Nota:
8,5
Ao
contrário de sua passagem pelo Iron Maiden, onde gravou o contestado
The X Factor (1995) e o péssimo Virtual XI (1998), a
carreira de Blaze Bayley fora da Donzela tem trabalhos da mais alta
qualidade. Seus discos solo são ótimos, com um heavy metal pesado,
repleto de melodias e refrões empolgantes. Essa qualidade se repete
em Wolfsbane Save the World, novo álbum da banda que o
revelou para o mundo.
Primeiro
trabalho do Wolfsbane em 18 anos – o último, cujo título era o
nome da banda, foi lançado em 1994 -, Wolfsbane Save the World
é um discaço de hard rock. Sim, hard rock, divertido, alto astral,
pra cima. É até surpreendente que o álbum seja assim, já que quem
acompanha a carreira de Blaze sabe os problemas pelos quais o
vocalista passou nos últimos tempos, cujo principal foi a morte de
sua esposa. No entanto, o disco respira vida, frescor. As composições
são vibrantes, pulsam e iluminam o ambiente. Para se ter uma ideia,
há até um clima meio Van Halen em alguns momentos, como na
excelente “Teacher”.
A
decisão de gravar o disco com a formação original foi mais do que
acertada. Ao lado de Blaze estão o guitarrista Jase Edwards, o
baixista Jeff Hateley e o baterista Steve Danger. Inspirado por
retomar a carreira da banda, o quarteto gravou o seu melhor disco. Há
em Wolfsbane Save the World uma autenticidade e uma verdade
difíceis de encontrar no rock atual. Blaze e sua turma produziram um
trabalho transparente, onde a experiência serve de combustível.
As
onze faixas formam um tracklist muito consistente, com alguns
destaques. A abertura com “Blue Sky” já deixa claro a
positividade do play. “Teacher” é um ótimo hard, enquanto “Buy
My Pain” pisa no acelerador e tem guitarras muito bem feitas.
“Smoke and Red Light” é um rockão com letra autobiográfica
sobre a vida na estrada. “Live Before I Die” e “Everybody's
Looking for Something” são duas pedradas, e nelas percebe-se o
quanto a voz de Blaze, quando bem explorada, gera ótimos resultados.
O senso de humor tipicamente inglês dos caras fica claro na faixa de
encerramento, “Did It for the Money!”, onde fazem piada de si
mesmos.
Wolfsbane
Save the World pode não salvar o mundo, mas, sem dúvida, dá um
tremendo gás na carreira do grupo, colocando-o novamente em
destaque. E Blaze, mais uma vez, comprova que, além de bom
vocalista, é um tremendo compositor, que sabe transitar com grande
autoridade tanto pelo heavy metal quanto pelo hard rock.
Um
grande disco, satisfação garantida!
Faixas:
- Blue Sky
- Teacher
- Buy My Pain
- Starlight
- Smoke and Red Light
- Illusion of Love
- Live Before I Die
- Who Are You Now?
- Everybody's Looking For Something
- Child of the Sun
- Did It for the Money!
Legal! Vou conferir!
ResponderExcluirGostei do WOLFSBANE! Nada de mais, mas um heavy energético liderado pelo sempre competente e diferenciado BLAZE BAYLEY! Gosto dos álbuns dele com o Iron, mas a carreira solo é realmente especial (em relação tanto ao Iron, quanto ao próprio Wolfsbane). Espero que o tempo faça justiça e eleja BLAZE como um dos grandes nomes da cena... seu melhor álbum considero o "Blood And Belief", um Heavy denso, não menos direto, e quase uma autobiografia!
ResponderExcluirEscutei o tal AMARANTHE também (resenha anterior). Entendi o que o blog quis dizer com 'original', a banda tem uma energia diferente e a tal puxada pro pop, mas tem muita banda indo para essa linha (citei já Tristania, Sirenia, o próprio Nightwish). Mas vale conferir sim, empolga. Mas não é um primor de criatividade, longe disso.
Por fim, ouvi o novão do mestre LEONARD COHEN! Maravilhoso, candidato forte para álbum de 2012!
Engraçado que 2011 começou sem perspectivas de ser um grande ano, teve um 1º semestre sofrível, mas acabou produtivo e avassalador em ótimos lançamentos! Já 2012, eu, só na EXPECTATIVA, já elaboro um ótimo top10... Leonard Cohen, Moonspell, Diablo Swing Orchestra, Adrenaline Mob, The Cult, Jeff Loomis, Jon Oliva... Van Halen lançou grande trabalho... fora as surpresas! Ano forte! Cena sempre em alta!