![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyGap1IyMpD8GLQZVYtgIVhj7Qcuew4qd6cGgH7HfJrjDev9898SU0GChEOWgnBSSEhKFxsARcvK1YvZztVMau_RhGY7aHTt5Cw-nctfvIr1ypYgQmvgAYQEky3E-b4LQFQ3fZiUoGWWQ/s1600/71T-QQscrNL.jpg)
Durante a invasão do Iraque pelo exército dos Estados Unidos em 2003, que culminou com a prisão e consequente execução de Saddam Hussein, toda a capital do país, Bagdá, foi afetada. Um dos fatos marcantes desse período foi a quase extinção do zoológico da cidade, alvo de diversos bombardeios por estar localizado em um ponto estratégico da capital e no meio de um campo de batalha entre os exércitos iraquiano e norte-americano.
Para sua própria segurança, os funcionários do zôo foram
orientados a suspender a alimentação dos animais em abril de 2003. Dos 700
animais que faziam parte do zoológico, estima-se que apenas 35 tenham
sobrevivido durante os oito dias da invasão. Com a ausência dos funcionários
ocorreram diversos saques, jaulas foram abertas para libertar ou roubar
animais, que foram utilizados muitas vezes como fonte de alimento para a
população faminta da cidade, então sitiada. Entre esses animais estavam vários
leões, sendo que quatro deles foram baleados por soldados norte-americanos,
além do tigre siberiano Mandor, com mais de vinte anos de idade, e do urso
marrom Saida, os dois últimos propriedades do próprio Saddam.
Brian K. Vaughan (Saga, Paper Girls, Y: O Último Homem)
se inspirou em toda essa história para escrever uma das HQs mais belas da
década de 2000. Publicada originalmente em 2006 em parceria com o ilustrador
Niko Henrichon (Fábulas, Sandman, X-Men), Os Leões de Bagdá saiu no Brasil em 2008
em uma edição com capa brochura pela Panini e foi relançada no final de 2018
em uma nova versão, agora com acabamento luxuoso e capa dura.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvzmS9tbRAtm-vq55L3Elj6-DgjijGPh9tkm4dkx6lvE9e6d5xeU-7-e2fQKgZwonH0U_a7FCXwApkyMGfL8gydqm0mFTeuN1lJ4hX67gT4O2ioP27v2CN6aWNuAGPtmtuPy0ZH2EjEtY/s1600/a3abf6b846083af98ea5e8f94fa4ee2f._SX1280_QL80_TTD_.jpg)
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![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0AnEfDtR2-oo-ERN7NsHeDghRdPzC7PFmRW_-h0aurjhFdty6FIskcVmA8kCxc8eTk4tQtT3UFadgSVlvSmSgwis_lARygRy2lr_fSD-1ZoYGdkWQ39Zim7OUYhcWFik2WOZiyKJ3Q_4/s1600/UA942jC.jpg)
Vaughan utiliza a trajetória dos animais como uma grande metáfora sobre a liberdade, lançando questionamentos que fazem pensar e que ganham ainda mais força com a arte incrível de Henrichon. Os diálogos entre a “família” de leões são bastante profundos e trazem uma abordagem filosófica sobre a liberdade e o que estamos dispostos a fazer para alcançá-la, resultando em uma história repleta de sensibilidade e muito bonita. A nova edição destaca todo o trabalho da dupla de autores, em especial os desenhos de cair o queixo de Henrichon, e traz ainda uma pequena galeria de extras.
Uma
das melhores HQs dos anos 2000, Os Leões de Bagdá é obrigatória em qualquer
coleção de quadrinhos. Aproveite a excelente nova edição lançada pela Panini e
tenha esse clássico moderno no seu acervo.
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