O Xentrix surgiu na cidade inglesa de Preston em 1985 e
lançou o seu primeiro disco, Shattered Existence, em 1989. O grupo soltou ainda
For Whose Advantage? (1990), Kin (1992) e Scourge (1996), e encerrou as
atividades pouco tempo depois. Após uma breve reunião da formação original em
2006, que rendeu um giro pela Inglaterra com shows ao lado do Onslaught e
do Evile, o retorno só foi efetivado em 2013 e com alterações no line-up.
O novo Xentrix é formado por Jay Walsh (vocal e
guitarra), Kristian Havard (guitarra), Chris Shires (baixo) e Dennis Gasser
(bateria). É um time dividido entre integrantes veteranos – Havard e Gasser
ingressaram na banda em 1984 – e sangue novo – Havard entrou para o time em
2017 e Shires em 2013.
Musicalmente, o Xentrix foi um dos nomes pioneiros da
união entre o thrash e o groove no cenário britânico. Esse modo de fazer metal
foi mantido em Bury the Pain, disco que marca o retorno do quarteto e saiu em
junho. O álbum acaba de ser lançado no Brasil pela Hellion Records.
Produzido por Andy Sneap, Bury the Pain vem com dez
faixas em pouco mais de 50 minutos e é um senhor disco. Riffs são cuspidos em
profusão, a alquimia entra baixo e bateria é marcante e conduz um ritmo sempre
forte, enquanto os vocais de Walsh (com um registro similar ao de Chuck Billy, do Testament) entregam a dose certa de agressividade.
Melodias pontuais pontuam o thrash metal dos ingleses, que induz ao banging de maneira instantânea.
Com músicas muito bem construídas, o Xentrix marca o seu
retorno com um CD que vai muito além de apenas agradar fãs saudosistas. A
qualidade apresentada no novo álbum aponta para uma nova e promissora fase da
banda, que parece enfim pronta para receber o merecido reconhecimento pelos
serviços prestados. Pedradas como “Bleeding Out”, “The Truth Lied Buried” e “The
Red Mists Descends” comprovam isso.
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