Após três anos de silêncio, o maior nome do southern rock está de volta. Produzido por Bob Marlette (Black Stone Cherry, Airbourne, Alice Cooper), Last of a Dyin’ Breed é o décimo-terceiro disco do Lynyrd Skynyrd e marca a estreia do experiente baixista Johnny Colt, ex-Black Crowes, ao lado de Johnny Van Zant (vocal), Gary Rossington (guitarra), Ricky Medlocke (guitarra), Mark Matejka (guitarra), Peter Keys (teclado) e Michael Cartellone (bateria).
São onze faixas que, de certa maneira, mantém o caminho de God & Guns, de 2009. Há uma tentativa consciente da banda em soar mais atual em algumas faixas, característica percebida claramente em músicas como “Homegrown”, com riffs curtos e sincopados, e em “Mississippi Blood”, que incorpora uma sonoridade moderna às raízes blues e country do grupo.
Last of a Dyin’ Breed começa muito bem, com o slide cheio de distorção da faixa-título, uma das melhores do play. A boa impressão segue com “One Day At a Time”, sóbria e contemplativa. Porém, após um início positivo, o disco cai em uma sequência de faixas que não acrescenta nada à história do grupo. “Ready to Fly” é uma balada fraca e brega, falha imperdoável para uma banda que já gravou obras-primas como “Simple Man” e “Tuesday’s Gone”. “Something to Live For” vai pelo mesmo caminho e parece sobra de algum astro country como Billy Ray Cyrus.
O problema de Last of a Dyin’ Breed é que o trabalho de composição, de uma maneira geral, deixa muito a desejar. Não há nenhuma faixa memorável no disco. Bons momentos podem ser ouvidos em músicas como “Good Teacher” - com guitarras faiscantes -, “Nothing Come Easy” e “Honey Hole”, por exemplo, mas nada que coloque um brilho no olho e empolgue. É tudo bem tocado, bem executado, mas sem alma.
O Skynyrd soa acomodado em Last of a Dyin’ Breed, transmitindo a sensação de que o disco foi gravado apenas como obrigação de contrato, o que não seria surpreendente, já que a banda vive hoje, principalmente, dos shows que realiza pelos Estados Unidos e em alguns lugares do mundo - como a ótima e emocionante apresentação na edição de 2011 do festival SWU.
De maneira geral, apesar de alguns acertos, Last of a Dyin’ Breed é um álbum decepcionante. Pode até agradar os fãs mais cegos, mas acende o sinal de alerta e mostra uma banda preguiçosa e pouco inspirada. O que temos aqui é um disco que vale apenas para completar a coleção, o que, convenhamos, é muito pouco para uma banda com a história e a importância do Lynyrd Skynyrd.
Nota: 6
Faixas:
- Last of a Dyin’ Breed
- One Day At a Time
- Homegrown
- Ready to Fly
- Mississippi Blood
- Good Teacher
- Something to Live For
- Life’s Twisted
- Nothing Comes Easy
- Honey Hole
- Start Livin’ Life Again
Por isso que eu te IDOLATRO.
ResponderExcluirVc é inteligente e sincero.
Acho que esse parágrafo dá pra muita bandinha de hard rock e metal só trocando o nome do album e do artista, não é?
Esse parágrafo é antalógico.
Deveria ser formulário em muita resenha por aí.
"De maneira geral, apesar de alguns acertos, ____________________ é um álbum decepcionante. Pode até agradar os fãs mais cegos, mas acende o sinal de alerta e mostra uma banda preguiçosa e pouco inspirada. O que temos aqui é um disco que vale apenas para completar a coleção, o que, convenhamos, é muito pouco para uma banda com a história e a importância do __________________."
Assustou na época, mas venceu a barreira do tempo e se tornou clássico. Excelente de apreciar.
ResponderExcluir