Os melhores discos lançados em janeiro segundo o Heavy Metal About

Alguns anos começam devagar, com poucos lançamentos de qualidade. Não é o caso de 2015, que chegou metendo o pé na porta. Leia abaixo as nossas escolhas para os melhores discos de metal lançados em janeiro.

Napalm Death - Apex Predator - Easy Meat

O Napalm Death continua não apenas intenso, com um line-up estável ao longo dos anos, mas sobretudo soa inquestionavelmente relevante. Ao invés de requentar as ideias que os fãs parecem desejar ad nauseum, a banda segue refinando constantemente a sua música e esse tendência continua a pleno vapor em Apex Predator - Easy Meat.

O álbum bate de imediato, mas a audição repetitiva torna a sua apreciação e entendimento muito mais profundos. Apex Predator - Easy Meat traz um Napalm Death furioso o suficiente para começar uma grande revolta, esmagando e saqueando tudo com o seu poderoso death metal e, simultaneamente, trazer diversos elementos para tornar o seu som ainda mais forte. Todo mundo tem o seu disco preferido do Napalm Death, e esse novo trabalho deve levantar algumas dúvidas sobre escolhas que pareciam definitivas.


Periphery - Juggernaut: Alpha & Omega

Juggernaut: Alpha & Omega mescla ainda mais o peso e a emoção dos discos anteriores da banda. Tendo em conta que tratam-se de álbuns de metal, o Periphery entrega algumas de suas canções mais pesadas até o momento.

Ambos os discos devem ser ouvidos na ordem e em conjunto para se compreender o grande alcance emotivo e a competência musical da banda. Juggernaut: Alpha & Omega é facilmente o ápice da carreira do Periphery e um forte concorrente, já, a álbum do ano.

Sylosis - Dormant Heart

Como em todos os lançamentos do Sylosis, os riffs de Josh Middleton são de alto nível e com alto potencial para quebrar pescoços. Ele executa perfeitamente a transição entre riffs pesados e intensos e guitarras metodologicamente trabalhadas. Josh também apresenta uma clara evolução em seus vocais guturais, além de compor grande parte das melodias do trabalho. Ele acrescenta melodias limpas e eficazes em faixas como “Overthrown" e “Mercy”, e isso acrescente ainda mais diversidade para o disco. 

Dormant Heart não apresenta muitas mudanças em relação ao trabalhos anteriores, mas traz o Sylosis afinando a sua mistura de thrash com death melódico, tornando-a ainda mais eficiente. Explorando a faceta progressiva de sua música, como na incrível “Quiescent”, os caminhos estão abertos para tornar o próximo álbum da banda ainda mais interessante.

Caïna - Settler of Unseen Shores

Uma almágama de black metal e post-metal com intervenções calmas e melodias introspectivas, o Caïna, do Reino Unido, tem geralmente recebido elogios em seus seis discos anteriores. Antes um projeto de um homem só, Andrew Curtis-Brignell, responsável por todos os vocais e instrumentos, o Caïna retorna com o vocalista Laurence Taylor (Cold Fell) dividindo as funções.

O resultado, Settler of Unseen Shores, é mais sombio do que a maioria dos trabalhos anteriores da banda, com uma ênfase maior em um black metal cheio de blastbeats, dissonâncias e vocais agressivos. Com apenas seis faixas, incluindo um encerramento com uma composição de 15 minutos, o álbum também apresenta alguns trechos mais calmos, mostrando a capacidade de Curtis-Brignell em reunir diversos elementos do gênero na construção de um resultado coeso.

Lord Dying - Poisoned Altars

A banda de Portland não apresenta exatamente novos caminhos em seu segundo álbum, mas produz um trabalho muito sólido - com a ajuda do produtor Joel Grind, do Toxic Holocaust -, mostrando uma evolução clara em relação à sua estreia, solidificando o seu som. 

O grupo também faz bom uso de amigos como Aaron Beam, do Red Fang, que participa de “An Open Sore”, uma das melhores músicos do álbum. Outros destaques são “A Wound Outside of Time” e “Suckling at the Teat of a She-Beast”.

Por Chad Bower, do Heavy Metal About

Tradução de Ricardo Seelig

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