Olá, Ricardo e leitores da Collectors Room. É uma satisfação poder compartilhar um pouco
sobre música com vocês neste espaço. Meu nome é Ricardo Freire
Gonçalves, nascido em Goiânia em 26 de fevereiro de 1973. Tenho
39 anos e desde que me entendo por gente escuto música. Ouço
música o dia inteiro, exceto quando estou em sala de aula. Eu sou
Engenheiro Civil pela UFG, Mestre em Engenharia de Transportes
pela USP e Doutorando em Engenharia de Transportes pela UNB. Como
profissional, sou professor no IFG em Goiânia, lecionando,
pesquisando e orientando nas áreas de transportes, tráfego,
trânsito, logística, etc. Toco violão clássico desde os 10
anos de idade. Tentei tocar e cantar ao mesmo tempo, mas não consegui.
Nos anos 1990, no tempo de faculdade, cantei em banda de rock de
Goiânia e, posteriormente, durante o mestrado em São Carlos (SP), realizei um programa semanal em uma rádio local. O programa era de heavy metal e chamava-se Powerhead. O slogan era “pauleira na
moleira”, apresentador Ricardo Thor “The Powerhead”, tinha duas
horas de duração e acontecia todas as sextas-feiras, durante dois
anos. O programa sempre começava com a música "Thor
(The Powerhead)", do álbum Sign of the Hammer, do Manowar. Atualmente, eu alimento
a ambição de aprender a tocar bateria. Pratico tênis e musculação.
Meu principal hobby é pesquisar sobre bandas de metal e de outros
estilos também, além de adquirir novos CDs, sempre.
Qual foi o seu
primeiro disco? Como você o conseguiu, e que idade você tinha? Você
ainda tem esse álbum na sua coleção?
Meu primeiro LP
foi comprado no ano 1983. Eu tinha 10 anos de idade. Meu pai levou
meus dois irmãos e eu para uma loja que tinha em Goiânia, chamada
Opus (era a melhor loja de discos na época, tinha de tudo, inclusive
importados), para comprarmos um LP para cada filho. Portanto, saímos
de lá com três: Piece of Mind, Blackout e Saints & Sinners. Mesmo tendo sido
escolhido um LP para cada um, fomos para a mesma casa e eu
desfrutei de todos os três discos, simultânea e freneticamente. O
meu escolhido foi o Iron Maiden. De tal modo, que como na minha
família somente eu continuo metaleiro, os três LPs e todos os
demais adquiridos na época por mim e pela minha família ficaram
comigo. Tenho sim em minha coleção meu primeiro LP e todos os
demais adquiridos ao longo da vida. Estão em bom estado de
conservação, audíveis e bem acondicionados.
Você
lembra o que sentiu ao adquirir o seu primeiro LP?
Lembro de alguns
fatos. O que muito me impressionou de imediato foram as capas dos LPs
descritos acima. Um monstro (Eddie) vestido de camisa de força preso
em um cômodo com paredes almofadadas, um homem gritando com garfos
enfiados nos olhos e uma escultura de pedra com um anjo acariciando
uma bela mulher com uma cobra na espreita. As capas me foram
marcantes.
Já o conteúdo
das músicas, aquele que muito me marcou
foi o do Iron Maiden – amor à primeira audição. Adorava
Scorpions e Whitesnake (tenho todos os CDs oficiais lançados destas
duas bandas), mas não era tanto quanto o Maiden. Eu não
conseguia parar de ouvir o Piece of Mind, e quando não o
estava escutando estava lembrando das letras e das músicas,
perfeitamente, como se estivesse ouvindo-as. Eram duas as músicas
que eu mais me lembrava e que tinha na cabeça de cor e
salteado: "Revelations" e "To Tame a Land". Tenho a lembrança nítida de
ficar escrevendo a letra de "Revelations" em meu caderno da escola,
durante as aulas mais chatas da sexta série (eu tinha meus 11 anos).
