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Formado em 2014, o Project Black Pantera é um trio natural de Uberada. A banda é formada por Charles Gama (vocal e guitarra), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Augusto (bateria) - os dois primeiros, irmãos. A proposta dos mineiros é um crossover agressivo e violento, que traz elementos de punk, metal, funk, ska, hip-hop e o que mais soar bem na mistura. Criativos e sem medo de experimentar, o grupo transita por canções fortes e predominantemente pesadas, o que deve agradar bastante os ouvintes que buscam algo refrescante para arejar os ouvidos.
A energia da banda é onipresente, e isso é um ponto bastante positivo. Ainda que a produção oscile em alguns momentos, não chega a comprometer o resultado final. Sempre com letras em português (a exceção é “Manifestation"), ora cantando com timbres limpos e em outros momentos com vocais guturais, o Project Black Pantera acaba se destacando por investir em influências atuais que resultam em uma sonoridade contemporânea, algo que não é muito comum de encontrar na cena metal brasileira, onde o protagonismo acaba sendo na maioria das vezes dos sons mais tradicionais e de influências já testadas há exaustão com os fãs.
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Só para orientar os seus ouvidos, as influências principais da banda, elencadas pelo próprio do trio, são nomes como Bad Brains, Living Colour, Chevelle, Unlocking the Truth, Lamb of God e Metallica. Apesar da predominância de raízes metálicas, digamos assim, pessoalmente achei que este primeiro álbum tem uma sonoridade mais puxada para o punk, seja pela já citada energia das canções como pela agressividade, ritmo e atmosfera das faixas, além das letras tratando em sua maioria de problemas sociais e questões do dia a dia, o que imprime ainda mais dignidade ao som dos grupo.
Lançado de forma independente, o auto-intitulado primeiro álbum do Project Black Pantera, além de uma saudável surpresa aos ouvidos, é uma ótima dica para quem procura bandas nacionais pesadas e alinhadas com o que acontece atualmente no cenário mundial - “Escravos”, uma das músicas do disco, é uma das pauladas mais violentas, tanto lírica quanto musicalmente, gravadas por uma banda nacional nos últimos anos.
Com ótimas ideias e um imenso potencial, o trio tem tudo para conquistar grandes feitos nos próximos anos.
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