Manager revela como foram os últimos meses de vida de Gregg Allman


Michael Lehman, manager de Gregg Allman desde 2004, falou sobre os últimos meses de vida do lendário músico norte-americano, falecido dia 27 de maio.

Eu diria que ele sabia, nos últimos seis meses, que estava chegando ao final de sua vida, e isso o tornou bastante pacífico e resolvido com a situação. Nós cancelamos as datas da turnê em um primeiro momento, jogando os shows para o final de outubro. Esperávamos superar o final do ano, mas ele teve outra crise de pneumonia e outras doenças respiratórias. Mas, para o bem ou para o mal, Gregg conseguiu estar em casa e relaxar, mesmo que sua verdadeira paixão fosse estar na estrada. Ele tinha ouvido música, lido livros, visto seus livros e se casou com Shannon em fevereiro, então ele foi capaz de aproveitar esse tempo com ela e estar em sua casa, sentado à beira da piscina brincando com seus cachorros. E graças a Deus ele não sofreu no final, morrendo pacificamente em casa”.

Sobre o novo álbum solo de Gregg Allman, Southern Blood, disco que o músico estava trabalhando ao lado do produtor Don Was, Lehman informou: “É meu objetivo ter a certeza de que esse será um grande disco e um trabalho especial, mesmo que estivesse claro desde o início que Gregg não seria capaz de promovê-lo. Ele começou a gravar, provavelmente, há um ou dois anos com o produtor Don Was e sua banda solo. Eles passaram cerca de doze dias no Fame Studios em Muscle Shoals, no Alabama, onde discos clássicos de nomes como Aretha Franklin, Wilson Pickett, Rolling Stones e Lynyrd Skynyrd foram gravados. Duane tocou em várias sessões nesse estúdio, antes de morrer em 1971. Sua saúde na época estava boa, ele estava lutando um pouco com a recorrência de seu câncer no fígado. Ele tinha dias bons e dias ruins, e trabalhávamos o melhor possível. Alguns dias foram melhores que os outros, mas foram suficientes para fazermos algo especial. Nós documentamos muitas sessões de gravação, por isso temos uma tremenda quantidade de imagens em vídeo e fotos das sessões. Gregg estava tão feliz por estar em um estúdio tão icônico, onde seu irmão tinha gravado tantas músicas incríveis ao longo dos anos. O disco trará material original e alguns covers, mas eu realmente não posso falar muito sobre isso no momento. Gregg queria manter as informações sobre o disco em sigilo e eu preciso respeitar seu desejo. Ele queria surpreender seus amigos e fãs, e eu acho que é um disco que todo mundo vai ficar realmente animado para ouvir. Seus vocais estão ótimos, e ouvindo-os sabendo que ele estava na jornada final da sua vida é algo bastante confortador”.

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