Não conseguia parar de pensar, e nem de escutar, Iron Maiden.
Porque
você começou a colecionar discos, e com que idade você iniciou a
sua coleção? Teve algum momento, algum fato na sua vida, que marcou
essa mudança de ouvinte normal de música para um colecionador?
As minhas
primeiras lembranças sobre música foram no ano de 1979 em casa, com
meus pais (eu tinha 6 anos). Meu pai tinha alguns LPs e EPs que me
lembro bem. Destaco Beatles, Bee Gees, B.J. Thomas, Simon & Garfunkel, Carpenters, Geraldo Vandré, Milton Nascimento, Chico Buarque (tenho todos eles até hoje). Meu
pai não fazia coleção, ouvia de tudo um pouco. E nós também,
por tabela. Já minha mãe, em 1979, começou a colecionar uma série
fantástica de LPs (com encartes de 12 páginas em média) chamada Mestres da Música, da Abril Cultural. Dizia respeito a uma série
mensal de compositores de música erudita, vendido em bancas de
revista. O primeiro foi Beethoven, seguido de Chopin, depois Vivaldi, Tchaikovsky e outros compositores, em um total de 60 LPs (estão todos comigo, em perfeito estado). Na época, eu ainda
estudava de tarde. Passávamos as manhãs em casa, ouvindo música
clássica. Gostava, por demais, de ouvir Chopian.
Em 1982, quando eu
tinha 9 anos, um coleguinha de curso de inglês que morava do lado da
escola, certo dia depois da aula, chamou
meus irmãos e eu para entrar e escutar música. Ele nos apresentou o
primeiro LP do Iron Maiden. Gostei e me impressionei com todo o
conteúdo. No outro ano, 1983, como já dito anteriormente, compramos
meus primeiros LPs (presente do bom pai) e, a partir daí, fui
comprando aos poucos, na medida que o dinheiro da mesada dava. Nos
anos posteriores, 1984, 1985, 1986, 1987 eu diversificava minhas
parcas aquisições de LP em diversos estilos além do heavy metal (Maiden, Scorpions, Whitesnake, Judas Priest, Ozzy, Dio, AC/DC, Accept, Manowar, Uriah Heep, Guns, Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin, Rainbow, Motörhead, Saxon, Rush, Hendrix, Helloween, Malmsteen, Van Halen). Gostava
muito também de grupos como A-ha, Supertramp, Stones, The Call, The Mission, Sisters of Mercy, Talking Heads, Smiths, Depeche Mode, New Order, New Model Army, U2, R.E.M., Michael Jackson, Billy Idol, Fleetwood Mac, Clash, Sex Pistols, Ramones, The Cure, Bob Marley, Genesis, Phil Collins, Pink Floyd, Doors, The Who, Inxs, Marillion, The Police, Simply Red, Sting, Sade, Dire Straits e artistas nacionais como Tim Maia, Mutantes, Secos & Molhados, Titãs, Legião Urbana, Engenheiros, Camisa de Vênus, Plebe Rude, Barão Vermelho, Capital Inicial e Ira!.
Até que, no
segundo grau escolar, em 1988 (eu já
tinha de 14 pra 15 anos), passei a ser reconhecido pelos colegas
como um amigo que tinha muita música em casa. Então, os amigos mais
íntimos pediam para eu gravar uma fita-cassete pra eles. Os pedidos
foram aumentando. A medida em que a demanda crescia, eu passei a
cobrar pra gravar as fitas. Lembro-me bem que o preço que
eu cobrava para gravar uma fita era suficiente para comprar um LP
(custavam alguns cruzeiros). Daí por diante, eu passei a comprar
dezenas de LPs de uma só vez com o dinheiro das gravações de
fitas k-7. Aquela época era a transição do LP para o CD (eu estava
confuso com o futuro da mídia). Eu já contava com cerca de 250 LPs
aos 16 anos. Acredito ter sido aí, a virada da chave pra eu ter me transformado em um colecionador. A minha maior frustração era não ter dinheiro
suficiente para comprar os discos que eu queria quando entrava em uma
loja. Ia embora. Quando voltava noutro momento para comprá-los,
alguns já tinham sido vendidos. Era triste! Foi aí que pensei que quando eu tivesse mais dinheiro sempre compraria os
discos que eu quisesse no momento que eu os encontrasse.
