
Com apenas um disco lançado, além de singles e
um split ao lado do Vazio, o Death by Starvation é um nome conhecido e celebrado
por quem acompanha o metal extremo brasileiro. E com justiça, já que o álbum de
estréia da banda paulista é realmente merecedor de todos os elogios.
Esse trabalho foi relançado recentemente pela Cianeto
Discos em uma bela edição em CD, com excelente qualidade gráfica que valoriza
ainda mais o som do trio formato por músicos que se apresentam apenas com as
enigmáticas denominações II (vocal e guitarra), IV (baixo) e III (bateria).
Death by Starvation, o álbum, traz sete faixas espalhadas
por 44 minutos. Cinco delas são composições próprias e o tracklist é
completado com versões para “Hate”, do Impaled Nazarene, e “The Stallion”, do
Bathory. O som é um black metal com alguns ingredientes de death,
executado com a fúria característica do gênero. A produção, assinada por
Francisco G. Bueno e Kexo, faz o som soar ao mesmo tempo cru e poderoso, sem
aquela sonoridade sufocante e abafada que costumamos encontrar em álbuns das
bandas norueguesas de black, por exemplo.
O primeiro (e infelizmente até agora único) álbum do
Death by Starvation é um grande trampo que conversa com os
primórdios do black metal, porém consegue soar atual sem usar elementos estranhos ao
gênero. O poderia da tríade guitarra, baixo e bateria é sentida em ótimas
músicas como “Egoism, Mark of the Wise Man”, “Notabatur Inedia Mortem”, “Eluding
the Grasp of Possibility” e na linda “Silence, Thereafter”, isso sem falar nas
acachapantes versões.
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