Nota:
8
A
inglesa Sarah Jezebel Deva tem uma longa folha corrida de serviços
prestados ao metal extremo. Ao lado do Cradle of Filth, onde foi a
responsável pelos vocais femininos por 14 anos, gravou mais de uma
dezena de discos, incluindo os já clássicos Cruelty and the
Beast (1998) e Midian (2000). Além disso, sua bela voz
está presente também em álbuns do Kovenant (o ótimo Nexus
Polaris, de 1998), Therion (quatro discos, incluindo Vovin,
também de 1998), Graveworm, Mortiis, The Gathering e várias outras
bandas.
The
Corruption of Mercy, lançado lá fora em junho de 2011, é o
segundo trabalho solo de Sarah Jezebel Deva, e sucede o debut A
Sign of Sublime, de 2010. A capa sensual serve de porta de
entrada para as dez faixas, que apresentam uma sonoridade que se
equilibra entre o gótico e o black metal, com algumas passagens que
remetem ao metal mais tradicional.
A
bela voz de Sarah brinda o ouvinte com canções que exploram
diferentes caminhos. A abertura, com “No Paragon of Virtue”, traz
passagens extremas que lembram o que a cantora fez ao lado do Cradle
of Filth. Já a faixa seguinte, a ótima “The World Won't Hold Your
Hand”, é construída sobre um riff que é puro power metal.
Ousando nos arranjos e na estrutura das músicas, Sarah Jezebel Deva
gravou um disco muito bom, que comprova a sua capacidade e talento.
Merece
atenção a excelente versão para “Zombie”, faixa gravada
originalmente pelo Cranberries, e que aqui ganhou uma releitura muito
mais pesada. A voz de Deva tornou a gravação infinitamente superior
à original.
The
Corruption of Mercy é um disco muito interessante, que não se
limita a um estilo específico e faz uso da imensa variedade de
possibilidades do mundo do heavy metal para criar uma música
agradável e de inegável qualidade.
Lançamento
nacional via Shinigami Records.
Faixas:
- No Paragon of Virtue
- The World Won't Hold Your Hand
- A Matter of Convenience
- Silence Please
- Zombie
- Pretty with Effects
- What Lies Before You
- Sirens
- The Eyes That Lie
- The Corruption of Mercy
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