Review: The Watchers – Black Abyss (2018)



Contando em suas fileiras com integrantes de bandas como Orchid, Spiralarms, Blackgates e outros nomes do underground pesado norte-americano, o The Watchers é uma espécie de supergrupo do submundo. Formado por Tim Narducci (vocal), Jeremy Epp (guitarra), Cornbread (baixo) e Carter Kennedy (bateria), o quarteto lançou no início de 2018 o seu primeiro disco, que agora ganha edição nacional pela Hellion Records.

Mixado por Max Norman (que possui uma longa folha de serviços prestados ao Megadeth), Black Abyss impressiona em todos os sentidos. As composições são excelentes, a performance é empolgante, as soluções e os caminhos tomados pela banda são criativos, o som é cheio e forte – resumindo, tudo funciona. E, como cereja do bolo, temos uma das mais belas capas dos últimos anos.

O som do quarteto bebe generosamente no legado do Black Sabbath, mas também traz influência de outros ícones como Candlemass e Alice in Chains, resultando em um “rock paulêra” moderno, com timbragem atual, feeling de sobra e tesão escorrendo pelos sulcos. Sinceramente, se tivesse ouvido esse disco no ano passado ele certamente teria entrado na minha lista de melhores de 2018.

Black Abyss vem com oito faixas em apenas 37 minutos. Riffs comandam a banda e dividem espaço com a performance inspirada do vocalista Tim Narducci. Há um sutil clima gótico – ou de horror, você decide – permeando as músicas, ingrediente esse que as torna ainda mais fortes. Minhas preferidas são “Black Abyss”, “Alien Lust”, “Oklahoma Black Magic”, o balanço de “Buzzard” e o peso arrebatador de “Seven Tenets”, que fecha o disco.

Excelente em todos os sentidos, Black Abyss é um disco de estreia de uma banda que sabe exatamente  que está fazendo e domina como poucas a sua música. Ouça e conheça você também essa revelação incrível chamada The Watchers!


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