Review: Xentrix – Bury the Pain (2019)



O Xentrix surgiu na cidade inglesa de Preston em 1985 e lançou o seu primeiro disco, Shattered Existence, em 1989. O grupo soltou ainda For Whose Advantage? (1990), Kin (1992) e Scourge (1996), e encerrou as atividades pouco tempo depois. Após uma breve reunião da formação original em 2006, que rendeu um giro pela Inglaterra com shows ao lado do Onslaught e do Evile, o retorno só foi efetivado em 2013 e com alterações no line-up.

O novo Xentrix é formado por Jay Walsh (vocal e guitarra), Kristian Havard (guitarra), Chris Shires (baixo) e Dennis Gasser (bateria). É um time dividido entre integrantes veteranos – Havard e Gasser ingressaram na banda em 1984 – e sangue novo – Havard entrou para o time em 2017 e Shires em 2013.

Musicalmente, o Xentrix foi um dos nomes pioneiros da união entre o thrash e o groove no cenário britânico. Esse modo de fazer metal foi mantido em Bury the Pain, disco que marca o retorno do quarteto e saiu em junho. O álbum acaba de ser lançado no Brasil pela Hellion Records.

Produzido por Andy Sneap, Bury the Pain vem com dez faixas em pouco mais de 50 minutos e é um senhor disco. Riffs são cuspidos em profusão, a alquimia entra baixo e bateria é marcante e conduz um ritmo sempre forte, enquanto os vocais de Walsh (com um registro similar ao de Chuck Billy, do Testament) entregam a dose certa de agressividade. Melodias pontuais pontuam o thrash metal dos ingleses, que induz  ao banging de maneira instantânea.

Com músicas muito bem construídas, o Xentrix marca o seu retorno com um CD que vai muito além de apenas agradar fãs saudosistas. A qualidade apresentada no novo álbum aponta para uma nova e promissora fase da banda, que parece enfim pronta para receber o merecido reconhecimento pelos serviços prestados. Pedradas como “Bleeding Out”, “The Truth Lied Buried” e “The Red Mists Descends” comprovam isso.


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