Daniel Clowes é um dos principais nomes do quadrinho alternativo norte-americano. Autor de HQs celebradas como Ghost World, Wilson e Paciência, é aclamado pela crítica com vários Eisner e Harvey Awards na prateleira, e teve três de seus livros – Ghost World, Art School Confidential e Wilson – adaptados para o cinema.
David Boring
é o mais recente lançamento nacional do catálogo de Clowes. Publicada em 2000
nos Estados Unidos, a HQ chega ao Brasil através da Editora Nemo, que já havia
lançado outros títulos do autor como Ghost World, Paciência e Como uma Luva de
Veludo Moldada em Ferro. A trama conta a história do personagem principal, um
jovem que procura o seu ideal de “mulher perfeita” enquanto tenta descobrir
mais sobre o seu pai, um obscuro artista de quadrinhos. No meio disso tudo
temos uma relação conturbada com a mãe, uma família bastante disfuncional,
amizades, conquistas amorosas e alguns assassinatos pelo caminho.
Clowes é, inegavelmente, um mestre na arte de contar histórias. Sua narrativa, tanto gráfica quanto textual, captura o leitor de imediato, transportando-o para dentro do roteiro como mais um dos seus personagens. O ritmo é ágil, as reviravoltas são surpreendentes e a curiosidade sobre como tudo vai acabar se mantém até o final. O traço é limpo, com rostos marcantes e a característica única do autor, que encontra certos pontos em comum com o estilo de outro gênio do underground, Charles Burns, autor de Black Hole.
A edição da
Nemo é muito bonita, com capa em brochura, orelhas com informações adicionais e
ótimo acabamento. A história, toda em preto e branco, possui apenas pequenos
momentos coloridos, que acontecem quando David revisita os antigos quadrinhos
de seu pai.
O resultado
é uma HQ excelente, que trata de assuntos muito mais próximos da realidade do
leitor do que as histórias de super-heróis, que diversas vezes acabam apenas reciclando os mesmos temas.
Compre com
desconto abaixo:
Comentários
Postar um comentário
Você pode, e deve, manifestar a sua opinião nos comentários. O debate com os leitores, a troca de ideias entre quem escreve e lê, é que torna o nosso trabalho gratificante e recompensador. Porém, assim como respeitamos opiniões diferentes, é vital que você respeite os pensamentos diferentes dos seus.