Lembrando que começamos essa seção no mês passado, com os cinco melhores do mês de maio. Para ler desde o ínício do ano, seguem os links: janeiro, fevereiro, março e abril.
Confira os comentários traduzidos, aproveite e, claro, deixe também os seus escolhidos!
1. Black Sabbath - 13
13 é um brilhante retorno à velha forma e encontra o Black Sabbath mais coeso do que nunca. A combinação entre os riffs de Tony Iommi e as letras de Geezer Butler, além do tipo de voz único e melódico de Ozzy Osbourne, é assombroso.
Ozzy já não tem mais o alcance de outrora, mas sua voz está perfeitamente capturada pelo produtor Rick Rubin, que soube registrar toda sua emoção de uma forma que não soava tão bem desde o álbum solo Ozzmosis, de 1995. Nada de Auto-Tune ou vocais exageradamente produzidos, como Ozzy vinha fazendo em seus últimos trabalhos.
13 não é apenas o álbum mais aguardado deste ano, mas dos últimos 35 anos. Se há alguém que não é fã desse disco, não consigo imaginá-lo gostando dos oito primeiros discos da banda. Se será de fato o ponto final, pode ser considerado também um ponto de exclamação de uma carreira intocável.
2. Deafheaven - Sunbather
O Deafheaven, natural de São Francisco, é um dos principais expoentes do black metal, sendo pioneiro e conduzindo a um novo caminho para além da inércia atual do gênero. Sunbather, sucessor do incandescente debut Roads to Judah, leva o black metal a lugares inimagináveis. O carvão do som ardente desses californianos vem de cavernas escuras, assim como o dos ícones Emperor e Alcest. Por meio do desespero cinzento, guitarras exuberantes e vocais extremos gritam através da melodia e da loucura.
As emoções de Sunbather cortam como uma gilete afiada. George Clarke canta como se cada lâmina fatiasse as feridas infectadas de sua alma. Habilmente, o Deafheaven alterna entre uma tempestade de guitarras e trechos de um vocal angustiante.
3. Noisem - Agony Defined
Em um universo paralelo do metal, o Noisem, quinteto de Baltimore e que toca thrash/death, seria o Slayer, e o álbum de estreia Agony Defined seria como o Reign in Blood da banda. Palavras fortes, sim, mas os garotos merecem. "Agressivo" é a palavra chave aqui e tal agressividade é implacável durante os 24 minutos e 36 segundos que formam o disco.
"Voices In The Morgue" chuta bundas em uma velocidade de quebrar o pescoço. A partir daí, um arsenal de riffs pesados, solos matadores, bateria bem marcada e vocais rasgados têm papel de destaque na tarefa de manter as coisas interessantes. Assim que a faixa-título encerrar o disco, coloque para rodar novamente, sente-se e aproveite de novo o que certamente será um dos melhores lançamentos de 2013. Repita a audição quantas vezes for necessário.
4. Orphaned Land - All Is One
Começando a partir de um esqueleto progressivo, o Orphaned Land funde elementos do doom e do death metal em um espectro ainda mais agressivo, enquanto sua estrutura musical é baseada principalmente em canções folclóricas do Oriente Médio. Em All Is One, os elementos folk são sentidos de forma mais sutil e as influências progressivas e de death metal são as mais subestimadas.
O Orphaned Land sempre caminhou por um tênue equilíbrio entre a música atraente, exótica e divertida. E por um metal politicamente motivado por um tom ativista. Enquanto o conflito no Oriente Médio borbulhava cada vez mais violência nos últimos anos, a banda continua a espalhar uma mensagem de união e All Is One evolui no sentido de ser uma resposta aos ruídos da guerra. O disco é importante tanto do ponto de vista político quanto didático, mas, mesmo separado do forte conteúdo lírico, a força e a execução das músicas já valem por si só.
5. Tristania - Darkest White
Três vocalistas são utilizados ao longo de Darkest White, e o entrosamento e a química entre eles mostram uma banda que alcança seu propósito perfeitamente. Kjetil Nordhus, ex-Green Carnation, retorna para seu segundo lançamento com confiança e melodias muito mais fortes desta vez. Ele parece mais confortável com o papel desempenhado na banda e sua performance demonstra isso.
Darkest White é um impressionante retorno à velha forma. Vemos uma banda que se encontrou e com uma produção que se adaptou à sua sonoridade. Parece que o Tristania decidiu não seguir tendências e compôs um disco fiel ao seu próprio espírito. Darkest White deve catapultá-los de volta ao topo da cena do gótico sinfônico.
Por Guilherme Gonçalves
Eu quero é os dois volumes do Five Fingers Death Punch.
ResponderExcluirMeus pensamentos tb estão nele e no solo do Phil Anselmo e Newsted.