Por João Renato Alves
Jornalista e Colecionador
Collector´s Room
Cotação: ****
Duas das maiores vozes metálicas da atualidade se unem mais uma vez para mostrar seu poder de fogo. Após o ótimo The Battle (2005) e o bom The Revenge (2007), Jorn Lande (Masterplan) e Russel Allen (Symphony X) colocam suas vozes novamente à disposição das composições do multiinstrumentista Magnus Karlsson (Primal Fear, Starbreaker). A base do som continua sendo o hard rock melódico com passagens que transitam entre o heavy e o prog, sempre adicionando elementos sinfônicos. Não é algo tão simples de se digerir, mas a variação de vozes durante o disco ajuda o ouvinte menos acostumado a assimilar melhor.
A faixa-título abre o trabalho com uma introdução climática e pega fogo a partir de um grito do coveiro norueguês. Aí pra frente a alternância no microfone conduz a música com maestria. Na sequência, aquela que foi usada para divulgação. “Judgement Day” tem uma levada muito interessante, não deixando o pique cair, apesar de achar que o excesso de passagens orquestradas tirou um pouco de sua espontaneidade. A variada “Never Again” começa parecendo que vai ser uma balada, mas vai crescendo e fica com variações muito boas dentro de sua proposta. A coisa fica um pouco mais agitada com a excelente “Turn All Into Gold”, que conta com as guitarras tomando a linha de frente, além de um refrão matador e belíssima performance de Russel.
Para tentar igualar a performance de seu colega na faixa anterior, Jorn dá show na surpreendente “Bloodlines”, que começa calma e desponta em um hard pesado e com melodia carregada a partir da segunda metade. Um belo piano anuncia a balada “Copernicus”, onde a dupla simplesmente arrasa na dobra de vocais do refrão, assim como Magnus em seu solo de guitarra. “We Will Rise Again” é cadenciada e soa como uma mistura do power metal tipicamente europeu com algo de AOR em um dos melhores momentos do álbum. Em “The Guardian”, brilha mais uma vez a mente criativa por trás da ideia, com riffs e fraseados muito bem encaixados.
A cativante “Maya” consegue soar romântica sem abrir mão de uma cadência que ainda remete ao lado mais forte do estilo, especialmente graças à forte personalidade que os vocais de Jorn conseguem imprimir. “The Artist” é o tipo de música que faz jus ao seu título. Interpretação dramática e um clima espetacular proporcionado por Magnus fazem dessa a melhor faixa do disco, com sobras. E os duetos fazem com que o ouvinte arregalhe os olhos, tamanha perfeição. Encerrando o tracklist normal, “Eternity” conta com uns efeitos eletrônicos ao fundo, mas nada que a transforme essa balada em algo intragável, muito pelo contrário. Mas a faixa-bônus, “Alias”, poderia ter sido incluída na versão simples, pois seu ritmo mais agitado ajudaria a quebrar um pouco o excesso de passagens mais introspectivas lá pelo meio do play.
O terceiro lançamento do projeto supera o segundo, que se perdeu em alguns momentos, especialmente por trazer alguns sons mais longos que o necessário. Mas ainda fica para trás se comparado com o debut, que foi um dos melhores trabalhos de 2005. Além da versão convencional, The Showdown terá edições limitadas em digipack e vinil, além da opção de download pago, oferecida pela Frontiers Records. Independente de suas conclusões sobre a qualidade das músicas, não dá para negar que tanto Jorn Lande quanto Russel Allen cantam bem mais que muitos cantores que possuem mais fama e grana espalhados por aí.
Faixas:
1 The Showdown 5:55
2 Judgement Day 5:54
3 Never Again 4:58
4 Turn All Into Gold 4:01
5 Bloodlines 5:07
6 Copernicus 5:03
7 We Will Rise Again 5:53
8 The Guardian 4:40
9 Maya 4:25
10 The Artist 5:10
11 Eternity 5:35
12 Alias [bonus track] 4:46
A faixa-título abre o trabalho com uma introdução climática e pega fogo a partir de um grito do coveiro norueguês. Aí pra frente a alternância no microfone conduz a música com maestria. Na sequência, aquela que foi usada para divulgação. “Judgement Day” tem uma levada muito interessante, não deixando o pique cair, apesar de achar que o excesso de passagens orquestradas tirou um pouco de sua espontaneidade. A variada “Never Again” começa parecendo que vai ser uma balada, mas vai crescendo e fica com variações muito boas dentro de sua proposta. A coisa fica um pouco mais agitada com a excelente “Turn All Into Gold”, que conta com as guitarras tomando a linha de frente, além de um refrão matador e belíssima performance de Russel.
Para tentar igualar a performance de seu colega na faixa anterior, Jorn dá show na surpreendente “Bloodlines”, que começa calma e desponta em um hard pesado e com melodia carregada a partir da segunda metade. Um belo piano anuncia a balada “Copernicus”, onde a dupla simplesmente arrasa na dobra de vocais do refrão, assim como Magnus em seu solo de guitarra. “We Will Rise Again” é cadenciada e soa como uma mistura do power metal tipicamente europeu com algo de AOR em um dos melhores momentos do álbum. Em “The Guardian”, brilha mais uma vez a mente criativa por trás da ideia, com riffs e fraseados muito bem encaixados.
A cativante “Maya” consegue soar romântica sem abrir mão de uma cadência que ainda remete ao lado mais forte do estilo, especialmente graças à forte personalidade que os vocais de Jorn conseguem imprimir. “The Artist” é o tipo de música que faz jus ao seu título. Interpretação dramática e um clima espetacular proporcionado por Magnus fazem dessa a melhor faixa do disco, com sobras. E os duetos fazem com que o ouvinte arregalhe os olhos, tamanha perfeição. Encerrando o tracklist normal, “Eternity” conta com uns efeitos eletrônicos ao fundo, mas nada que a transforme essa balada em algo intragável, muito pelo contrário. Mas a faixa-bônus, “Alias”, poderia ter sido incluída na versão simples, pois seu ritmo mais agitado ajudaria a quebrar um pouco o excesso de passagens mais introspectivas lá pelo meio do play.
O terceiro lançamento do projeto supera o segundo, que se perdeu em alguns momentos, especialmente por trazer alguns sons mais longos que o necessário. Mas ainda fica para trás se comparado com o debut, que foi um dos melhores trabalhos de 2005. Além da versão convencional, The Showdown terá edições limitadas em digipack e vinil, além da opção de download pago, oferecida pela Frontiers Records. Independente de suas conclusões sobre a qualidade das músicas, não dá para negar que tanto Jorn Lande quanto Russel Allen cantam bem mais que muitos cantores que possuem mais fama e grana espalhados por aí.
Faixas:
1 The Showdown 5:55
2 Judgement Day 5:54
3 Never Again 4:58
4 Turn All Into Gold 4:01
5 Bloodlines 5:07
6 Copernicus 5:03
7 We Will Rise Again 5:53
8 The Guardian 4:40
9 Maya 4:25
10 The Artist 5:10
11 Eternity 5:35
12 Alias [bonus track] 4:46
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