Nova pesquisa conclui que fãs de metal são mais propensos a auto-mutilação e suicídio


Uma nova pesquisa levada a cabo pela Universidade de Manchester chegou à conclusão de que os fãs de heavy metal têm cinco vezes mais chances de tentar suicídio e são mais propícios a atos de auto-mutilação. O mesmo estudo descobriu que integrantes de sub-culturas, como é o caso de headbangers, emos, alternativos, punks e afins, correm um risco maior de se auto-infligirem e tirar a própria vida.

Peter Taylor, psicólogo clínico da Universidade de Manchester e um dos responsáveis sobre a pesquisa, deu mais detalhes: “A crença de que sub-culturas alternativas podem estar em risco aumentado de auto-mutilação e suicídio é considerada por alguns um mito. Mas a literatura que analisamos sugere que esses indivíduos estão, de fato, em maior perigo. No entanto, esta pesquisa requer interpretação dentro de um contexto mais amplo de interesse público em torno das sub-culturas alternativas e seu impacto na saúde mental dos jovens. Não estamos dizendo que os médicos deveriam se preocupar com todo mundo vestindo uma camiseta do Metallica, mas se há outros sinais que apontam para a auto-mutilação, então definitivamente devemos encarar a situação. Muitas pessoas tornam-se afiliadas a esses grupos porque sentem que não se encaixam na sociedade e enfrentam muitas vulnerabilidades. Mas também pode haver vitimização e estigma associados aos que pertencem a esses grupos”.

Mairead Hughes, da Universidade de Liverpool, complementa: “Não há evidências suficientes que nos digam com clareza porque as pessoas pertencentes a essas sub-culturas estão em maior risco. Os jovens que enfrentaram mais adversidade podem ser mais propensos a se tornarem parte desses grupos, mas isso não parece explicar totalmente o aumento do risco. Stress associado ao fato de ser diferente e pertencer a um grupo minoritário também podem explicar alguns dos riscos”.

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