Então, foi
quando o CD invadiu o mercado e os LPs sumiram. Era início dos anos
1990, eu começava o curso de Engenharia Civil na Universidade
Federal de Goiás. Este momento do ensino superior e pós-graduação
foi fantástico. Houve muitas descobertas musicais. Fui a vários
shows no Brasil todo: os quatro Monsters of Rock, dois Rock in Rio,
dois Hollywood Rock, vários outros festivais e centenas de shows de
um artista só. Assisti shows ao vivo de quase todas as bandas que eu
curto. Aprendi naquela década de 1990 a curtir e a colecionar muito
som de nomes como Sepultura, Viper, ANgra, Korzus, Dorsal, Dr Sin, Raimundos, Metallica, Slayer, Megadeth, Testament, Anthrax, King Diamond, Mercyful Fate, Venom, Suicidal Tendencies, Metal Church, Death Angel, Kiss, Grand Funk, Thin Lizzy, Blue Oyster Cult, Yes, UFO, Nazareth, Alice Cooper, Ted Nugent, Queensrÿche, Satriani, Steve Vai, Faith No More, Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains, para citar alguns.
Alguém
da sua família, ou um amigo, o influenciou para que você se
transformasse em um colecionador?
Ao refletir, vendo
minha mãe colecionando os LPs de música clássica já citados
anteriormente, pode ter influenciado no fato de eu virar
colecionador. Também, meu pai sempre escutou música e nos
incentivou a ouvir e a tocar, meus irmãos compravam LPs de seus
interesses. Eu tenho um tio (irmão da minha mãe) e uma prima (3
anos mais velha do que eu) que sempre tiveram muitos LPs legais de
vários gêneros. Aprendi a ouvir muita música legal com eles também.
Inicialmente,
qual era o seu interesse pela música? De que gêneros você curtia?
O que o atraía na música?
Meu interesse pela
música sempre foi muito subjetivo. Ouvir
música me tranquilizava! A música me toca de uma maneira singular.
Diferente de tudo que eu sinto com outros estímulos. Deste modo, eu
ficava e fico ainda a ouvir música o dia todo (inclusive nas horas
em que estudo), além de buscar conhecer novos artistas. Naqueles
tempos off-line,
não era tão disponível o acesso a informações e conteúdos
musicais. Quase sempre, o bom e velho lojista, que sacava tudo de
música, era a boa fonte, além das revistas especializadas.
Os gêneros que eu
curtia eram música erudita, heavy metal, NWOBHM, power metal, rock e metal progressivo, rock clássico e rock nacional. Na música, o que
mais me atraía eram as partes
instrumentais, o ritmo, a harmonia. A letra, no caso,
ficava em segundo plano. A atmosfera criada pelos instrumentos era o
que mais me fascinava e fascina até hoje. O vocal sempre
me chamou a atenção também, é claro, tanto que eu cantei em
algumas bandas aqui em Goiânia.
Quantos
discos você tem?
Bom, na coleção
de CDs (a maior delas!) tem aproximadamente 3.000 itens. Já a
coleção de LPs (que deu uma parada no tempo) conta com cerca de 700
itens. Os DVDs somam próximo de 300, e as fitas VHS e K-7
devem superar 100 unidades. Portanto, no total, minha coleção
musical deve contar com algo em torno de 4.000 itens.
