Para mapear toda esse efervescência, a Collectors Room inicia hoje uma série de posts que vai trazer os principais e mais interessantes grupos surgidos na Suécia nos últimos anos. Nossa equipe trabalhou em conjunto em uma matéria de pesquisa e imenso prazer sonoro, e iremos compartilhar com vocês as nossas experiências.
Dando o pontapé inicial, eu, Ricardo Seelig, dou uma passada na cena stoner sueca, com direito a umas escapadinhas pelo hard.
Pegue a cerveja e aumente o volume!
Um dos nomes mais celebrados surgidos no hard nos últimos anos, o Graveyard se transformou rapidamente em sinônimo de música qualidade. Com três álbuns no currículo, a banda foi celebrada mundo afora, inclusive aqui na Colectors - leia tudo o que publicamos sobre o grupo clicando aqui. Com uma personalidade sonora fortíssima e original, o quarteto formada por Joakim Nilsson (vocal e guitarra), Jonatan LaRocca Ramm (guitarra), Rikard Edlund (baixo) e Axel Sjöberg (bateria) vem em uma escalada impressionante de qualidade. Desde a estreia batizada apenas com o nome do grupo e lançada em 2007 e passando pelos fenomenais Hisingen Blues (2011) e Lights Out (2012), o Graveyard arrebata qualquer ouvinte de rock com a sua música rica, repleta de referências dos anos 1970 e com forte ascendência inglesa. Sem exageros, uma das melhores bandas da atualidade.
Clique e ouça uma música do grupo.
Quarteto formado em 2005 na cidade de Boras. A banda conta com Fredrick Jordanius (vocal e guitarra), Dennis Zielinski (teclado), Mikael Bielinski (baixo) e Markus Johansson (bateria). Em 2011 o Egonaut lançou o seu primeiro disco, Electric, e esse ano o segundo trabalho da banda, Mount Egonaut, chegou às lojas. O som é um hard rock pegajoso, que se diferencia das outras bandas do gênero pelas intervenções constantes do órgão de Zielinski e pelo uso de melodias fortes nas composições. O timbre da voz de Fredrick Jordanius se assemelha com a de Michael Poulsen, do Volbeat. Se fosse resumir rapidamente o som do Egonaut, poderia dizer que a música do grupo soa como um encontro do Deep Purple com o Volbeat.
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O Vidunder nasceu em abril de 2011 e lançou o seu primeiro disco em maio deste ano. Auto-intitulado, o álbum traz dez faixas inéditas do trio formado por Martin Prim (vocal e guitarra), Linus Larsson (baixo) e Jonas Sjöqvist (bateria). Espécie de irmão gêmeo do Graveyard, o Vidunder faz um hard embebido na poeira setentista em todos os aspectos, da estrutura das canções ao timbre dos instrumentos. O uso da melodia também é constante, tornando as faixas agradáveis já na primeira audição. A música do Vidunder é legal e tem qualidade, mas um distanciamento maior da sonoridade do Graveyard - característica que fica ainda mais evidenciada pelo fato da voz de Martin Prim soar bastante semelhante a de Joakim Nilsson - nos próximos anos seria uma decisão bastante sadia para o trio.
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Na estrada desde 2008, o Bombus é um quarteto formado por Feffe (vocal e guitarra), Matte (vocal e guitarra), Jonas Rydberg (baixo) e Peter Asp (bateria). O disco de estreia foi lançado em 2010, enquanto o segundo, The Poet and the Parrot, chegou às lojas em agosto deste ano. Agora inseridos no cast da gravadora Century Media, o Bombus vem ganhando destaque na Europa, onde abriu os shows da recente turnê do Danko Jones. A música do grupo é uma amálgama entre metal e stoner, com riffs pesados e vocais bastante agressivos. The Poet and the Parrot tem recebido ótimas críticas na imprensa especializada do Velho Mundo, credenciando o Bombus como uma das mais promissoras bandas surgidas na Suécia nos últimos anos.
