Março foi um mês forte em novos lançamentos. Havia pelo menos uma dúzia de concorrentes para este top 5. Depois de uma cuidadosa audição, esses foram os nossos escolhidos. A lista inclui bandas já veteranas como Spiritual Beggars e Rotten Sound, e novos nomes como Ocean of Slumber.
Cobalt - Slow Forever
Se há um ponto onde não há nenhum alívio em Slow Forever, este é a voz de Charlie Fell. Seu trabalho traduz o Cobalt muito bem. Salvo o timbre melódico utilizado em “Siege”, faixa escondida no final do disco dois, Fell nunca cede e sempre vomita letras sombrias e temas niilistas. Slow Forever coloca o Cobalt mais uma vez na vanguarda do black metal. Quase sete anos após o último disco, Gin (2009), a banda empurra seus limites para territórios cada vez mais desconhecidos. Se é um álbum melhor que o último, não sei, mas Slow Forever está ao menos em pé de igualdade com tudo o que o Cobalt fez antes.
The Body - No One Deserves Happiness
O The Body vai ao encontro do pop em No One Deserves Happiness - pelo menos em como o pop soaria filtrado pela mente de um lunático. Batidas pulsantes, coros pegajosos e chifres no comando são confrontados com um quociente de ruído incorrigível. A percussão de clube de dança em “Two Snakes”, o legítimo piano balada de “The Fall and the Guilt” e os vocais melodiosos do cantor convidado Maralie Armstrong (Humanbeast) não deveriam funcionar, mas funcionam. O mesmo vale para todas as tentativas do The Body neste disco impecável.
Rotten Sound - Abuse to Suffer
Abuse to Suffer mostra a instituição finlandesa Rotten Sound continuando a adicionar vitalidade para o gênero que a banda já domina há vinte anos. Ele possui o mesmo peso corajoso de seu último disco, Cursed (2011), mas com um impulso revigorado. O Rotten Sound ainda consegue mudar a sua música sem abrir mão dos abençoados blastbeats, e canções como “Yellow Pain” trazem a banda experimentando em alguns dos seus materiais mais lentos. Mas ainda é pesado e, de alguma forma, moedor. O Rotten Sound nunca desaponta, e estão longe disso em seu novo disco.
Spiritual Beggars - Sunrise to Sundown
O Spiritual Beggars está de volta com seu novo disco, Sunrise to Sundown. A banda concebida pelo guitarrista Michael Amott traz também músicos do Arch Enemy e do Opeth e possui um estilo muito diferente do outro grupo de Amott. Na verdade, Sunrise to Sundown poderia ser considerado, sem muito esforço, como um dos melhores discos do Deep Purple. O órgão Hammond de Per Wiberg brilha estridentemente, e não é apenas isso que faz o álbum ser excelente. As guitarras de Amott estão fantásticas, a seção rítmica é espessa e carnuda e os vocais são perfeitos para essa mistura de rock setentista retrô com stoner rock.
Oceans of Slumber - Winter
Embora considerado como metal progressivo, Winter transcende o rótulo com um afluxo diverso de estilos, indo do death/doom até o clássico. A banda não permanece confinada, o que torna a capa inspirada no clássico do Moody Blues “Night in White Satin” servir confortavelmente. Winter é um grande disco, em parte por causa de Cammie Gilbert, um cantor maravilhoso e que entrega tudo que tem em cada canção. Partes do álbum, como a retrospectiva “… This Road”, poderiam soar mais açucaradas e descartáveis em mãos menos talentosas.
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