Qual
gênero musical domina a sua coleção? E, atualmente, que estilo é
o seu preferido? Essa preferência variou ao longo dos anos, ou
sempre permaneceu a mesma?
O gênero musical
que domina minha coleção é o heavy metal. Há
mais de 2.000 títulos neste gênero. Meus estilos preferidos
atualmente são thrash, death, gothic, stoner e black metal. A minha
preferência variou um pouco ao longo dos anos. Gosto ainda de todos
os gêneros. Nos anos 1980, eu gostava dos gêneros e bandas já
citados anteriormente e, curiosamente, comigo ficando cada vez mais velho,
a preferência foi mudando para gêneros cada vez mais rápidos e,
posteriormente, mais pesados. Até meados dos anos 1990, a base do
que eu mais escutava era metal, prog e hard rock. Já na segunda metade dos anos 1990 e início
do século atual, eu terminei o mestrado e comecei a trabalhar.
Consequentemente, passei a ganhar mais dinheiro e a comprar mais
CDs, inclusive por ser naquela época o desenvolvimento da internet.
Daí por diante, adquiri obras de vários gêneros musicais, mas,
preferencialmente, discos dos meus atuais estilos preferidos. Naquele
tempo, tive a oportunidade de conhecer várias bandas tais como Blind Guardian, Iced Earth, Hammerfall, Dream Theater, Symphony X, Porcupine Tree, Virgin Steele, Jag Panzer, Nevermore, Pantera, Savatage, Grave Digger, Running Wild, Rage, Kamelot, Fates Warning, Rhapsody, Stratovarius, Gamma Ray, Primal Fear e Krokus.
Já nos últimos
10 anos, investi muito em CD (foi quando
minha coleção deu um salto numérico considerável). Na última
década, minha preferência musical me guiou para certos artistas,
como Krisiun, Soulfly, Death, Nile, Lamb of God, Opeth, Mastodon, Meshuggah e Machine Head.
Vinil
ou CD? Quais os pontos fortes de cada formato, para você?
Acredito ser o CD
o meu formato favorito, baseado na distribuição da minha coleção,
nos números de cada formato e nas vezes que eu escolho para tocar.
Vinil: ponto forte
- audição dos sons mais graves e baixos com mais clareza.
CD: ponto forte –
resistência, tamanho e pureza na reprodução.
Existe
algum instrumento musical específico que o atrai quando você ouve
música?
Eu gosto de todos
os instrumentos musicais. Sem exceção. Tira som com ele?, então eu
gosto. Contudo, nos últimos anos, eu ando fissurado por bateria.
Minha meta para curto prazo, assim que eu concluir o doutorado, será
a de aprender a tocar bateria. Bateristas que me inspiram atualmente
são Max Kolesne, Pete Sandoval, Chris Adler, Gene Hoglan, George Kollias e Richard Christy.
Qual
foi o lugar mais estranho onde você comprou discos?
O lugar mais
estranho que eu comprei discos foi em uma loja em Ouro Preto (MG). A
loja era de artesanatos locais em pedra sabão e outras
quinquilharias para turistas. Nunca imaginei encontrar discos por lá.
Quando dou fé, em um canto, no fundo da loja, havia vários CDs e
LPs. Pergunto se eram para venda. Sim, eram, responde o atendente.
Olhei todos, um por um, como de costume. Acabei comprando alguns CDs,
dentre eles lembro-me de um CD do Anthrax, Volume 8 - The Threat is Real.
Qual
foi a melhor loja de discos que você já conheceu?