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Stoner de alto quilate, executado com extrema categoria: essa é a praia do Stonewall Noise Orchestra, quinteto que já está na estrada desde 2004 e conta com uma discografia formada por quatro álbuns - Vol. 1 (2005), Constants in an Ever Changing Universe (2008), Sweet Mississippi Deal (2010) e Salvation (2013). Com uma sonoridade azeitada, o grupo cativa com composições redondas, construídas a partir de riffs simples e um groove irresistível. Para efeito de comparação e para situar você que está lendo essa matéria, a música do SNO pode ser definida como uma espécie de Soundgarden mais ensolarado - e, na minha opinião pessoal, superior ao grupo de Seattle.
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O The Quill já é um velho conhecido de quem não se satisfaz apenas com os principais nomes dos gêneros que curte e gosta de ir mais fundo em seus estilos preferidos. Veterana, a banda foi formada por volta de 1993 e já colocou no mercado sete discos. O som é um hard rock sujo e estradeiro, executado com malícia por Magnus Arnar (vocal), Christian Carlsson (guitarra), Roger Nilsson (baixo) e Jolle Atlagic (bateria). Vá direto no disco de 2011, Full Circle, uma pedrada repleta de ótimas faixas.
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Você gosta daquele hard rock esfumaçado e com o órgão sempre em primeiro plano? Enão o Lugnoro foi feito para você. No mundo desde 2007, o grupo entrega um rock retrô com toques de prog, blues e psicodelismo, jogando no mesmo caldeirão referências como Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Uriah Heep e King Crimson. São dois discos na bagagem - The Crown That Wears the Head (2011) e Annorstädes (2012) -, ambos repletos de uma sonoridade que é uma verdadeira viagem no tempo.
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Este quarteto formado por Benjamin Thörnblom (vocal e guitarra), Rickard Swahn (guitarra), Niklas Andersson (baixo) e Jakob Gill (bateria) foi criado em 2008. Um ano depois, lançou um EP auto-intitulado com seis faixas. E, em 2011, foi a vez do primeiro álbum do grupo, Indigo, chegar às lojas. A música do Propane Propane é um stoner pesadão e com toques lisérgicos, na linha clássica do gênero. Se você curte o gênero, irá gostar
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O Ponamero Sundown é um quarteto formado em Estocolmo no ano de 2005. Fazem parte da banda o vocalista Nicke, o guitarrista Anders, o baixista Oliver e o baterista Pete. A banda já gravou três discos - Heavy Rock (2007), Stonerized (2009) e Rodeo Eléctrica (2011) -, todos apresentando um stoner temperado por doses certeiras de hard rock. A música do grupo foi sendo lapidada com o tempo, com uma evolução perceptível entre cada álbum. Vá no mais recente, um disco forte e feito sob medida para pegar a estrada.
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Com quase uma década de carreira - a banda foi formada na cidade de Örebro em 2004 -, o Blowback estreou em 2006 com um split ao lado dos também suecos do Asteroid. O primeiro disco saiu em 2008, Morning Wood, e em 2009 o grupo colocou o seu segundo trabalho, 800 Miles, nas lojas. A música do quarteto tem uma aura bem setentista, e é possível identificar influências de ícones como Black Sabbath e Grand Funk Railroad no trabalho. Som sob medida para ser degustado ao lado de uma montanha de cervejas geladas!
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Banda fresquinha, formada em 2012. A estreia saiu no final de julho, na forma do álbum Amanita Kingdom. O negócio aqui são longas faixas com trechos instrumentais que levam ao transe contínuo. Bastante lisérgico, o som do Waning Moon é uma espécie de Samsara Blues Experiment ainda mais ácido, o que torna a música da banda limitada a um nicho específico de ouvintes.
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Por Ricardo Seelig
Muito oportuna essa matéria! A Suécia não pára de nos brindar com ótimas bandas novas!
ResponderExcluirConheço todas ai, são boas (com exceção de Graveyard, que é espetacular, minha banda favorita), a Suécia é um dos paises mais ricos em musicalidade. E essa onda "revival" esta de brilhar os olhos.
