Por Ricardo Seelig
Publicitário e Colecionador
Collector´s Room
Cotação: ***
Após quatro longos anos, uma das bandas mais promissoras da nova onda thrash metal está de volta. Os brasilienses do Violator, aclamados pela ótima estreia Chemical Assault, lançada em 2006, retornam à ativa com o EP Annihilation Process, e o resultado irá fazer os fãs ficarem com uma pulga atrás da orelha.
O fato é que Annihilation Process é muito inferior a Chemical Assault, e também à Violent Mosh, EP lançado pelo grupo em 2004. O thrash metal revigorante de outrora deu lugar a um som repetitivo, pouco criativo e sem maiores inovações. Ok, eu sei que a banda bebe na fonte do thrash revisionista, reembalando o que de melhor havia no thrash metal oitentista para uma nova geração de ouvintes, mas a verdade é que o Violator já provou ser capaz de conceber trabalhos muito melhores que esse Annihilation Process.
Todas as músicas são agressivas e rápidas, porém muito parecidas entre si. O baixo de Poney Ret, um dos destaques dos trabalhos anteriores, aqui foi simplesmente soterrado pela mixagem. Os riffs de Caçapa e Cambito são pouco inspirados. A bateria de David “Batera” Araya acaba se destacando, principalmente pela maior velocidade das músicas, mas mesmo assim o andamento excessivamente reto dos arranjos incomoda um pouco.
Annihilation Process guarda o seu melhor para o final. “Futurephobia” é a única faixas que se equipara ao que o grupo fez antes. Não por acaso, é a única composição do play onde a banda varia entre passagens rápidas e trechos mais lentos, o que torna a composição muito interessante. Uma grande faixa, “Futurephobia” é daquelas músicas que você ouve e, quando percebe, está batendo cabeça. Uma composição tão boa que faz você esquecer as anteriores.
Outro destaque do EP é “You'll Come Back Before Dying”, cover do Executer, uma das bandas pioneiras do thrash metal brasileiro. A versão do Violator é muito competente, esbanjando violência e com solos de guitarra que lembram os melhores momentos do Slayer.
Concluindo, Annihilation Process é menos do que se esperava de uma banda tão promissora quanto o Violator. O EP não chega a ser ruim, é um trabalho apenas mediano, mas deve agradar somente os fãs mais fanáticos. O ouvinte mais exigente ficará incomodado com as composições muito similares entre si e pelos arranjos pouco inspirados. Agora é torcer para que o próximo disco dos caras siga o promissor caminho mostrado em “Futurephobia”, e não a decepcionante sonoridade das demais faixas.
O fato é que Annihilation Process é muito inferior a Chemical Assault, e também à Violent Mosh, EP lançado pelo grupo em 2004. O thrash metal revigorante de outrora deu lugar a um som repetitivo, pouco criativo e sem maiores inovações. Ok, eu sei que a banda bebe na fonte do thrash revisionista, reembalando o que de melhor havia no thrash metal oitentista para uma nova geração de ouvintes, mas a verdade é que o Violator já provou ser capaz de conceber trabalhos muito melhores que esse Annihilation Process.
Todas as músicas são agressivas e rápidas, porém muito parecidas entre si. O baixo de Poney Ret, um dos destaques dos trabalhos anteriores, aqui foi simplesmente soterrado pela mixagem. Os riffs de Caçapa e Cambito são pouco inspirados. A bateria de David “Batera” Araya acaba se destacando, principalmente pela maior velocidade das músicas, mas mesmo assim o andamento excessivamente reto dos arranjos incomoda um pouco.
Annihilation Process guarda o seu melhor para o final. “Futurephobia” é a única faixas que se equipara ao que o grupo fez antes. Não por acaso, é a única composição do play onde a banda varia entre passagens rápidas e trechos mais lentos, o que torna a composição muito interessante. Uma grande faixa, “Futurephobia” é daquelas músicas que você ouve e, quando percebe, está batendo cabeça. Uma composição tão boa que faz você esquecer as anteriores.
Outro destaque do EP é “You'll Come Back Before Dying”, cover do Executer, uma das bandas pioneiras do thrash metal brasileiro. A versão do Violator é muito competente, esbanjando violência e com solos de guitarra que lembram os melhores momentos do Slayer.
Concluindo, Annihilation Process é menos do que se esperava de uma banda tão promissora quanto o Violator. O EP não chega a ser ruim, é um trabalho apenas mediano, mas deve agradar somente os fãs mais fanáticos. O ouvinte mais exigente ficará incomodado com as composições muito similares entre si e pelos arranjos pouco inspirados. Agora é torcer para que o próximo disco dos caras siga o promissor caminho mostrado em “Futurephobia”, e não a decepcionante sonoridade das demais faixas.
Para comprar esse EP do Violator e outros itens lançados pela Kill Again Records, acesse o site da gravadora.
Faixas:
1 Poisoned by Ignorance
2 Uniformity Is Conformity
3 Give Destruction or Give Me Death
4 Apocalypse Engine
5 Deadly Sadistic Experiments
6 Futurephobia
7 You'll Come Back Before Dying (Executer)
Faixas:
1 Poisoned by Ignorance
2 Uniformity Is Conformity
3 Give Destruction or Give Me Death
4 Apocalypse Engine
5 Deadly Sadistic Experiments
6 Futurephobia
7 You'll Come Back Before Dying (Executer)
Quem acertar quantos patches têm nas roupas de cada membro da banda ganha um cd autografado, heheheh...
ResponderExcluir... hehe ... boa, Diogo!
ResponderExcluirAcho essa cena nova do thrash apenas um revival e nada mais. É interessante de ouvir, mas no fim prefiro meus CDs antigos do Exodus, Vio-lence, SLayer e afins.
ResponderExcluirArtisticamente, acho que muita coisa é relevante: resgatar raízes, inovar estilos, estrapolar técnicas e limites... enfim.
ResponderExcluirMas ainda sou mais a favor da diversificação. Quem vive de passado é museu. Se eu quiser coisas antigas, dou um play em coisas antigas.
Pelo visto, não sou o único que acredita que este 'revival' oitentista é só repetição de clichês...
ResponderExcluirJá vi o Violator ao vivo, e sinceramente, não me convence justamente porque eu já ouvi o que eles fazem antes, e com bandas bem melhores.
Para apostar em banda nacional, tem que ter cara própria, e isso, me perdoem, mas 90% deste pessoal que se mete à Old School Thrash não consegue fazer...
Eu acho que não é oito nem oitenta. Acho o revival válido quando ele é bem feito, como foi o caso do primeiro disco do Violator, o Chemical Assault. Nesse segundo, a banda perdeu a identidade que estava construindo no disco anterior, na minha opinião.
ResponderExcluirEu só gosto de revival quando é um ponto de partida para se fazer algo além do que já foi feito e o caso do Violator é uma repetição de clichês somente.
ResponderExcluirEles poderiam ter dado continuidade à criatividade do thrash 80 e não repetir o que já foi feito.