Review: Disaster Cities - Lowa (2018)


Na ativa há pouco mais de um ano e meio, o Disaster Cities surpreende o ouvinte. O trio, natural de Chapecó, é formado por Matheus Andrigui (vocal e guitarra), Rafael Panegalli (baixo) e Ian Bueno (bateria) e acabou de lançar o seu primeiro disco, Lowa.

A sonoridade é um stoner bem pesado, com influências que vão desde o Black Sabbath e sua turma dos anos 1970 até referências mais recentes como Kyuss, Monster Magnet e afins. Cantando naturalmente em inglês, os catarinenses conseguem soar universais e, antenados com o mundo, contemporâneos e dentro do seu próprio tempo.

O principal destaque da banda vem do ótimo trabalho de guitarra de Andrigui, que entrega constantes riffs criativos. A melodia, ingrediente essencial de uma boa canção - pelo menos no meu modo de ver as coisas -, é onipresente, o que torna a pancadaria do trio ainda mais eficiente. A dupla Panegalli e Bueno segura as pontas com um ótimo trabalho na cozinha, que é densa e soa com uma solidez absurda, como deve ser.


Lowa foi gravado no Estúdio Costella, em São Paulo, e tem produção de Gabriel Zander. Suas oito faixas não se prendem a limites geográficos, o que faz com que o Disaster Cities possa ser confundido, sem esforço, com uma banda sueca, inglesa ou do interior dos Estados Unidos. Esses são fatores que apenas deixam o trabalho do trio ainda mais forte, pois a banda mostra um nível altíssimo em seu disco de estreia, fazendo com que o queixo teime em ficar no lugar.

Entre as faixas, minhas preferidas são “Brave New Heart”, “Heartbroken Robot” e o single “Right Next to You”, exemplos claros do poder de fogo do Disaster Cities.

Fique de olho nesse trio chapecoense. Em se tratando de rock pesado bem feito, poucas bandas no Brasil chegam perto dos meninos!


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