Jag Panzer: review do álbum The Scourge of the Light (2011)!


Por João Renato Alves

Cotação: ***1/2

Foram sete anos desde o lançamento de Casting the Stones. Nesse meio tempo, uma mudança significativa na formação, com a saída do guitarrista Chris Broderick, que se juntou ao Megadeth. Em seu lugar entrou Christian Lasegue, que já havia tocado com o grupo entre 1985 e 1988. Mas o fato é que o Jag Panzer continua sua saga, digna de quem ajudou a manter o heavy metal tradicional vivo nos Estados Unidos em seus piores momentos. Agora lançam The Scourge of the Light, nono trabalho de estúdio, mantendo-se fiéis às raízes e mostrando como se atualizar sem perder o registro que lhes é característico.

Harry "The Tyrant" Conklin ainda é um vocalista único, com seu registro facilmente identificável por quem já conhece seu trabalho. E a banda desempenha seu papel à sua maneira, digna de elogios, especialmente Mark Briody, que além das guitarras cuida dos teclados.

Guitarras gêmeas abrem o play na excelente “Condemned to Fight”, com sua velocidade moderada mostrando qual será a linha a seguir. Vozes com certo tom fantasmagórico abrem “The Setting of the Sun”, mais arrastada, mas ainda com aquela pegada clássica. Destaque para um bonito violino fazendo a melodia ao fundo. Hora perfeita para uma faixa mais cadenciada. “Bringing on the End” mostra a bela capacidade dos músicos nos backing vocals limpos.

Quase como se fosse uma continuação natural da anterior, “Call to Arms” traz um belo refrão, além de guitarras claramente influenciadas pela veia britânica do estilo. Os riffs ganchudos de “Cycles” dão uma sacudida em uma faixa sem grandes destaques. O ritmo mais agitado é recuperado em “Overlord”, enquanto “Let it Out” é old school desde a entrada de bateria e os riffs com cara setentista. Na sequência, a melhor de todas, “Union”, com sua levada e melodia marcantes, além de um refrão pronto para ser cantado junto nos shows.

Após breve intro ao piano, “Burn” surge através de uma parede de guitarras e performance furiosa e inspirada de Harry. Fechando de vez, a mais longa de todas, “The Book of Kells”, mostrando toda a versatilidade dos músicos nas variações climáticas.

Para quem não conhece a banda, ainda recomendo começar pelos excelentes Thane to the Throne (2000) e Mechanized Warfare (2001). Mas The Scourge of the Light não faz feio, mostrando a categoria de quem abraça o heavy metal clássico apesar de todas as dificuldades de se viver no pior mercado para o gênero.


Faixas:
1. Condemned to Fight
2. The Setting of the Sun
3. Bringing on the End
4. Call to Arms
5. Cycles
6. Overlord
7. Let It Out
8. Union
9. Burn
10. The Book of Kells

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