Por onde eu passo,
quando viajo, entro em loja de CD. Além das lojas de Goiânia, visitei lojas de música no Brasil, em várias capitais - São Paulo,
Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis,
Fortaleza, Maceió -, e em cidades do nosso interior também, como São
Carlos, Campinas, Ouro Preto, Gramado, para citar
algumas. Visitei também lojas em Buenos Aires, na Argentina, e em
Cidade do Leste, no Paraguai. Sinceramente, eu não me lembro do nome
de muitas das lojas. Vi lojas de todos os tamanhos e com todo tipo de
oferta. Para responder sua pergunta, em Goiânia, as melhores lojas
que tivemos foram a Opus e a Woodstock, ambas já extintas. Contudo,
o melhor lugar que eu já entrei para comprar discos foi na Galeria do Rock, em São Paulo. Lá, a concentração de lojas por metro
quadrado é elevada. Um bom lugar para encontrar títulos raros. São
várias as lojas da Galeria que eu gosto, destaque para a Die Hard. Por
outro lado, contando com as facilidades da internet, posso citar uma
loja nos Estados Unidos, a melhor loja on-line
do mundo pra mim, onde se encontra quase tudo que você quer ter:
a CD Universe.
Conte-me
uma história triste na sua vida de colecionador.
Recentemente,
há uns 4 meses atrás, teve uma história triste. Eu gosto de
colecionar, basicamente, os discos de estúdio das bandas que eu
aprecio. Faço questão de ter todos os álbuns oficiais lançados
pelas bandas, inclusive alguns ao vivo. Tem uma banda que pra mim
faltava só um álbum da discografia oficial. Há anos que eu o
procurava. Até que eu o encontrei e pedi pela internet. Completei a
coleção da dita banda. Deslacrei o álbum, abri a capa e quando eu
fui tirar o CD da caixa, ele partiu ao meio como uma casca de ovo.
Ainda eu não consegui ouvir nem mesmo adquirir outro igual. Banda:
Flotsam and Jetsam. Álbum: High.
Como você organiza a sua coleção? Dê uma dica útil de como guardar a coleção para os nossos leitores.
Os CDs eu
separo basicamente por estilo ou gênero. E, cada banda, em seu
gênero, eu posiciono os CDs em ordem cronológica de lançamento. Do
primeiro ao último álbum oficial
lançado. Sempre na vertical. Os LPs eu
separo em cinco grupos: metal, erudito, nacional, pop rock e rock diversos. Dentro de cada grupo, os organizo em
ordem alfabética, também dispostos na vertical. Os DVDs são
separados basicamente por gêneros, sem seguir nenhuma outra
sistemática. Tive que empilhá-los, por falta de espaço.
Além
da música, que outros fatores o atraem em um disco?
Sempre me atraíram
muito também as capas e os respectivos encartes dos discos, contendo
letras e informações diversas sobre a banda e sobre os músicos. A
arte desenhada na capa é um fator atraente. Pra mim, a banda campeã
de capas e encartes muito legais é o Mastodon.
Quais
são os itens mais raros da sua coleção?
Vou considerar
itens raros aqueles que são numerados ou que foram autografados. O
principal deles é uma caixa de madeira, bem acabada com veludo azul
e vinho, do Queen, contendo uma holografia do Freddie Mercury,
numerada (n. 010668), contando com 20 CDs banhados a ouro
(discografia oficial de estúdio e ao vivo).
Há
também 3 CDs do Flotsam and Jetsam, numerados, banhados a
ouro, limitados em 2.000 cópias.
Um
LP de John Lennon e Yoko Ono com o respectivo encarte com partes
escritas à mão pelos próprios. E uma trilha sonora dos Beatles, do filme Os Reis do Ié, Ié, Ié!.
Tenho
a letra de duas músicas do Led Zeppelin, que eu carregava na
carteira, que foram autografadas pelo Jimmy Page em
uma ocasião em que encontrei com ele na Chapada Diamantina, no ano de
1996.
Coleção de
CDs da banda DR.SIN com os 4 primeiros CDs autografados pelo grupo,
em oportunidade em que eles tocaram aqui em Goiânia.
Você
tem ciúmes da sua coleção?