ResponderExcluirNão sei já pintaram em outras edições desta matéria aqui no site, e nem mesmo de onde são e se são bandas tão novas, mas ouvi grandes álbuns este ano dessas bandas: Zodiac, Noctum, Horisont, Reign of Kindo (essa está mais para o pop), Israel Nash Gripka, Brutus, Ramming Speed.
ResponderExcluirDe outras ouvi somente algumas músicas novas, que me agradaram , como Sahg, Eye Empire, Astra, Spiders...
Tem muita coisa boa rolando.
SSSSSSTTTTTTOOOOOOOOOONNNNNNNEEEERRRRRRRR !!!!!!!
ResponderExcluirExcelente pesquisa.
ResponderExcluirParabéns pelo post.
Não só no genero metal, mas a Suécia é um celeiro de banda boa!
ResponderExcluirBom post!
Anselmo
minervapop.com
Não só de bandas de Metal, mas á Suécia a anos tem apresentado bandas sensacionais!
ResponderExcluirAnselmo
minervapop.com
Colocaria o The Hellacopters na lista..... fica pra parte 2.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA Suécia é pra mim hoje, um dos países mais prolíficos em bandas de qualidade. Sinto até vontade de me mudar pra lá e viver isso de perto!
ResponderExcluirDessa nova safra de bandas perfeitas, eu indico o "IN MOURNING" que já tem 3 discos gravados e o "YEAR OF THE GOAT" com 1 EP e um álbum.
Legal a matéria, parabéns!
Imperial State Electric do vocal do Hellacopters Mr. Nick Royale (ou Nick Hellacopter, como queira) é outra banda que faz um som muito bacana , forte influência a banda possui do som das fases 70's de Kiss & Cheap Trick.
ResponderExcluirGostei que tem o ''The Quill'' que é uma ótima banda e é da mesma geração do Hellacopters talvez 2 ou 3 anos mais velha, mas pratica um som de grande qualidade , vale o play.
Nossa matéria poupa 1 semana de pesquisa de cada um aqui. Valeu pelo serviço.
ResponderExcluirEsse Year of the Goat é muito bom mesmo.
Não é "nossa matéria poupa".
ResponderExcluirÉ: ESSA MATÉRIA nos poupa ....
Ótima matéria... parabéns a equipe Collectors Room e obrigado por ter apresentado essas ótimas bandas! Irei apreciá-las agora!
ResponderExcluirA Suécia é uma das melhores fábricas de bandas do mundo, certamente. Ótima lista! Claro que não poderia passar em branco, então vou palpitar também, e sugerir uma banda puxada para o Stoner que é uma das minhas favoritas e tinha que vir de lá, claro: Sparzanza. O nome é estranho, mas vale, se tiver um tempinho, confira ;)
ResponderExcluirPOH GALERA QUE CURTE IN SOLITUDE CURTE AEE
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/insolitudebr
Hellacopters todo mundo conhece, Gabriel. Sparzanza está em uma das edições anteriores desta série, assim como o Year of the Goat.
ResponderExcluirObrigado pelos comentários.
De uma conferida no Kamchatka excelente banda
ResponderExcluirDiego, já falamos da banda em uma edição anterior da série.
ResponderExcluirah! Como esse site é bom, parabéns.
ResponderExcluirRapaz...
ResponderExcluirConheci o gênero stoner rock quando conheci o collectors room, e eu to viciadão!!! Graveyard fiz a coleção em uma semana...Obrigado a todos pelas os comentários e a grande influencia...REVIVAL 70!
Ótimas bandas, algumas eu já conhecia outras vou conferir agora.
ResponderExcluirEssa 'coluna' é uma das minhas favoritas no Collector's.
Ricardo, não sei se você já conhece, mas não encontrei matéria nenhuma aqui no blog sobre o The Dillinger Scape Plan e The Ocean. São bandas fantásticas e fazem um som bem criativo. Seus últimos álbuns estão sensacionais. Se não conhece, vale a pena dar uma ouvida.
ResponderExcluirParabéns, Ricardo.
ResponderExcluirParece que a Waning Moon mudou o nome para Moon Coven.
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