
Geoff Tate saiu do Queensrÿche em 2012, banda onde foi
frontman por mais de trinta anos e gravou discos clássicos como Operation:
Mindcrime (1988) e Empire (1990), fundamentais para tornar o quinteto um dos
grupos mais influentes , importantes e populares do metal dos anos 1980 e 1990.
Desde então, gravou cinco discos: o solo Kings & Thieves (2012), Frequency
Unknown (2013, que saiu como Queensrÿche em uma época em que o vocalista teve o
direito do nome da banda) e os três álbuns do Operation: Mindcrime – The Key
(2015), Resurrection (2016) e The New Reality (2017).
Enquanto o Queensrÿche se reconstruiu com Todd La Torre
assumindo o posto que foi de Tate e gravou álbuns sólidos desde então –
Queensrÿche (2013), Condition Human (2015) e The Verdict (2019) -, Geoff não
conseguiu voltar para o posto que é seu de direito: o de uma das maiores vozes
da história do metal. Até agora.
Lançado na metade de junho, o álbum de estreia do Sweet
Oblivion é o melhor trabalho de Geoff Tate em muitos e muitos anos. Ao lado do
cantor está uma banda formada exclusivamente por instrumentistas italianos:
Simone Mularoni (guitarra e baixo), Emanuele Casali (teclado) e Paolo Caridi
(bateria). O disco tem uma sonoridade límpida mas sem abrir mão do peso e
apresenta muito bom gosto nas composições, que podem ser classificadas como uma
amálgama entre prog metal e hard. Há uma interação constante entre a guitarra
de Mularoni e o teclado de Casali (ambos fazem
parte da banda italiana de power prog DGM), criando
tanto solos empolgantes como harmonias que cativam.
Entre as músicas, destaque para a ótima “True Colors”
(uma excelente abertura para o disco), as pontes melódicas e o ótimo refrão de “Sweet
Oblivion” (que estruturalmente lembra “I Don’t Believe in Love”, do álbum
Operation: Mindcrime), a mid-tempo “Behind Your Eyes” e a avalanche de melodia
de “The Deceiver”.
Com o Sweet Oblivion, Geoff Tate recoloca a sua carreira
no caminho certo e entrega um dos discos mais legais de sua longa trajetória.
Lançamento nacional via Hellion Records.
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