Rodrigo Carvalho, conhecido como Rroio, é editor do site e podcast Progcast, dedicado, principalmente, ao rock progressivo e suas inúmeras vertentes. O Progcast ficou em stand by por grande parte do ano, mas está a prestes a retornar totalmente renovado, então fiquem de olho.
Além disso, o Rroio, do alto dos seus 23 anos, é um colecionador compulsivo de discos e pesquisador de música, indo sempre atrás do que está rolando e descobrindo novas bandas e sons sempre interessantes.
Abaixo você confere e sua lista com os melhores de 2012!
O quarteto americano conseguiu lançar uma obra musical completa, uma experiência que satisfaz os sentidos de quem a aprecia de uma maneira única: desde a luxuosa embalagem em alto relevo em papel laminado à belíssima ilustração (feita pelo próprio vocalista/guitarrista John Baizley), passando pelo encarte até chegar à música em si. Dividido em dois discos, Yellow & Green traz um Baroness mais focado na melodia, em arranjos simples e eficientes, equilibrando de forma excelente rock progressivo e alternativo, com remanescentes doses de sludge aqui e ali, e garantindo o título de melhor álbum de 2012.
O novo projeto de Martin Lopez (ex-Opeth/Amon Amarth) com o incansável baixista Steve DiGiorgio, além dos até então desconhecidos guitarrista Kim Platbarzdis e vocalista Joel Ekelöf - esse último o grande responsável por o que é Cognitive. Músicas soturnas, atmosféricas e densas, com interpretações carregadíssimas. O Soen não exagera no virtuosismo e une todos os elementos com maestria.
Misturando heavy metal (dos mais atuais) com samba e bossa nova, o Huaska é uma banda brasileira que chega ao seu terceiro disco e apresenta uma música lírica e instrumentalmente belíssima. Com participações especiais de Eumir Deodato e Elza Soares, resulta em um álbum que soa mais como MPB com toques de rock do que o inverso.
O Anathema, dentre a tríade do doom britânico (ao lado de Paradise Lost e My Dying Bride), foi o que apresentou a maior transformação no seu som, graças aos elementos de gothic rock, alternativo, e mais recentemente, post rock e música eletrônica (ainda que sutilmente). Weather Systems é um disco com todos esses elementos, com interpretações carregadas de sentimentos, uma das obras musicais mais belas dos últimos anos.
O quarteto Americano apadrinhado por ninguém menos do que Bruce Springsteen chega ao seu quarto disco, uma progressão natural dos trabalhos anteriores. Composições simples, de forte melodia e letras cotidianas, Handwritten é um daqueles álbuns a ser ouvido a qualquer momento, em qualquer lugar, com qualquer pessoa.
Os noruegueses do Enslaved vêm em uma curva ascendente desde o seu trabalho de 2001, Monumension, e desde então aprimorando a sonoridade única, aliando o gélido black metal escandinavo a forte veia progressiva, resultando em músicas profundas e reflexivas, tanto instrumental quanto liricamente. RIITIIR é sem dúvida o ápice dos experimentos iniciados há mais de uma década, equilibrando de forma perfeita as mais diferenciadas influências, em grande parte graças ao dinamismo das composições e à excelente variação de vozes entre Grutle Kjellson e Herbrand Larsen.
Após o conturbado período desde o último álbum, o Witchcraft passou por uma reformulação quase completa, contribuindo para a sonoridade revitalizada contida em Legend. Mesmo bebendo claramente na fonte do Black Sabbath e no occult rock setentista, os suecos entregam um dos mais bem produzidos álbuns do ano.
Grata surpresa da música brasileira em 2012, o El Efecto conseguiu reunir uma miscelânea de influências em seu terceiro trabalho: de rock a ritmos regionais, que fazem de Pedras e Sonhos um álbum riquíssimo, variado, recheado de poesia e belíssimas melodias. Mais uma entre as inúmeras provas de que as bandas nacionais não precisam ficar presas a padrões para atingir a excelência. Ou nesse caso, nem o devem.
Um dos alavancadores da nova onda do heavy metal americano, o quinteto de Virgínia atingiu um nível de reconhecimento altíssimo ao redor do mundo, graças à sucessão de excelentes álbuns. Resolution é o sétimo disco dos caras e explora a fundo a mescla brutal de groove e thrash metal praticada ao longo dos anos, dessa vez por caminhos ainda mais pesados, técnicos e dinâmicos, servindo de parâmetro para muitas outras bandas que vieram depois deles, mesmo com relativo pouco tempo de estrada.
