
Faltou, porém, cuidado ao alinhar os backing vocals, que acabam soando artificiais ao longo de todo o álbum. Há problemas também com o vocal principal, mas é do tipo que nem uma produção mais caprichada poderia resolver... a menos que tenham inventado cura para voz chata e eu não tenha ficado sabendo. O fato de o álbum ser curto — 40 minutos cravados — impede o enjoo auditivo, mas não me levou a apertar o play novamente. Competência instrumental, ok, mas de que adianta apreciar bons riffs e solos se justamente o vocal fere os ouvidos?
O single "Blast Me Up" é uma faixa de abertura óbvia, mas a coisa só começa a ficar boa mesmo é mais adiante, com a festiva "Death by Stereo" — valendo a pena até destacar negativamente "Wild Wild Wild". A sentimentalóide "Nobody But You" não agrega nada de novo ao gasto conceito de balada, mas é um ingrediente fundamental na receita do álbum. No universo das micaretas do rock — do qual eu faço parte com certo gosto —, "Dancing on Fire" é o tipo de som que funciona numa pista lotada. E com o perdão do trocadilho, "Young Blood" é jovem demais para mim.
Ah sim, temos aqui um wannabe hino do rock. "New Generation" é a resposta do Blackrain à "Generation Wild", do Crashdïet. Curiosamente, é a melhor música do álbum, mas a pretensão da letra incomoda. Se autodenominar liderança sem apresentar uma nova proposta é demais para a minha cabeça. A despedida vem em clima de programa do Discovery Kids com "Ho Hey Hey Hey Hey" e o facepalm é inevitável. It Begins... mas begins o quê, Blackrain???!
Decepção define.
Nota 5
Faixas:
01. Blast Me Up
02. Bad Love is Good
03. Wild Wild Wild
04. Death by Stereo
05. Nobody But You
06. Dancing on Fire
07. Young Blood
08. Cryin' Tonight
09. Re-evolution / New Generation
10. Tell Me
11. Ho hey hey hey hey
Por Marcelo Vieira
Até me propus a ouvir o som dos caras, gosto do hard rock e curto a tal farofa da década de 80. Mas não da pra levar o som com a voz desse cara...meu deus, como é irritante.
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