O texto de Thompson aborda desde a infância marcada pela saúde frágil e adolescência no seio de uma família cristã radical até o ano de 2011, quando lançou Welcome 2 My Nightmare. O apreço do autor pelo Alice Cooper como grupo é total. Praticamente metade do livro aborda desde os primeiros shows em ginásios e clubes decadentes até o fracasso de Muscle of Love nas prateleiras, que levou a figura de Alice a alçar um vôo solo (Welcome to My Nightmare, 1975) sem dia pra voltar.
Talvez pela falta de registros na mídia, o período mais obscuro da carreira de Alice é tratado sem a profundidade que os fãs gostariam de ver. Apesar de todas as polêmicas, Vincent Furnier é um sujeito fechado, muito dedicado à família e aos hobbies - em especial, ao golfe. Poucos de seus demônios pessoais vêm à tona e muitos segredos permanecem restritos. O que se lê sobre as décadas de 1990 e 2000 também carece de maiores detalhes, mas por um lado, isso faz com que a leitura flua sem pesar.
Mas também tem problema sim: pela terceira vez em um livro da Madras, muitos erros de tradução e ordem técnica. São nomes de músicas e pessoas escritos errado e uma série de equívocos linguísticos solucionáveis mesmo na mais superficial revisão. O acabamento também não é lá essas coisas, mas é meio que um padrão da editora publicar seus livros em Arial, por mais que a fonte, somada ao espaçamento simples, seja terrível para a leitura.
Para os fãs de música que desejarem um mergulho visceral nas origens do rock como espetáculo visual, Bem-vindo ao Meu Pesadelo é obrigatório.
Por Marcelo Vieira
Eu tenho uma preguiça MONSTRA de biografia.
ResponderExcluirTu é raçudo ... pra dar conta de ler.
Essa discussão atual das biografias no Brasil ... é algo que eu passo longe de ler até as manchetes, que dirá as matérias.
Gosto demais de ler biografias.
ResponderExcluirAcho foda saber quais os contextos para criação e gravação das músicas, detalhes de turnê e saber o que os caras passaram.
Além de tudo, quando o biógrafo é bom, você ainda descobre uma pá de banda da época que não tiveram muita exposição na mídia.
Cara li essa bio em uma sentada e é realmente isso ai, é uma boa leitura, mas tem essa passagem bem superficial quando é dos álbuns a frente da década de 80, enfim é uma boa bio, divertida em muitos pontos, retirando os erros editorias que as vezes da raiva, pra quem quer aprender sobre os primeiros anos da banda fica uma ótima recomendação.
ResponderExcluirPois é, os tais erros de tradução me tiraram o pique já no prólogo. Inaceitável um livro desses sair sem uma revisão ao menos aceitável.
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