Apesar de o quarteto francês dos irmãos Duplantier ter um sério problema em lançar discos com um grande espaço de tempo entre um e outro, o Gojira consegue se superar a cada álbum, explorando de diferentes maneiras a sua mistura única de death metal com prog e groove metal, tornando-os uma das bandas mais singulares do cenário atual. L’Enfant Sauvage soa como uma criatura descontrolada, carregada de sentimentos negativos e com uma força descomunal.
Um dos discos mais aguardados dos últimos tempos, o projeto colaborativo entre Steven Wilson e Mikael Akerfeldt (duas das maiores mentes criativas no progressivo atual) é considerado um complemento aos seus últimos trabalhos (Grace For Drowning e Heritage, a saber). O primeiro – possivelmente único - álbum tem como base a música setentista experimental: perturbadora, soturna, por vezes incompreensível. E exatamente por isso, uma obra musical interessantíssima de ser apreciada.
Além disso, o Rroio, do alto dos seus 23 anos, é um colecionador compulsivo de discos e pesquisador de música, indo sempre atrás do que está rolando e descobrindo novas bandas e sons sempre interessantes.
Abaixo você confere e sua lista com os melhores de 2012!
Baroness – Yellow & Green
O quarteto americano conseguiu lançar uma obra musical completa, uma experiência que satisfaz os sentidos de quem a aprecia de uma maneira única: desde a luxuosa embalagem em alto relevo em papel laminado à belíssima ilustração (feita pelo próprio vocalista/guitarrista John Baizley), passando pelo encarte até chegar à música em si. Dividido em dois discos, Yellow & Green traz um Baroness mais focado na melodia, em arranjos simples e eficientes, equilibrando de forma excelente rock progressivo e alternativo, com remanescentes doses de sludge aqui e ali, e garantindo o título de melhor álbum de 2012.
Soen – Cognitive
O novo projeto de Martin Lopez (ex-Opeth/Amon Amarth) com o incansável baixista Steve DiGiorgio, além dos até então desconhecidos guitarrista Kim Platbarzdis e vocalista Joel Ekelöf - esse último o grande responsável por o que é Cognitive. Músicas soturnas, atmosféricas e densas, com interpretações carregadíssimas. O Soen não exagera no virtuosismo e une todos os elementos com maestria.
Huaska – Samba de Preto
Misturando heavy metal (dos mais atuais) com samba e bossa nova, o Huaska é uma banda brasileira que chega ao seu terceiro disco e apresenta uma música lírica e instrumentalmente belíssima. Com participações especiais de Eumir Deodato e Elza Soares, resulta em um álbum que soa mais como MPB com toques de rock do que o inverso.
Anathema – Weather Systems
O Anathema, dentre a tríade do doom britânico (ao lado de Paradise Lost e My Dying Bride), foi o que apresentou a maior transformação no seu som, graças aos elementos de gothic rock, alternativo, e mais recentemente, post rock e música eletrônica (ainda que sutilmente). Weather Systems é um disco com todos esses elementos, com interpretações carregadas de sentimentos, uma das obras musicais mais belas dos últimos anos.
The Gaslight Anthem – Handwritten
O quarteto Americano apadrinhado por ninguém menos do que Bruce Springsteen chega ao seu quarto disco, uma progressão natural dos trabalhos anteriores. Composições simples, de forte melodia e letras cotidianas, Handwritten é um daqueles álbuns a ser ouvido a qualquer momento, em qualquer lugar, com qualquer pessoa.
Enslaved – RIITIIR
Os noruegueses do Enslaved vêm em uma curva ascendente desde o seu trabalho de 2001, Monumension, e desde então aprimorando a sonoridade única, aliando o gélido black metal escandinavo a forte veia progressiva, resultando em músicas profundas e reflexivas, tanto instrumental quanto liricamente. RIITIIR é sem dúvida o ápice dos experimentos iniciados há mais de uma década, equilibrando de forma perfeita as mais diferenciadas influências, em grande parte graças ao dinamismo das composições e à excelente variação de vozes entre Grutle Kjellson e Herbrand Larsen.
Witchcraft – Legend
Após o conturbado período desde o último álbum, o Witchcraft passou por uma reformulação quase completa, contribuindo para a sonoridade revitalizada contida em Legend. Mesmo bebendo claramente na fonte do Black Sabbath e no occult rock setentista, os suecos entregam um dos mais bem produzidos álbuns do ano.
