Nota:
6
Décimo-terceiro
álbum de estúdio do Megadeth, Th1rt3en será saudado pelos
fãs como um dos melhores discos do grupo de Dave Mustaine. A razão
para isso é simples: suas treze faixas caminham sobre terreno
seguro, testado e aprovado nos trabalhos anteriores do grupo. Dave
Mustaine retorna conservador e sem ousadia, o que, em um gênero como
o heavy metal, não é necessariamente ruim.
Produzido
por Johnny K (Machine Head, Sevendust, Disturbed), Th1rt3en
marca o retorno do baixista Dave Ellefson ao grupo. Completando o
line-up temos os excelentes Chris Broderick (guitarra) e Shawn Drover
(bateria). Bastante inferior ao trabalho anterior – o ótimo
Endgame (2009) -, o álbum se equilibra entre momentos de
brilho esparso e outros onde soa apenas burocrático. A abertura, com
“Sudden Death”, apesar dos riffs interessantes, não evolui para
uma composição que mereça maiores atenções. O mesmo vale para
faixas como “We the People”, “Guns, Drugs & Money” e
“Black Swan”, que apenas preenchem espaço.
No
entanto, quanto acerta a mão, Mustaine acerta mesmo. “Public Enemy
No. 1” é excelente, unindo o hard rock e o heavy metal com enormes
doses de melodia. “Fast Lane” é um meio termo entre a sonoridade
dos álbuns Countdown to Extinction (1992) e Youthanasia
(1994), enquanto a balada “Millennium of the Blind” se destaca
por sair do comum e trazer um pouco de ousadia a um álbum que tem os
dois pés fincados no tradicionalismo.
É
interessante fazer um paralelo entre os momentos vividos pelo
Megadeth e por seu eterno antagonista, o Metallica. Enquanto James
Hetfield e sua turma arriscam, mais uma vez, a sua reputação em um
disco ousado e controverso – Lulu, parceria com Lou Reed -,
Dave Mustaine lança um de seus trabalhos mais ortodoxos. O que vai
acontecer? Grande parte dos fãs de heavy metal, conservadores por
natureza, vai receber Th1rt3en de braços abertos com frases
feitas como “isso sim é música de verdade”, “heavy
metal se faz assim” e “Mustaine mostra para o Metallica
como é que se faz, mais uma vez”. No entanto, Th1rt3en
é um álbum apenas mediano, com composições que, salvo raras
exceções, não acrescentam nada à carreira do Megadeth, ao
contrário de seu antecessor – Endgame -, que era um disco
primoroso.
O
Megadeth é uma banda histórica e que merece respeito por tudo o que
já produziu, mas isso não faz com que, vez ou outra, o grupo cometa
pequenos deslizes. Th1rt3en é um desses escorregões. Pouco
inspirado, repetitivo em diversos momentos, é indicado apenas para
os fãs. Se você é um deles, compre, nem que seja apenas para não
deixar um espaço em branco em sua coleção.
Faixas:
- Sudden Death
- Public Enemy No. 1
- Whose Life (Is It Anyways?)
- We the People
- Guns, Drugs & Money
- Never Dead
- New World Order
- Fast Lane
- Black Swan
- Wrecker
- Millennium of the Blind
- Deadly Nightshade
- 13
Não ouvi o álbum, mas sempre prefiro a tradição do Megadeth ao experimetalismo do Metallica
ResponderExcluirporra ricardo se fla que o 13 é um escorregao e que o edngame é primoroso?!?! pra min o 13 dexa o endgame no chinelo facil facil,mas enfim opinioes sempre seram opinioes,e nunca, jamais seram a verdade absoluta sobre nda
ResponderExcluirCadão, eu sou um desses fãs tradicionalistas que você descreve no texto. E admito que farei todos esses comentários assumidamente cabeça fechada. Não consigo tragar esses experimentalismos não só do Metallica, como achei a apresentação do Sepultura com aquela timbalada supervalorizada no RIR apenas mediana. Mas é justamente aí em que reside a genialidade do seu texto. Quem é mais radical, como eu, vai dar vivas a Mr. Mustaine e continuar azucriando o Metallica. Quem é mais fã de música vai aplaudir o Totó, ops, Lulu.
ResponderExcluirUnited Abominations, Endgame e agora o 13. Cada álbum excelente ao seu jeito.
ResponderExcluirTambém sou mais um dos que preferem um "tradicionalismo" BEM-FEITO do que um "experimentalismo" pretensioso ao extremo e totalmente SEM GRAÇA como Metallica + Lou Reed, musicalmente falando.
Apesar que, musicalmente falando também, qualquer coisa por aí consegue ser melhor que o "Lulu" fácil. Não há Metallica nem Lou Reed que mudem isso.
Ronaldo e Rodrigo, obrigado pelos comentários. Não há problema algum em termos opiniões diferentes, desde que elas sejam respeitadas - como estão sendo. Tenho plena consciência de que, ao malhar um álbum de um gigante como o Megadeth, estou me expondo à ira de quem não concorda comigo. É sempre bom trocar ideias sobre música, desde que respeitando uns aos outros, como fazemos aqui.
ResponderExcluirAbraço, e vamos nessa.
Não ouvi o álbum ainda. Mas é engraçado afirmar que falta ousadia nesse álbum, que Mustaine foi conservador e etc, quando no Endgame, que você considera ótimo, não tem nada de inovador e caminha no "terreno seguro e testado". Além disso, o paralelo com o Metallica não faz muito sentido, afinal, o Lulu não é o novo álbum do Metallica. Por que não comparar com os álbuns mais "experimentais" do próprio Metallica (Load/Reload e St. Anger)? Era bem mais fácil deixar mais claro que para você o fato de álbum ser apenas mediano é culpa de composições apenas razoáveis e não da falta de inovações/experimentalismos.
ResponderExcluirAchei mto bom o disco. Os minutos finais da música New World Order é algo espetacular, só pra citar um destaque.
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirConvidamos o blog a participar da Área Rock'N Roll, que é um blog divulgador que compartilha conteúdo de blogs de rock e de música em geral.
Para participar, basta dar uma lida nos links a seguir e entrar em contato confirmando a parceria.
Iremos precisar também, caso haja interesse, que enviem um banner do blog para o e-mail arearocknroll@gmail.com para que possamos incluir em nossa página.
Como funciona a Área
http://areadorocknroll.blogspot.com/2010/08/como-funciona-nossa-area.html
Envie seus links
http://areadorocknroll.blogspot.com/p/envie-seu-link-aqui.html
Aguardamos a resposta de vocês
Abraços
Equipe da Área Rock'N Roll
Na minha opinião, ficou tão bom quanto o End Game, talvez até melhor, engraçado que, se a banda tenta inovar como o Metallica fez, é criticado, se continua na mesma praia, é criticado e dizem que é um trabalho repetitivo.
ResponderExcluirOuvi o álbum e achei ele do mesmo nível do Endgame, talvez até superior (depois de ouvir mais é que terei uma posição definida).
ResponderExcluirConcordo que o Endgame é superior ao Th1rt3en, mas a faixa Sudden Death ser fraca, isso ela não é kkk
ResponderExcluirCertíssimo meu amigo
Excluir