Nota:
9
O
Accept mantém em Stalingrad o mesmo alto nível apresentado
no disco anterior, Blood of the Nations (2010), que marcou a
estreia do vocalista Mark Tornillo no grupo. O décimo-terceiro
trabalho da banda comprova a excelente fase pela qual o quinteto
alemão vem passando.
Produzido
por Andy Sneap (o mesmo de Blood of the Nations e também de
álbuns de bandas como Arch Enemy, Exodus, Machine Head e inúmeras
outras), Stalingrad traz dez faixas que falam sobre a Batalha
de Stalingrado, um dos combates mais famosos da Segunda Guerra
Mundial, considerada o confronto mais sangrento da história, com
aproximadamente 2 milhões de vítimas entre soldados e civis. A
vitória soviética marcou o fim do avanço alemão na URSS, e é
apontada como um ponto de virada decisivo na guerra.
Na
parte musical, a banda acrescentou um bem-vindo clima épico nas
melodias, reforçando assim o conceito das letras e tornando as
canções ainda mais consistentes. Há longos trechos instrumentais
repletos de guitarras gêmeas na maioria das faixas. Tornillo brilha
com uma performance não menos que espetacular, indo do já
tradicional timbre agudo a algumas passagens onde explora um vocal
mais grave. Estiliscamente, o que ouvimos em Stalingrad é
heavy metal tradicional do mais alto gabarito.
Os
riifs da dupla de guitarristas Wolf Hoffmann e Herman Frank conduzem
todo o disco. É sobre o trabalho primoroso das seis cordas que o
álbum evolui. Em nenhum momento o que se ouve soa datado, muito pelo
contrário. O Accept soube atualizar o seu som sem se afastar de suas
raízes, e o resultado é aquilo que todo fã de heavy metal sempre
sonha ouvir: um disco empolgante, que arrepia em certos trechos (ouça
as guitarras gêmeas de “Hung, Drawn and Quartered” e as melodias
de “Stalingrad” e comprove) e agrada qualquer fã de música
pesada.
De
uma maneira geral, todas as faixas soam bem homogêneas e niveladas
por cima, mas é preciso fazer uma menção especial para “Shadow
Soldiers” e “Twist of Fate”, duas quase baladas que quebram a
pancadaria geral das demais composições e preparam para o que vêm
a seguir.
O
Accept conseguiu algo dificílimo, que é dar a volta por cima depois
de perder o seu vocalista original. Poucas bandas na história foram
capazes disso, e o Accept é uma delas. Dizer que o grupo está
vivendo o melhor momento de sua longa carreira pode soar meio
exagerado, mas é inegável que, hoje, o quinteto alemão atravessa a
sua melhor fase, superada apenas pela trinca de discos que gravou
entre 1982 e 1985 – Restless and Wild, Balls to the Wall
e Metal Heart. Quer elogio maior que esse?
Faixas:
- Hung, Drawn and Quartered
- Stalingrad
- Hellfire
- Flash to Bang Time
- Shadow Soldiers
- Revolution
- Against the World
- Twist of Fate
- The Quick and the Dead
- The Galley
Review of Spanish fan
ResponderExcluirhttp://rockeandobcn.blogspot.com.es/2012/04/accept-stalingrad.html