El Efecto – Pedras e Sonhos
Grata surpresa da música brasileira em 2012, o El Efecto conseguiu reunir uma miscelânea de influências em seu terceiro trabalho: de rock a ritmos regionais, que fazem de Pedras e Sonhos um álbum riquíssimo, variado, recheado de poesia e belíssimas melodias. Mais uma entre as inúmeras provas de que as bandas nacionais não precisam ficar presas a padrões para atingir a excelência. Ou nesse caso, nem o devem.
Lamb of God – Resolution
Um dos alavancadores da nova onda do heavy metal americano, o quinteto de Virgínia atingiu um nível de reconhecimento altíssimo ao redor do mundo, graças à sucessão de excelentes álbuns. Resolution é o sétimo disco dos caras e explora a fundo a mescla brutal de groove e thrash metal praticada ao longo dos anos, dessa vez por caminhos ainda mais pesados, técnicos e dinâmicos, servindo de parâmetro para muitas outras bandas que vieram depois deles, mesmo com relativo pouco tempo de estrada.
Gojira – L’Enfant Sauvage
Apesar de o quarteto francês dos irmãos Duplantier ter um sério problema em lançar discos com um grande espaço de tempo entre um e outro, o Gojira consegue se superar a cada álbum, explorando de diferentes maneiras a sua mistura única de death metal com prog e groove metal, tornando-os uma das bandas mais singulares do cenário atual. L’Enfant Sauvage soa como uma criatura descontrolada, carregada de sentimentos negativos e com uma força descomunal.
Clipe do Ano
High On Fire – Fertile Green
Quase Ficou Entre os 10
Naïve – Illuminatis
Melhor Estreia
Storm Corrosion – Storm Corrosion
Um dos discos mais aguardados dos últimos tempos, o projeto colaborativo entre Steven Wilson e Mikael Akerfeldt (duas das maiores mentes criativas no progressivo atual) é considerado um complemento aos seus últimos trabalhos (Grace For Drowning e Heritage, a saber). O primeiro – possivelmente único - álbum tem como base a música setentista experimental: perturbadora, soturna, por vezes incompreensível. E exatamente por isso, uma obra musical interessantíssima de ser apreciada.
Retorno do Ano
ZZ Top – La Futura
Disco Decepção
Marillion – Sounds That Can’t Be Made
Melhor Álbum Ao Vivo
Porcupine Tree – Octane Twisted
10 Melhores Músicas
Baroness – Cocainium
Soen – Savia
Meshuggah – Do Not Look Down
Anathema – Untouchable Part I
Stone Sour – Taciturn
Graveyard – Slow Motion Countdown
Enslaved – The Roots of the Mountain
El Efecto – O Encontro de Lampião e Eike Batista
Lamb of God – Ghost Walking
Witchcraft – It’s Not Because of You
DVD do Ano
Coldplay – Live 2012
Melhor Documentário
Pink Floyd – The Story Of Wish You Were Here
Melhor Livro
Rage Against The Machine - Guerreiros do Palco, de Paul Stenning
Melhor Show
Roger Waters – The Wall Live (São Paulo - 01/04/2012)
Melhor Capa
Ancestors – In Dreams and Time
Mico do Ano
Metal Open Air
Filme do Ano
Mercenários 2
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Eh inegável que "Soen – Cognitive" eh um bom album, mas peca por ser demasiadamente parecido com o Tool. Não consigo ouvi-lo sem compara-lo com o Tool, pois o vocal eh idêntico ao do Maynard J. Keenan e algumas partes instrumentais de percussão lembram muito o que o Tool ja fez. Nem o projetos paralelos do Maynard (Puscifer e A perfect circle) sao tao descaradamente parecidos com o Tool como o Soen. Por essa falta de originalidade, nunca colocaria esse album entre os melhores de nenhum ano, pois o original já fez, já faz e vai sempre fazer coisa bem melhor.
ResponderExcluirEita, porra!
ResponderExcluirEl Efecto? Mandou MUITO BEM.
O clipe do High on Fire é bonzaço. Nem conhecia.
Muito bom o El Efecto! Valeu pela dica!
ResponderExcluirEl Efecto realmente interessante! Muito bom!!!
ResponderExcluirQue puta disco é esse do Huaska!! Não conhecia!
ResponderExcluira música Gávea já é uma das melhores de 2012 para mim!
Que massa ver o Weather Systems aí!
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