Tenho sim. Muito
ciúme. Ciúme doentio. Peço para ninguém tocar. Faço uma cópia
de algum álbum a quem desejar, com muito prazer, mas não me peça
emprestado. Eu não empresto nem tomo emprestado disco de
ninguém.
Quando
você está em uma loja procurando discos, você tem algum método
específico de pesquisa, alguma mania, na hora de comprar novos itens
para a sua coleção?
Eu entro na loja
de discos e busco as seções que mais me agradam. Agradeço o
auxílio do vendedor. Vou só! Ao aproximar das prateleiras, olho
todos os CDs, um por um, folheando-os. Vou separando aqueles que
levarei. Caso eu ainda tenha tempo disponível, vou em outras
seções que apresentam outros estilos musicais que não me
agradam tanto e, também, olho um por um, para ver se não tem nenhum
CD que me agrade escondido entre eles.
O
que significa ser um colecionador de discos?
Colecionador de
discos é aquele ser que se alimenta e se veste de música. É
dedicar tempo na audição e na busca de novos artistas. É investir
dinheiro naquilo que lhe trará satisfação garantida e que não é
perecível.
Muito
obrigado pelo papo. Pra fechar, o que você está ouvindo e recomenda
aos nossos leitores?
Eu que te agradeço
muito pela oportunidade de expor minha
experiência musical, aqui, neste espaço que eu admiro tanto.
A minha rotina de
escutar música se divide basicamente em três fases diárias:
Fase 1 – Em
casa, escutar os últimos CDs comprados repetidas vezes antes de
guardá-los nas prateleiras. Chegam em minha casa pedidos feitos pela
internet, na razão de três pedidos por mês, aproximadamente, totalizando em média 30 CDs por mês. Fora aqueles comprados nas
lojas físicas, esses sem muita periodicidade. Abaixo uma foto com o que ando ouvindo:
Fase 2 – No
carro, revisito bandas que tenho
sua coleção completa. Eu escuto todos os CDs lançados de
determinada banda, em sua ordem cronológica de lançamento. Nesta
fase estou escutando o Nevermore. As quatro últimas bandas que eu
revisitei seus lançamentos nesta fase foram King Diamond, Megadeth, Grand Funk e Thin Lizzy.
Fase 3 – Na
academia, com iPod, escuto aquelas bandas que
estou fissurado, aquelas que ouço quase todos os dias e que
permanecem na fase por um determinado tempo. Nessa fase, nos últimos
2 anos, estou escutando praticamente todos os dias Krisiun, Morbid Angel, Lamb of God, Opeth e Children of Bodom.
E, pra finalizar, recomendo aos leitores que ouçam os seguintes discos: The Great Execution do Krisiun, Gateways to Annihilation do Morbid Angel, Symbolic do Death, Blackwater Park do Opeth, Ashes of the Wake do Lamb of God, Lunar Strain do In Flames, Hate Crew Deathroll do Children of Bodom e o Opus Eponymous, do Ghost, que é fantástico. Um forte abraço, headbangers!!!
opa excelente coleção, o cd Flotsam and Jetsam. Álbum: High. é facilimo de achar tem um monte no mercadolivre 25 19 reais. abraço
ResponderExcluirbela coleção, me identifiquei em muitos aspectos com vc e sua coleção eu tb sou colecionador e tenho meus hábitos e manias tb rss, tenho 41 anos e iniciei no inicio dos anos 80 e morei muitos anos em Brasília, pretendo logo voltar para lá, no mais um abraço e mais uma vez parabéns pela coleção e amor ao rock.
ResponderExcluirMuito massa, vejo que você gosta muito do hardcore novaorquino...hatebreed!!! Parabens, cara!!!
ResponderExcluirParabéns pela coleção!!!! De todas que ví até hoje no "CR" a sua foi a coleção mais sensacional. Gostei muito tb de ver discos do rock brazuca como Blitz, RPM, Lobão entre outros. Mais uma vez, meus parabéns pela coleção!!!!
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