
O The Damned Things é formado por músicos do Anthrax,
Every Time I Die, Alkaline Trio e Fall Out Boy. A banda surgiu em 2009, lançou
o seu primeiro álbum – Ironiclast - no ano seguinte, e então meio que sumiu dos
holofotes. Esse silêncio foi quebrado com High Crimes, segundo
trabalho dos caras.
O quinteto conta com Keith Buckley (vocal), Scott Ian
(guitarra), Joe Trohman (guitarra), Dan Andriano (baixo) e Andy Hurley
(bateria). Em relação à estreia, dois ajustes na formação: Andriano no lugar de
Josh Newton e a saída do guitarrista Rob Caggiano, que deixou o Anthrax e os
Estados Unidos em 2013 para integrar o Volbeat.
O som do The Damned Things é uma espécie de união entre
pop e elementos agressivos e energéticos de gêneros como o punk e o hard rock.
O metal, principalmente o mais agressivo, pouco dá as caras por aqui. High
Crimes foi lançado pela Nuclear Blast no final de abril e conta com dez músicas. Não há ecos nem
de Anthrax e muito menos de Every Time I Die, duas bandas que transitam pelas
sonoridades mais pesadas do metal, em suas canções. Na prática, trata-se
de uma sonoridade acessível e feita com o objetivo de atingir um público mais
abrangente.
Há bons momentos em High Crimes. “Omen”, apesar da
semelhança com “The Zoo”, do Scorpions, é uma das melhores músicas do disco. A
arrastada “Storm Charmer” traz sutis influências de Alice in Chains, enquanto “Le
Me Be – Your Girl” é um power pop bem feito. No outro lado da moeda, a grande
maioria das faixas soa como um pastiche de rock alternativo com o “punk” de
nomes como Blink-182, em uma mistura que talvez possa agradar fãs desse tipo de
música. A cereja do bolo é a risível “Something Good”, cuja letra causa
vergonha alheia em qualquer pessoa com o mínimo de senso crítico.
No final, vale como um esforço louvável de um grupo de
músicos em tentar explorar um universo sonoro
diferente do que estão inseridos. Porém, o resultado ficou, na melhor das
hipóteses, abaixo da média.
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