Uma das cabeças do site, Diogo Salles participa do nosso Top 2013 revelando para os leitores da Collectors Room quais foram os melhores discos do ano na sua opinião.
Esse foi o disco que mais me surpreendeu em 2013. Tal qual havia acontecido com o Van Halen em 2012, eu não achava que eles fossem capazes de se reinventar dessa forma. Por isso, não tive dúvida em cravar este como o melhor álbum do Purple desde Perfect Strangers (1984). Muito de seu sucesso se deve à ousadia do produtor Bob Ezrin e do tecladista Don Airey.
Outro que já não inspirava mais grandes expectativas era o Bowie, que viveu os últimos dez anos longe da música. The Next Day marcou a sua volta com outra faceta: a do Bowie que nega o showbizz e se concentra apenas na música. E, nesse sentido, o disco já fala por si, com produção caprichada (mas sem firulas), ótimos arranjos e refrões marcantes.
Esse foi o disco que consolidou o Alice In Chains como banda, depois da entrada de William DuVall. Mantendo o mesmo nível de Black Gives Way to Blue (2009), Jerry Cantrell mostra porque é um dos melhores guitarristas de sua geração e o AIC prova aos críticos que esse retorno não foi caça-níqueis nem oportunismo.
Sem vergonha de fazer um disco brilhante, o Daft Punk arriscou e triunfou. Há muito não se ouvia um álbum que se propunha retrabalhar as sonoridades dos anos 70 e 80 de forma tão inovadora. "Giorgio by Moroder" é, provavelmente, a grande sacada musical do ano. Nile Rodgers prova que é mesmo um gênio, sabendo polir o som da dupla e ainda contribuir de forma decisiva com alguns grooves, que fazem desse o disco pop de 2013.
Havia muito tempo eu sentia que a “cena” roqueira no Brasil havia caído no limbo. A meu ver, não havia uma banda nacional que fizesse o seu som, independente dessa briga entre “venais” e “puristas”. Foi exatamente isso que me chamou a atenção no Deventter. Preservaram o lado autoral e fazem um som que é só deles, ficando entre o hard, o prog e o alternativo, mas sem fincar o pé em nenhum deles. Trazem suas influências, claro, mas sabem usá-las com inteligência, sem deixar que transbordem. Destaque para a extrema felicidade das letras, que refletem toda a indignação da sociedade contra a classe política nas manifestações levadas às ruas em 2013.
Um disco apenas para quem é fã de carteirinha do guitarrista. Mas aí é que está: quem não é? Constituído de mais uma catadão de jams realizadas em estúdio no fim dos anos 60, o álbum nos traz um bom retrato do caminho que Hendrix trilhava antes de formar a Band of Gypsys, com um clima de R&B e muita diversidade sonora trazida por seus convidados.
Mesmo sem trazer muita novidade, é o álbum ao vivo do ano. Confirma a boa fase da banda, marca sua consagração no Rock and Roll Hall of Fame e ainda traz o novo repertório acompanhado de uma orquestra, para encorpar ainda mais o som e fazer um contraponto aos teclados.
Em seu sétimo álbum, o projeto musical ganha participações de músicos, produtores e designers vindos todos do cenário independente, o que contribuiu ainda mais para a seriedade e o profissionalismo do trabalho. E o que é melhor: sem perder o idealismo. O resultado é uma bem sucedida mistura de pop com música eletrônica, mostrando o melhor lado da Cauda Longa.
Aqui o destaque não é nem pelo disco em si, mas pelo simbolismo do retorno do Sabbath com Ozzy ao estúdio. O álbum é arrastado, a banda soa envelhecida, mas e daí? Mesmo não soando brilhante, o importante foi voltar ao marco zero do metal e revisitarmos a origem de todo o som pesado que se fez desde 1969. Melhor ainda que trouxe a banda ao Brasil, constituindo-se numa oportunidade única para erradicarmos o analfabetismo musical que assola as novas gerações de ouvintes.
Como entusiasta das “superbandas”, destaco o Winery Dogs como a boa surpresa de 2013 no gênero, assim como o Flying Colors tinha sido em 2012, Black Country Communion em 2010 e Chickenfoot e Them Crooked Vultures em 2009. Apesar de trazer baladas irrelevantes como “Damaged”, destaque para a quebradeira hard e a competência dos três integrantes. Me impressionou o desempenho vocal de Richie Kotzen, lembrando em alguns momentos David Coverdale em seus melhores dias.
Essa variedade musical que está sendo apresentada nas listas até agora publicadas tá sendo do car... tem pra tudo quanto é gosto...legal demais!
ResponderExcluirEsse ano teve muito som bom, nada mais justo do que ter umas quantas listas pra gente ver e procurar conhecer novos sons por ai, bacana mesmo!
Geek Musical = favoritado aqui
ResponderExcluirValeuzis