Quem tem mais de 35 anos lembra de Audrey Horne. Esse era o nome da
personagem da atriz Sherilyn Fenn na cultuada série Twin Peaks, dirigida
por David Lynch e transmitida entre abril de 1990 e junho de 1991 pela
rede de TV norte-americana ABC (no Brasil, a trama foi ao ar, incompleta
e decepada, nas noites de domingo na Rede Globo, em 1991).
Pois agora há mais um ótimo motivo para lembrar de Audrey Horne. Esse também é o nome de uma banda norueguesa baseada na Bélgica, formada em 2002 e que acaba de lançar o seu quarto disco, Youngblood. O grupo é formado por Torchie (vocal), Ice Dale (guitarra, também no Enslaved), Thomas Tofthagen (guitarra, também no Sahg), Espen Lien (baixo) e Kjetil Greve (bateria, Deride). Nos anos anteriores, Tom Cato Visnes, o King ex-Gorgoroth e atualmente no God Seed, também fez parte da banda.
Apesar do background dos músicos em metal extremo, o som do Audrey Horne é um hard rock clássico e repleto de categoria. Os três álbuns anteriores do conjunto - No Hay Banda (2005), Le Fol (2007) e Audrey Horne (2010) -, no entanto, apresentavam outra sonoridade, uma espécie de post grunge com influências de Alice in Chains, Faith No More e A Perfect Circle e que nunca foi capaz de chamar muita atenção.
Já aqui a coisa é muito diferente. O que temos em Youngblood é um dos melhores discos de hard rock lançados nos últimos anos, uma música que bebe no legado clássico do gênero e, com influência de nomes como Thin Lizzy, Saxon, Iron Maiden, Rainbow, ZZ Top, Aerosmith, Deep Purple e até mesmo Toto e Foreigner, faz surgir um som da mais alta categoria.
As dez faixas impressionam não somente pelo belo trabalho de composição mas pelo acerto absolutamente certeiro da banda, que insere detalhes e ideias nos arranjos, surpreendendo sempre. O trabalho de guitarras é excelente, com os dois instrumentistas criando uma harmonia incrível. O baixo também se destaca, vindo para o primeiro plano em diversos momentos. E a voz de Torchie amarra tudo com um timbre limpo, interpretação inspirada e refrões pra lá de pagajosos.
Há que se fazer menção ao uso frequente das guitarras gêmeas, artifício que sempre cai bem tanto no hard rock quanto no heavy metal. Aqui, Dale e Tofthagen brilham intensamente, elevando o que já é ótimo a um patamar que beira o sublime. Além disso, ambos entregam bases, riffs e solos que credenciam Youngblood ao posto de álbum indicadíssimo aos aspirantes a guitarristas. A parte final de “Pretty Little Sunshine” é um dos inúmeros exemplos disso.
O primeiro single e faixa de abertura, “Redemption Blues”, já mostra a mudança de som da banda e traz um que de NWOBHM nos riffs, agradando de imediato. A música que dá nome ao disco é, desde agora, uma das melhores do ano, com passagens instrumentais iluminadas e um refrão inspirador. É tudo muito bom, com um grau de excelência que faz você dar play e perceber, de cara, que está diante de um álbum diferente.
Confie em mim: Youngblood é um dos melhores discos de hard rock lançados nos últimos anos e, além disso, na minha opinião o melhor álbum de 2013 até o momento.
Demais!
Nota 9
Faixas:
1 Redemption Blues
2 Straight Into Your Grave
3 Youngblood
4 There Goes a Lady
5 Show and Tell
6 Cards with the Devil
7 Pretty Little Sunshine
8 The Open Sea
9 This Ends Here
10 The King is Dead
Por Ricardo Seelig
Pois agora há mais um ótimo motivo para lembrar de Audrey Horne. Esse também é o nome de uma banda norueguesa baseada na Bélgica, formada em 2002 e que acaba de lançar o seu quarto disco, Youngblood. O grupo é formado por Torchie (vocal), Ice Dale (guitarra, também no Enslaved), Thomas Tofthagen (guitarra, também no Sahg), Espen Lien (baixo) e Kjetil Greve (bateria, Deride). Nos anos anteriores, Tom Cato Visnes, o King ex-Gorgoroth e atualmente no God Seed, também fez parte da banda.
