    Alguém pode dar mais informações sobre esses itens?

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  18. Cadão, também desconheço esses últimos dois que citaste. Na verdade o fato de eu ter lido o "Lords of Chaos" coincidiu com uma época de relativo tempo livre e de maior aproximação com uma amiga que gosta mais do gênero e me emprestava discos das bandas com frequência. Mas no fim das contas a leitura foi interessante.

    Quanto a esse documentário que citaste, imagino que se trate de algo mais historiográfico, dado que na capa são citadas bandas como Celtic Frost, Venom e KIng Diamond, influentes para quase todos que seguiram.

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  19. Esse livro do Peter Beste, Diogo, é um documentário fotográfico sobre a cena black metal norueguesa. Se você pesquisar vai encontrar diversas fotos do livro pela net.

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  20. Aqui vão dois links com diversas fotos para quem estiver interessado no trabalho de Peter Beste:

    http://www.peterbeste.com/home/index.php?/photography/black-metal-ii/

    http://www.stevenkasher.com/html/exhibresults.asp?exnum=882&exname=PETER+BESTE%3A+True+Norwegian+Black+Metal

    Honestamente, acho que é coisa só pra fã mesmo... passo muito longe der ser um especialista em fotografia, mas a maioria do que vi não parece ter muito a dizer, apesar de muitas serem esteticamente belas.

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  21. Eu acho essas fotos do Peter Beste muito legais, além de esteticamente muito bem feitas.

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