Apesar do background dos músicos em metal extremo, o som do Audrey Horne é um hard rock clássico e repleto de categoria. Os três álbuns anteriores do conjunto - No Hay Banda (2005), Le Fol (2007) e Audrey Horne (2010) -, no entanto, apresentavam outra sonoridade, uma espécie de post grunge com influências de Alice in Chains, Faith No More e A Perfect Circle e que nunca foi capaz de chamar muita atenção.
Já aqui a coisa é muito diferente. O que temos em Youngblood é um dos melhores discos de hard rock lançados nos últimos anos, uma música que bebe no legado clássico do gênero e, com influência de nomes como Thin Lizzy, Saxon, Iron Maiden, Rainbow, ZZ Top, Aerosmith, Deep Purple e até mesmo Toto e Foreigner, faz surgir um som da mais alta categoria.
As dez faixas impressionam não somente pelo belo trabalho de composição mas pelo acerto absolutamente certeiro da banda, que insere detalhes e ideias nos arranjos, surpreendendo sempre. O trabalho de guitarras é excelente, com os dois instrumentistas criando uma harmonia incrível. O baixo também se destaca, vindo para o primeiro plano em diversos momentos. E a voz de Torchie amarra tudo com um timbre limpo, interpretação inspirada e refrões pra lá de pagajosos.
Há que se fazer menção ao uso frequente das guitarras gêmeas, artifício que sempre cai bem tanto no hard rock quanto no heavy metal. Aqui, Dale e Tofthagen brilham intensamente, elevando o que já é ótimo a um patamar que beira o sublime. Além disso, ambos entregam bases, riffs e solos que credenciam Youngblood ao posto de álbum indicadíssimo aos aspirantes a guitarristas. A parte final de “Pretty Little Sunshine” é um dos inúmeros exemplos disso.
O primeiro single e faixa de abertura, “Redemption Blues”, já mostra a mudança de som da banda e traz um que de NWOBHM nos riffs, agradando de imediato. A música que dá nome ao disco é, desde agora, uma das melhores do ano, com passagens instrumentais iluminadas e um refrão inspirador. É tudo muito bom, com um grau de excelência que faz você dar play e perceber, de cara, que está diante de um álbum diferente.
Confie em mim: Youngblood é um dos melhores discos de hard rock lançados nos últimos anos e, além disso, na minha opinião o melhor álbum de 2013 até o momento.
Demais!
Nota 9
Faixas:
1 Redemption Blues
2 Straight Into Your Grave
3 Youngblood
4 There Goes a Lady
5 Show and Tell
6 Cards with the Devil
7 Pretty Little Sunshine
8 The Open Sea
9 This Ends Here
10 The King is Dead
Por Ricardo Seelig
Aí sim!!!
ResponderExcluirConcordo com tudo nessa resenha Cadão. Eu sempre acompanhei a banda e tomei um susto quando ouvi esse play deles. Os duos de guitarra que eles fazem nesse álbum são impressionantes, totalmente anos 80, coisa de quem sabe o que está fazendo mesmo!!
A faixa título nasceu clássica já, vai crescendo com uma melodia muito impregnante e na ponte ela quebra tudo o que tem na frente.
Sim, realmente o Torchie está cantando com muito feeling esse álbum.
Esse é um típico álbum de hard rock/heavy metal moderno. Variado. cheio de melodias vocais e instrumentais e canções de muito bom gosto, extremamente linear, é difícil encontrar uma faixa ruim. Clássico.
Se eu continuar escrevendo irei repetir sua resenha, mas sim, é o melhor álbum até agora em 2013 e estará facilmente nas lista de fim de ano.
Obs: merecia nota 10...rs
Olha que vídeo legal deles mandando ver "Youngblood" no festival francês Motocultor.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PFHMIcyGzOE
Audrey Horne, eita como essa mulher era linda! Não sabia dessa banda. Gostei!
ResponderExcluirAlias a turma do metal nórdico mais extremo, quando inventa de fazer um som "mais leve" se sai muito bem, vide Chrome Division e Hellacopters!!!
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